terça-feira, 16 de setembro de 2008

Jesus, existência histórica inquestionável.

"Viciados em teorias da conspiração adoram a idéia: Jesus nunca teria existido. As histórias sobre sua vida, morte e ressurreição que chegaram até nós seriam mera colagem de antigos mitos egípcios e babilônicos, com pitadas do Antigo Testamento para dar aquele saborzinho judaico. Na prática, Cristo não seria mais real do que Osíris ou Baal, dois deuses mitológicos que também morreram e ressuscitaram.

No entanto, para a esmagadora maioria dos estudiosos, sejam eles homens de fé ou ateus, a tese não passa de bobagem. A figura de Jesus pode até ter “atraído” elementos de mitos antigos para sua história, mas temos uma quantidade razoável de informações historicamente confiáveis sobre ele, englobando pistas de fontes cristãs, judaicas e pagãs.


De Paulo a Tácito

Começamos, no Novo Testamento, com as cartas de São Paulo, escritas entre 20 anos e 30 anos após a crucificação do pregador de Nazaré. Cerca de 40 anos depois da morte de Jesus, surge o Evangelho de Marcos, o mais antigo da Bíblia; antes que o século 1 terminasse, os demais Evangelhos alcançaram a forma que conhecemos hoje. A distância temporal, em todos esses casos, é a mais ou menos a mesma que separava o historiador Heródoto da época da guerra entre gregos e persas, que aconteceu entre 490 a.C. e 479 a.C. – e ninguém sai por aí dizendo que Heródoto inventou Leônidas, o rei casca-grossa de Esparta.


Outra fonte crucial é Flávio Josefo, autor da obra "Antigüidades Judaicas", também do século 1. O texto de Josefo sofreu interferências de copistas cristãos, mas é possível determinar sua forma original, bastante neutra: Jesus seria um “mestre”, responsável por “feitos extraordinários”, crucificado a mando de Pilatos, cujos seguidores ainda existiam, apesar disso. Duas décadas depois, o historiador romano Tácito conta a mesma história básica, precisando que Jesus tinha morrido na época de Pilatos e do imperador Tibério (duas referências que batem com o Novo Testamento).


Esses dados mostram duas coisas: a historicidade de Jesus e também sua relativa desimportância diante das autoridades romanas e judaicas, como um profeta marginal num canto remoto e pobre do Império."


Fonte: G1

Deus existe?


A questão da existência ou não de Deus é de grande importância, pois se existe um Deus que criou todo o universo, pode existir a hipótese de uma revelação desse Deus. Por outro lado, se não existe nenhum Deus, não existem regras reais a serem seguidas.

Quando falo em Deus, estou me referindo a uma causa inteligente para o universo e a vida. Não estou querendo dar uma prova definitiva de que Deus existe, mas mostrar a razão do porque que eu e muitas outras pessoas acreditamos numa causa inteligente para o universo. Vou expor os argumentos que considero de maior importância e colocá-los numa ordem em que um complemente o outro, como se fosse um único argumento dividido em diversas partes.

Espero ajudar ao cético que busca sinceramente a verdade e segue o argumento a onde ele levar, deixando de lado qualquer preconceito. Observe que não há nada retirado dos livros religiosos como a Bíblia, para querer provar a existência de Deus. Está tudo baseado em argumentos filosóficos e nas descobertas científicas.



Deus e o Big Bang

Certa vez eu perguntei para um amigo “Se não existe Deus, porque existe alguma coisa diferente do nada?”, ele respondeu que “não existe o nada absoluto, pois o “nada” já é algo, pois para ser “nada” tem que haver a ausência de tudo, inclusive de leis, e ao existir a lei da ausência de tudo já não é mais “nada””. O nada que me refiro é a ausência da matéria, espaço, tempo, vácuo e leis que regem o universo. Esta pergunta poderia ser reformulada dessa maneira para melhor entendimento: Se não existe Deus, porque existe a matéria, espaço e o tempo com suas leis definidas?

Ele estava certo, e é esta a questão. Se não existe Deus, qual é a causa do universo? Existem várias teorias para isso, como universos múltiplos, Big Crunch e até mesmo que o universo sempre existiu. Mas todos concordam em uma coisa: o “nada” não pode gerar nada. Venho tentar mostrar que é mais racional acreditar que a causa do universo é uma Mente infinitamente inteligente. Dizer somente que o universo precisa de uma causa não prova nada, mas esta afirmação junta com outros argumentos dizem muita coisa.

A segunda Lei da termodinâmica.

Esta lei diz que a energia utilizável do universo está acabando, e com isso a entropia está cada vez maior. O que nos leva a fazer outra pergunta importante:

Se a entropia aumenta cada vez mais com o tempo, como o universo pode ter se organizado e formado as leis físicas que conhecemos numa ordem incrível, se o universo tende a desordem e não a ordem?

(Enquanto continua a ler os argumentos tenha sempre em mente esta pergunta)

Qual a explicação mais plausível, uma ação inteligente, ou puro “golpe de sorte”? Antony Flew, um ex ateu considera esta questão muito importante, e coloca outras perguntas no seu livro “Um ateu garante: Deus existe”.

De onde vieram as leis da física?

Porque temos estas determinadas leis em vez de um conjunto de outras?

Como explicamos o fato de que temos um conjunto de leis que dão vida a gases sem traços característicos, consciência ou inteligência?

Flew continua dizendo que “John Barrow, em seu discurso na fundação Templenton, observa que a complexidade infinita e a perfeita estrutura do universo são governadas por algumas leis simples, simétricas e inteligíveis. ‘Existem equações matemáticas, que parecem meros rabiscos num papel, que nos dizem como universos inteiros se comportam’”. [1]



Um projeto?

Se o universo foi projetado, com certeza deve haver muitas características de um projeto nele. É isso o que vai ser mostrado nesta parte, que o universo contém muitos traços de um projeto complexo que apontam para uma Mente Inteligente como causa. Dentre estas características posso citar:

  • O princípio da relatividade especial – ou restrita – assegura que forças como o eletromagnetismo tenham efeito invariável, não importando se agem em ângulos retos na direção do sistema, ou se viajam. Isso permite que códigos genéticos funcionem e que planetas se mantenham unidos enquanto giram.
  • Leis quânticas impedem que os elétrons girem para dentro do núcleo atômico.
  • O eletromagnetismo tem uma única força que permite que aconteçam múltiplos processos essenciais: permite que estrelas brilhem de modo constante por bilhões de anos; que o carbono se sintetize em estrelas; assegura que léptons não substituam quarks, o que tornaria os átomos impossíveis; é responsável por não deixar que os prótons se desintegrem depressa demais ou que se repilam mutuamente com força exagerada, o que tornaria a química impossível. Como é possível que essa mesma força única satisfaça tantos requisitos diferentes, quando parece que seria necessária uma força diferente para cada um destes processos.
  • Se a força gravitacional fosse alterada em 0,0000000000000000000000000000001 por cento, o nosso sol não existiria e, portanto, nos também não (Correspondência pessoal com Jeffrey A. Zweerink, físico pesquisador da UCLA, October 23, 2003)
  • Se a força centrifuga do movimento planetário não equilibrasse precisamente as forças gravitacionais, nada poderia ser mantido numa órbita ao redor do sol.
  • Se o universo tivesse se expandido numa taxa um milionésimo mais lento do que aconteceu, a expansão teria parado, e o universo desabaria sobre si mesmo antes de qualquer estrela pudesse ser transformada. Se tivesse expandido mais rapidamente, então as galáxias não teriam sido formadas.
  • Qualquer uma das leis da física pode ser descrita como uma função da velocidade da luz (agora definida em 299.792.458 m por segundo). Até mesmo uma pequena variação na velocidade da luz alteraria as outras constantes e impediria a possibilidade de vida no planeta.
  • Se os níveis de vapor d'água na atmosfera fossem maiores do que são agora, um efeito estufa descontrolado faria as temperaturas subirem níveis muito altos para a vida humana; se fossem menores, um efeito estufa insuficiente faria a terra ficar fria demais para a existência de vida humana.
  • Se júpiter não estivesse em sua rota atual, a terra seria bombardeada com material espacial. O campo gravitacional de júpiter age como um aspirador de pó cósmico, atraindo asteróides e cometas que, de outra maneira atingiriam a terra.
  • Se a espessura da crista terrestre fosse maior, seria necessário transferir muito mais oxigênio para a crista para permitir a existência de vida. Se fosse mais fina, as atividades vulcânica e tectônica tornariam a vida impossível.
  • Se a rotação da terra durasse mais que 24 horas, as diferenças de temperatura seriam grandes demais entre a noite e o dia. Se o período de rotação fosse menos, a velocidade dos ventos atmosféricos seria grande demais.
  • Se a taxa de descarga de 23 graus do eixo da terra é exata. Se essa inclinação se alterasse levemente, a variação da temperatura da terra seria muito extrema.
  • Se a taxa de descarga atmosférica (raios_ fosse maior, haveria muita destruição pelo fogo, se fosse menor, haveria pouco nitrogênio se fixando no solo.
  • Se houvesse mais atividade sísmica, muito mais vidas seriam perdidas; se houvesse menos, os nutrientes do piso do oceano e do leito dos rios não seriam reciclados de volta para os continentes por meio da sublevação tectônica (sim, ate mesmo os terremotos são necessários para sustentar a vida como a conhecemos!)
  • Se a interação gravitacional entre a lua e a terra fosse maior do que é atualmente, os efeitos sobre as marés dos oceanos, sobre a atmosfera e sobre o tempo de rotação seriam bastante severos. Se fosse menos, as mudanças orbitais provocariam instabilidades no clima. Em qualquer das situações, a vida na terra seria impossível.
  • O físico inglês P. C. W. Davies concluiu que as chances das condições iniciais serem inadequadas para a formação das estrelas – necessário para os planetas, e portanto, para a vida – é o número um seguido de pelo menos mil bilhões de bilhões de zeros. [2]
  • Existem cerca de cinqüenta constantes e quantidades – por exemplo, a quantidade de energia utilizável no universo, a diferença de massa entre prótons e neutrons, as proporções das forcas fundamentais da natureza e a proporção da matéria em relação a antimateria – que devem ser balanceadas em um grau matematicamente infinitesimal para que qualquer vida seja possível. [3]
  • O tamanho da terra é muito importante. Se ela fosse apenas 10% maior ou 10% menor, a vida como conhecemos não poderia existir. [4]


Essas entre outras evidências mostram que o universo é muito complexo, com características de um projeto. É bom lembrar que isto é pouco diante das inúmeras descobertas científicas sobre a complexidade do universo. Qual a explicação mais plausível para qual seja a causa do universo? Estas evidências ficam mais poderosas juntas com a Segunda Lei da Termodinâmica, se a entropia aumenta, porque tanta ordem? Parece que o universo sabia que a vida ia chegar! São tão incríveis que a probabilidade de algumas destas constantes acontecerem por puro acidente é praticamente impossível, isto se não for impossível!

Mas estas informações somente se dizem a respeito das condições para a existência da vida, é bom lembrar que a vida, por mais simples que pareça, é tão complexa quanto o universo. E é isto que veremos agora. O que a ciência tem a dizer a respeito da origem da vida?



VIDA E INFORMAÇÃO

Antes de avaliar algumas teorias sobre a origem da vida, temos que compreender como a vida é formada. Norman Geisler e Peter Bocchino citam Michael Denton na sua ilustração da complexidade de uma célula, no livro Fundamentos Inabaláveis mostra algo muito interessante sobre o assunto:

“Para entender a realidade da vida revelada pela biologia molecular, devemos ampliar uma célula um bilhão de vezes até que fique com vinte quilômetros de diâmetro e lembre uma nave espacial gigante [...] O que veríamos seria um objeto com projeto adaptativo e complexidade ímpares. Na superfície da célula, veríamos milhões de aberturas, com portinholas de uma enorme nave espacial, abrindo e fechando-se para permitir o fluxo contínuo de materiais para dentro e para fora.Se entrássemos por uma dessas aberturas, nós nos veríamos num mundo de tecnologia suprema e complexidade desconcertante. Veríamos intermináveis tubos e corredores altamente organizados, que se ramificam do perímetro da célula para todas as direções, alguns que levam ao banco de memória central do núcleo, e outro que montam fábricas e unidades de processamento. O núcleo seria uma vasta câmara esférica de mais de um quilômetro de diâmetro, semelhante a um domo geodésico, em cujo interior observaríamos milhares de cadeias espiraladas de moléculas de DNA, todas muito bem empilhadas, formando uma cadeia organizada. Uma enorme extensão de produtos e de matérias primas que seria transportada pelos múltiplos tubos de maneira muito ordenada para as várias fábricas montadas nas regiões externas da célula e dessas fábricas [...] É de fato crível que um processo casual tenha construído uma realidade, cujo menor elemento - uma proteína funcional ou um gene - tenha complexidade além de nossa capacidade criativa uma realidade que é a própria antítese do acaso, que excede em todos os sentidos qualquer coisa produzida pela inteligência humana? (Evolution, p. 328, 342)”

No mesmo livro, eles prosseguem:

“Atualmente acredita-se que a célula é a menor unidade da matéria condensada viva – uma construção minúscula, cujo diâmetro pode medir menos que 0,025 milímetros. Primeiramente vamos identificar as várias partes fundamentais da célula e depois vamos falar de suas respectivas funções.

Interiormente às paredes da célula há proteínas, que são os componentes fundamentais de todas as células vivas. Entre as proteínas estão muitas substâncias, como as enzimas, os hormônios e os anticorpos. As proteínas são necessárias para o funcionamento adequado de qualquer organismo. Agora, observe que o núcleo da célula contém o nucléolo e uma molécula essencial chamada acido desoxirribonucléico (DNA). O nucléolo é um pequeno corpo granular, tipicamente redondo, composto de proteína e ácido ribonucléico (RNA). O DNA, combinado com proteína, se organiza em unidades estruturais chamadas cromossomos, que normalmente ocorrem em pares idênticos. A molécula de DNA constitui a infra-estrutura de cada cromossomo e é uma molécula simples, muito longa e altamente espiralada, subdividida em subunidades funcionais chamadas genes. O gene ocupa um lugar determinado no cromossomo e incorpora as instruções codificadas que determinam a herança de uma característica especifica ou um grupo de características que são transmitidas de uma geração a outra. Ao mesmo tempo, os cromossomos contem toda a informação necessária para formar uma cópia da célula com funcionamento idêntico.

As células têm duas funções básicas: proporcionar uma estrutura para sustentar a vida e produzir cópias exatas de si mesmas de modo que um organismo possa continuar a viver mesmo depois das células originais terem morrido. Um modo de entender a estrutura e o funcionamento de uma célula é imaginar uma indústria química numa grande cidade (organismo). Essa indústria funciona de tal modo que peca a matéria-prima do ambiente, processa-a e fabrica um produto que pode ser usado em seu ambiente particular (o interior da célula) quanto pode ser enviado para uso qualquer em outro lugar da cidade (o organismo). Essa industria química é plenamente equipada com uma biblioteca biológica localizada no centro de computação (núcleo da célula), onde estão guardadas as plantas da cidade toda. Essas plantas também contêm um conjunto completo de manuais de instrução, que explicam os passos necessários para a formação e réplica da vida. As plantas e os manuais de instrução são guardados em forma de códigos em CDS (DNA) no centro de computação (núcleo da célula).

Para ajudar a visualizar como os vários componentes de uma célula funcionam em conjunto, imagine que a parede (parede celular) circunda a indústria química seja danificada. Um mensageiro (mRNA) é enviado ao centro de computação (biblioteca genética), localizado no núcleo da célula, onde se acham os mapas e as instruções (DNA) necessárias para consertar o dano da parede. Em seguida, o mRNA faz uma cópia exata da informação que ele requer do computador e armazena no CD. Quando o processo de cópia se completa, o mRNA dirige-se ao local onde ocorreu o dano e começa a manufaturar pequenos robôs(moléculas de proteína específica), com base nas informações que copiou, para realizarem o trabalho de reparação da parede. Essa explicação é bem básica, mas nos auxilia a ter um conhecimento fundamental da estrutura e do funcionamento de uma célula.

O próximo passo é investigar um pouco mais a fundo o funcionamento da célula para descobrir mais a respeito do conteúdo de informação armazenado no centro de computação (localizado no núcleo da célula). Um modo de pensar no conteúdo de informação do interior da célula é compará-lo a um manual de instrução do tio que acompanha um artigo para montar.

Muito provavelmente, todos nós tivemos a experiência de ficar frustrados após a compra de algum artigo. Algumas vezes, as instruções que acompanham esses objetos são vagas, o que só aumenta o nível de aborrecimento. A perseverança normalmente é o fator chave da vitória sobre a irritação quando se quer obter a consecução de um projeto. Agora imagine o que você faria se comprasse algo complexo como um computador e descobrisse que tinha de montá-lo? Imagine-se abrindo as caixas com todos os componentes de um computador ainda por montar. Além disso, pense na dor de cabeça que seria entender todas as instruções de montagem desse objeto tão técnico. Mas – o que aconteceria se todas as peças chegassem sem plantas ou os manuais de instrução? Como você começaria a montá-las? Sem nenhuma informação especifica que lhe ensine a técnica de montagem do computados, os componentes em si são inúteis.

Essa analogia é um jeito muito rudimentar de mostrar como as matérias primas sozinhas não produzem um sistema específico e complexo. De modo semelhante, todos os componentes para a vida seriam inúteis sem os projetos e os manuais de instrução para a montagem e o funcionamento correto de uma célula viva. Energia, matéria e tempo não são os únicos ingredientes necessários para compor coisas vivas. A informação também deve estar presente para que a tarefa se realize. Com isso em mente, vamos observar mais de perto o tipo de informação codificada que existe no centro de computação de uma célula.


Que tipo de informação codificada a célula utiliza?

A molécula de DNA é a pedra fundamental de todas as coisas vivas. Ela determina a forma e a função da célula e passa essa informação genética de uma geração a outra fazendo cópias exatas de si mesma. Os sistemas complexos de todo organismo conhecido são reproduzidos e montados com base nas informações armazenadas no sistema molecular do DNA. Uma vez que todo o metabolismo químico é programado pelo código genético, é essencial conhecer o nível de complexidade associado a essa informação genética. Isso significa que a molécula de DNA precisa ser desespiralada para encontrarmos o tipo de informação que existe na célula.

Quando olhamos para o interior do núcleo da célula, vemos que toda a informação genética está armazenada na molécula de DNA. Uma investigação mais aprofundada da molécula de DNA mostra que as cadeias de DNA estão armazenadas em discos compactos (como CDs). Essas cadeias de informação foi comprimida e guardada em forma de código (como ilustra a figura abaixo). O código genético consiste de uma seqüência de letras (A,T,C e G). Se essas letras estiverem ligadas numa determinada seqüência codificada, poderão ser usadas para formar uma mensagem (conjunto de instruções) que comunica uma ação.


Como funciona o sistema de informação molecular do DNA?

A molécula de DNA é uma molécula simples, bastante longa e altamente espiralada que pode ser subdividida em subunidades funcionais chamadas genes. Os genes que contêm a informação codificada que vimos discutindo consistem de unidades ainda mais minúsculas como nucleotídeos. Nucleotídeo é o nome técnico da menor unidade (letra) do código genético. Sozinho, um nucleotídeo não transmite nenhuma informação. Mas se alguns nucleotídeos são enfileirados em uma seqüência precisa ou cadeia, semelhante ao exemplo da linguagem de computador, as letras passam a construir mensagens especificas em forma de código. Em 1952, dois geneticistas, James D. Watson e Francis H. Crick, descobriram que as partes da molécula de DNA se encaixam de maneira especifica. Essa configuração precisa da molécula do DNA ficou conhecida como código genético. Dez anos depois dessa descoberta, o código genético foi decifrado e provou ser correto de acordo com os princípios da biologia. Em outras palavras, verificou-se empiricamente que as partes do código genético, representadas pelas letras A, T, C e G, somente se encaixam em seqüências determinadas que especificam os projetos e o manual de instruções para todas as coisas vivas.

Watson e Crick descobriram que a estrutura de uma molécula de DNA tem a forma de uma hélice dupla que lembra uma longa escada de corda espiralada. Se fossemos capazes de desenrolá-la veríamos as laterais e os degraus dessa escada. As laterais da escada de corda são compostas de seções alternadas e moléculas de açúcar e moléculas de fosfato. Os degraus da escada carregam a informação genética (código genético) e são feitos de quatro bases que contem nitrogênio: adenina (A), timina (T), citosina (C) e guanina (G). As travessas dos degraus da escada são feitas de um nucleotídeo que se liga com uma base complementar do lado oposto da travessa.

Adenina (A), por exemplo, sempre se liga com a timina (T), e citosina (C) sempre se liga com a guanina (G). Conseqüentemente, cada degrau da escada de corda consiste de duas bases e há somente duas combinações possíveis para cada degrau: A/T e C/G, o que equivale a dois nucleotídeos por degrau. Cada nucleotídeo é uma subunidade de molécula do DNA e contem fosfato, açúcar e qualquer uma das quatro bases nitrogenadas. A ordem específica dos nucleotídeos determina o código genético para cada um de nós. Esse código pode parecer bem insignificante, mas é o meio pelo qual tudo que é vivo funciona no nível molecular.


Que tipo de informação se armazena na molécula de DNA?

Já sabemos que o código genético consiste de quatro letras, A, T, C e G. Agora precisamos entender o grau de complexidade do código genético a fim de determinarmos se ele é um subproduto de forças puramente naturais. Energia, matéria e tempo simplesmente, nada mais, podem produzir o tipo de organização encontrado no código genético? Vejamos o que os biólogos moleculares encontraram quando decifraram o código genético.

O tipo de informação que compõe o código genético, segundo se descobriu, é classificado pelos biólogos moleculares como equivalente ao de uma língua escrita. O cientista da informação Hubert P. Yockei explica:

A estrutura estatística de qualquer linguagem impressa apresenta-se num leque de freqüências de letras, digramas, trigramas, freqüências de palavras etc., regras de ortografia, gramática e assim por diante. Portanto pode ser representada por um processo de Markov dado os estados do sistema [...] É importante entender que não estamos raciocinando por analogia. A hipótese de seqüência aplica-se diretamente a proteína e ao texto genético tanto quanto a linguagem escrita e, portanto, o tratamento matematicamente é idêntico. (Self-organization, origin-of-life scenarios and information theory, p. 16. – Processo Markov é uma expressão usada em estatística. Preocupa-se em analisar uma sucessão de eventos dentro de certos parâmetros, cada um dos quais determinando pelo evento imediatamente precedente. O processo tem esse nome por causa do matemático russo Andrei Markov.)

Yockey está dizendo que falar a respeito do código genético como sendo a linguagem da vida não é mera analogia. A importância dessa descoberta é que a célula tem uma linguagem própria, plenamente equipada com regras – equivalente a uma língua escrita – que controlam seu modo de comunicar-se. Numa obra mais recente, Yockey explica que a teoria da informação demonstrou que há uma correspondência biunívoca (um a um), isomorfismo, entre o sistema lógico do texto genético, de um lado, e os sistemas de comunicação, computadores e sistemas lógico-matematicos de outro lado.”

Com estas informações sobre as células deu pra perceber a complexidade da vida. E devemos levar em conta que falamos apenas das células, imagine um ser vivo pluricelular!

Mas quem sabe se com bilhões de anos com várias tentativas a vida teria se formado por acaso? Não teriam as partículas afinidades químicas ou tendências de se auto ordenar? É isto que vamos tratar agora.



Bilhões, bilhões e bilhões...

Quando muitos ateus são confrontados com a complexidade de uma “simples” célula, respondem que se dado muito tempo, com certeza a vida poderia surgir sem uma causa inteligente, afinal, o universo é imenso e muito velho. O problema é este, de acordo com as descobertas científicas, não houve tanto tempo assim.

Antes do Big Bang, achava-se que o universo era eterno, e, portanto houve muito tempo para a formação da vida. Hoje se sabe que o universo tem cerca de 14 bilhões de anos, e recentes pesquisas mostram que a terra tem menos de 5 bilhões de anos. Parece muito tempo, mas não é bem assim. A terra passou muito tempo se formando, e esfriando-se, e isto já diminui o tempo. Se baseando nas descobertas de micro-fósseis, os cientistas descobriram que o período em que a terra começou a esfriar e atingir a temperatura adequada até o surgimento da primeira vida foi de apenas 400 milhões de anos [5]. Um período muito curto, o que fez muitos admitirem que o acaso não é capaz de fazer. Walter L. Bradley, PHD, no livro Em defesa da Fé conta que a probabilidade da vida surgir por acaso são tão astronômicas que ninguém ainda acredita que o acaso explique a origem da vida. Ele prossegue:

Mesmo se as condições fossem ideais, isso não iria funcionar. Se você tomasse todo o carbono que existe no universo e o colocasse na face da terra, permitisse que ele reagisse quimicamente no ritmo mais rápido possível e o deixasse ficar por um bilhão de anos, a probabilidade de se criar uma só molécula funcional de proteína seria de uma em 10 seguido de 60 zeros. [6]

Ele continua a falar quando Behe disse “que a probabilidade de encadear somente cem aminoácidos para criar uma molécula de proteína por acaso seria o mesmo que um homem de olhos vendados encontrar um grão de areia especifico em algum lugar da vastidão do deserto do Saara - e faze-lo não uma só vez, mas em três ocasiões diferentes.” [7]

Não se esqueça que uma molécula de proteína não é nada em comparação com uma célula viva e suas informações. E essas informações são completamente fascinantes, e normalmente as ignoramos quando tratamos sobre a origem da vida. Mesmo com o tempo pequeno, não teriam as moléculas a capacidade de se ordenar? Seria uma boa teoria se não houvesse falhas nela. Até mesmo um dos defensores desta teoria passou a rejeitá-la.

Bradley diz que foi formulado um programa para analisar duzentas e cinqüenta proteínas, e como resultado, observaram que não havia nenhuma seqüência química.

O que originou a primeira célula viva? Foi um ser inteligente, ou puro acidente da natureza? Somos apenas um bando de poeiras de átomos formadas randomicamente? Muita gente acredita que sim.

O problema é que informações irredutivelmente complexas, como as que encontramos nos seres vivos, não surgem por processos aleatórios. É mais crível que este texto tenha surgido por erros (mutações) aleatórios em um sistema operacional do que uma complexa célula viva, que a informação contida é maior do que a Enciclopédia Britânica. Até mesmo ateus admitem esta complexidade, alguns admitem a aparência do projeto, mas não o projetista.

Acreditar que as condições necessárias para a vida, e a própria vida tenha surgido por acidente não é algo razoável. A complexidade do universo e da vida fez com que muitos cientistas e filósofos ateus deixassem o seu ateísmo, pois a explicação mais plausível para a origem disso tudo é uma Mente infinitamente Inteligente como causa.


Não vou me estender falando Big Crunch, quem estiver interessado pode o que diz nesta pagina:

"O universo vai se expandir para sempre. Ele não voltara sobre si mesmo nem entrara em colapso numa espécie de grande desabamento"
http://www.cnn.com/2003/TECH/space/02/11/cosmic.portrait/


Não me esquecendo dos universos múltiplos. Eles não anulam a possibilidade de existir um Deus, mas aumentam a necessidade de um, pois eles precisariam de um ajuste fino para começar. Como exemplo, lembro do acelerador de partículas que foi projetado por anos e pode simular os acontecimentos após o Big Bang. Se ele é muito complexo e necessitou de um ajuste fino, imagine inúmeros universos?

"Alguém pode achar fácil acreditar numa matriz infinita de universos do que numa divindade infinita, mas tal crença deve basear-se na fé em vez da razão"..(Apud Freed Heeren, Show Me God, vol. 1. Wheeling, III.: Daystar, 2000, p. 239), Paul Davies, fisico.



Tá, mas quem criou Deus?


Bom, se o universo precisa de uma causa, então Deus tambem precisa de uma causa! Alguem pode argumentar. Esta é uma pergunta comum devido a uma má compreensão sobre as causas e efeito. A ciência não diz que tudo tem uma causa, mas sim que tudo que tem um inicio tem uma causa. O universo teve um inicio, portanto houve uma causa para ele. Se o universo não é eterno (e é isto o que os ateus acreditavam antes da descoberta do seu inicio) então algo fora do universo é eterno.


É esta causa eterna que chamamos de Deus. Uma causa pessoal, pois teve escolha de criar ou não o universo. Onipotente, Onisciente para criar-lo com tanta precisão.



Por fim, deixo citações do que alguns cientistas e filósofos acham a respeito da complexidade do nosso universo.


James Tour, Nano cientista.

Somente um principiante que não sabe nada sobre ciência diria que a ciência descarta a fé. Se você realmente estudar a ciência, ela certamente o levara para mais perto de Deus.

Arno Penzias

A astronomia nos leva a um acontecimento único, um universo que foi criado do nada e cuidadosamente equilibrado para prover com exatidão as condições requeridas para a existência da vida. Na ausência de um acidente absurdamente improvável, as observações da ciência moderna parecem sugerir um plano por trás de tudo ou, como alguém poderia dizer, algo sobrenatural. (Apud Walter Bradley, "The 'Just-so' Universe: The Fine- Tuning of Constants and Conditions in the Cosmos", in William Dembski & James Kushiner, eds. Signs of Intelligence. Grand Rapids, Mich.: Backer, 2001,p. 168.)

Ed Harrison, cosmologista.

"Aqui está a prova cosmológica da existência de Deus - o argumento do projeto de Paley - atualizado e reformado. O ajuste fino do universo nos dá evidencias do projeto deístico". (Apud Geisler & Hoffman, eds. Why I am a Christian, p. 142)

Robert Jastrow

Para o cientista que tem vivido pela fé no poder da razão, a historia termina como um sonho ruim. Ele escalou as montanhas da ignorância; está prestes a conquistar o pico mais elevado e, quando se lança sobre a ultima rocha, é saudado por um grupo de teólogos que estão sentando ali há vários séculos. (God and the Astronomers,. p. 116)

Fred Hoyle, astro físico.

Uma interpretação de bom senso dos fatos leva a concluir que um superintelecto brincou com a física, a química e a biologia, e não existem forças cegas que valham a pena ser discutidas na natureza. Os números que se calculam com base nos fatos me parecem tão assombrosos que se deve aceitar esta conclusão acima de qualquer duvida. (7 razões para confiar na Bíblia, 136)

Antony Flew

Volto a dizer que minha jornada para a descoberta do Divino tem sido, até aqui, uma peregrinação da razão. Segui o argumento até onde ele me levou, e ele me levou a aceitar a existência de um Ser auto-existente, imutável, imaterial, onipotente e onisciente. (Um ateu garante: Deus existe, p. 144)

Patrick Glynn

A 'morte de Deus'tem sido baseada numa interpretação errônea fundamental da natureza do Universo,num quadro muito parcial e defeituoso que a ciência pintou lá no final do século 19. Agora aquele quadro esta sendo substituído por um novo, muito vastamente complexo e decisivamente mais compatível com a noção de que o Universo foi planejado intencionalmente por um Criador inteligente. (God: The Evidence.)

C. S. Lewis

Se o sistema solar passou a existir por meio de uma colisão acidental, então o aparecimento de vida orgânica nesse planeta também seria um acidente, e a evolução completa do homem também teria sido um acidente. Assim sendo, então todos os nossos processos de pensamento são meros acidentes- o produto acidental do movimento (aleatório) dos átomos. E isso também seria valido para os 'materialistas'e 'astrônomos', como para qualquer outra pessoa. Mas se os pensamentos deles - sobre o materialismo e a astronomia - são meramente produtos acidentais, por que deveríamos acreditar que eles são verdadeiros? Eu não vejo razão para acreditar que um acidente fosse capaz de fazer um relato correto de todos os outros acidentes.

God in the Dock, p. 52 e 53

Todas estas evidências mostram que acreditar em Deus não é fé cega. Como disseram Norman Geisler e Frank Turek, é por isso que “Não tenho fé suficiente para ser ateu”.


Vou colocar um versículo bíblico, não para querer provar nada, mas tem tudo a ver com o assunto:

“Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis;” Rm 11:20



[1] Um ateu garante: Deus existe, pág. 109.

[2] Em defesa da fé, p. 103.

[3] Em defesa da fé, p., 104.

[4] 7 Razões para confiar na Bíblia 129.

[5] Em defesa da fé, p. 137.

[6] Em defesa da fé, p.138.

[7] Em defesa da fé, p. 138.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O inferno é moralmente justo?

Se Deus é um Pai amoroso, por que ele mandaria pessoas para o inferno eternamente?

Esta é uma dúvida comum, algumas pessoas por isso deixaram de acreditar no inferno como eterno, e outra deixaram até mesmo de acreditar em Deus. Mas será que o inferno é realmente inconsistente com um Deus amoroso? Tem gente que acredita que sim, mas depois de observar os dois lados cheguei a conclusão de que o inferno é muito mais amoroso do que se a pessoa fosse aniquilidada, por exemplo.

Espere um minuto! O inferno, aquele lugar onde as pessoas ficam sendo torturadas por demônios, queimando, cheio de vermes e ranger de dentes é compatível com um Deus amoroso? Você só pode está ficando maluco! Não. Não estou ficando maluco, e se você está curioso (a) para saber o porquê da minha conclusão é só continuar lendo.


O que é o inferno?

Antes de continuar devemos ter em mente que o inferno não é um lugar onde as pessoas ficam queimando e sendo torturadas por demônios. Este pensamento é uma “herança”nossa que veio desde a idade média, certas pessoas ainda divulgam isso, seja em livros, em conversas e até mesmo nas igrejas. Tudo isso deve a tentativa de levar as pessoas para Deus por meio do medo, quando na verdade deveria ser por amor.

Quando a bíblia fala em “fogo”, “ranger de dentes’, “vermes” e “lago de fogo”, não fala literalmente, são figuras de linguagem que dizem que o inferno não vai ser um lugar bom, afinal, qual a pior coisa que pode acontecer ao ser humano? Estar afastado do ser mais belo, inteligente, maravilhoso e perfeito que existe: Deus. Se a humanidade foi criada para isso, a pior coisa é estar afastado do propósito da sua vida.

O inferno é a conseqüência das escolhas de uma pessoa em vida, e se essa pessoa escolheu viver longe de Deus, Ele com certeza irá respeitar esta opinião e coloca-lo num local onde ele continue a viver, mas longe da presença de Deus eternamente. Isso não vai ser bom, é claro, pois quem estiver lá vai se dar conta das besteiras que fez e se arrepender amargamente.

Agora que o mal entendido foi tirado, vamos ver algumas das objeções ao inferno. Tenha em mente que não vou abordar o que acho melhor, ou o que as pessoas acreditam ser o melhor, mas o que é moralmente correto.

Por que Deus condena as pessoas eternamente por erros temporais?

Como se avalia o tempo de punição de uma pessoa? Não é pelo tempo que ela demorou para cometer o ato. Um assassino pode ter demorado 10 segundos para matar, mas não é justo que ele seja preso por 10 segundos. Um ladrão pode ter demorado 15 minutos para roubar as pessoas, mas seria justo esta pessoa ser punida pelo tempo do erro cometido? Não. A condenação de algo deve à gravidade do ato cometido. E qual é o pior ato que uma pessoa pode cometer? J. P. Moreland disse algo esclarecedor sobre o assunto:

“A maioria das pessoas, porque não se importa muito com Deus, dirá que é maltratar animais, destruir o meio ambiente ou prejudicar outra pessoa. Sem duvida, todas essas coisas são horríveis. Mas empalidecem À luz da pior coisa que uma pessoa pode fazer, que é escarnecer, desonrar e recusar-se a amar a pessoa à qual devemos absolutamente tudo, o nosso Criador, o próprio Deus. Você precisa entender que Deus é infinitamente maior que qualquer outro ser em sua bondade, santidade, benignidade e justiça. Pensar que uma pessoa possa passar a vida toda ignorando-o invariavelmente, zombando dele constantemente pelo estilo de vida escolhido, sem a presença de Deus, ao dizer: ‘eu não ligo a mínima para o propósito pelo qual fui colocado aqui; não ligo a mínima para os seus valores e para a morte do seu Filho por mim; vou ignorar tudo isso. Este é o pecado supremo, que é a eterna separação de Deus.”

Lembre-se de que Deus é amor, porém é justo, e para um pecado mais grave deve haver a punição mais grave.

Por que Deus não dá uma segunda chance?

Dizer que seria justo Deus dar uma segunda chance às pessoas é pressupor que Ele não fez o possível para as salvar em vida. E é isso que dizem quando falam em reencarnação, se Deus desse uma segunda chance como dizem eles, significaria que Deus não respeita as escolhas das pessoas em vida, o que tornaria essa vida irrelevante.

Não podemos esquecer que temos a segunda chance agora, depois que Jesus morreu por nossos pecados. A bíblia diz que Deus faz o possível para salvar uma pessoa em vida, e com certeza Ele não mandaria ninguém para o inferno se ela, tendo algum tempo, mudasse de vida:

Joao 7
17 Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se eu falo de mim mesmo
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Apocalipse 3
20 Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.


Apocalipse 21
6 E disse-me mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida.


Apocalipse 22
20 Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus.

“Deus mantém um equilíbrio delicado entre manter sua existência suficientemente evidente a fim de que as pessoas saibam que ele esta presente, e ao mesmo tempo, ocultar a sua presença o bastante para que as pessoas que queiram optar por ignorá-lo possam fazê-lo. Desse modo, a escolha do seu destino é realmente livre.” J. P Moreland

Esta condenação e conseqüência é moralmente correta e compatível com um Deus amoroso e justo que respeita a escolha humana.


C. S. Lewis disse algo muito interessante sobre o inferno:

Descreva para você um homem que foi alçado para a riqueza e o poder por uma trajetória contínua de traição e crueldade, explorando para fins puramente egoístas os gestos nobres de suas vítimas, rindo da simplicidade delas. Um homem que, tendo obtido sucesso dessa forma, usou-o para a satisfação da luxuria e do ódio e finalmente parte o único farrapo de honra entre os ladrões traindo seus próprios cúmplices, zombando nos últimos momentos da desilusão desnorteada deles. Suponha além disso, que ele faça tudo isso, não (como gostariamos de imaginar) atormentado pelo remorso nem por apreensão, mas comendo como um aluno do primário e dormindo como uma criancinha - alegre, um homem de face corada, sem nenhuma preoucupação no mundo, intrepidamente confiante até o fim de que só ele encontrou a resposta para o enigma da vida: que Deus e o homem são tolos de quem ele obtem o melhor. Esse seu caminho de vida é completamente bem-sucedido, satisfatorio e inatacavel [...]
Suponha que ele não se converta, que destino no mundo eterno você pode considerar para ele? Você pode realmente querer que esse homem, permanecendo o que é (e ele pode fazer isso se tem livre arbitrio) tenha confirmada para sempre sua atual felicidade - continue por toda a eternidade sendo perfeitamente convencido de que o seu riso está a favor dele? [...] Mais cedo ou mais tarde, a justiça deve ser declarada, a bandeira [da verdade] plantada nessa alma horrivelmente rebelde, mesmo que não resulte nenhuma conquista mais plena ou melhor. De certa forma, é melhor para a própria criatura, mesmo que ela nunca se torne boa, que se conheça como um fracassso, um erro [...] A exigencia de que Deus deve perdoar esse homem mesmo permanecendo o que é, baseia-se na confusão entre ser condescente e perdoar.

Ser condescente com o mal é simplismente ignorá-lo, tratá-lo como se fosse bom. Mas, para ser completo, o perdão precisa ser aceito assim como é oferecido: e um homem que não admite culpa não pode aceitar o perdão.
Acredito sinceramente que os condenados são, de certa forma, bem sucedidos, rebeldes até o fim; que as portas do inferno estão trancadas do lado de dentro [...] No final, a resposta a todos os que se opõem à doutrina do inferno é a pergunta: "O que você está pedindo que Deus faça?". Limpar os pecados passados deles e, a todo custo, dar-lhes um novo começo, alisando cada dificuldade e oferecendo toda ajuda miraculosa? Mas ele fez isso no Calvário. Perdoa-los? Eles não serão perdoados. Para deixá-los sós? Ai deles, temo que Deus faça exatamente isso. [C. S. Lewis, O problema do sofrimento]


Limpar os pecados passados deles e, a todo custo, dar-lhes um novo começo, alisando cada dificuldade e oferecendo toda ajuda miraculosa? Mas ele fez isso no Calvário.


Há somente duas espécies de pessoas no final: as que dizem a Deus: "Seja feita a tua vontade", e aquelas a quem Deus diz, no final: "Seja feita a tua vontade". Todas estas estão no inferno, pois o escolheram. Sem essa escolha pessoal não poderia haver inferno. Nenhuma alma que deseja séria e constantemente a alegria jamais a perderá. Os que procuram encontram. Aos que batem ser-lhes-á aberta [a porta]. (O grande divorcio)

Mas por que Deus não salva todas as pessoas, ou as aniquila? Se Deus salvasse todas as pessoas, estaria nos tratando como um meio para um determinado fim, sem respeitar nossas escolhas. E se aniquilasse não respeitaria as escolhas do mesmo modo. Novamente com J. P. Moreland:

“O inferno reconhece que as pessoas têm valor intrínseco. Se Deus ama o valor intrínseco, então tem de amparar as pessoas, porque isso significa que ele ampara o valor intrínseco. Ele se recusa a destruir uma criatura que foi feita à sua imagem. Assim, em ultima analise, o inferno é a única opção moralmente legitima. Deus não gosta disso, mas ele as põe de quarentena. Isso honra a liberdade de escolha. Ele só não quer revogar esta liberdade. Deus considera as pessoas tão valiosas intrinsecamente que enviou seu Filho, Jesus Cristo, para sofrer e morrer, de sorte que elas possam, caso queiram, passar a eternidade com ele nos céus.”

O inferno é como uma quarentena para o filho que não quer estar com seu pai. Se seu filho não lhe amasse, nem quisesse viver contigo, fazendo tudo que te desagrada sem se importar com o que pensa, se ele odiasse seu modo de vida, odiasse a sua casa, seus irmãos, sua família. Você tenta se reconciliar e ele não quer, não o ama, não liga pra o que sente, mas você continua o amando.


Seria amoroso você obriga-lo a viver com você mesmo ele não querendo? Seria humano? Você estaria respeitando sua vontade? Ou você estaria o tratando como um objeto para seu proveito?

Talvez para ele seria um inferno viver com você, mesmo você querendo o seu bem.

Quando uma pessoa tem um filho, sabe que pode ser um arquiteto, engenheiro, medico, professor, musico, mas sabe também que pode ser um ladrão, traficante ou assassino. Mas o que as pessoas fazem? Correm o risco para ter um relacionamento de amor.

Acredito que Deus fez o mesmo com a humanidade nos dando o livre arbítrio, e quem não quer ter este relacionamento, Ele respeita.

domingo, 14 de setembro de 2008

Passando no teste


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Por que os apóstolos mentiriam? [...] se eles mentiram, qual foi sua motivação, o que obtiveram com isso? O que eles ganharam com tudo isso foi incompreensão, rejeição, perseguição, tortura e martírio. Que bela lista de prêmios! - PETER KREEFT


Já foi mostrado que os discípulos que escreveram o Novo Testamento foram muito sinceros, colocando detalhes que nenhum mentiroso colocaria. Vamos testar mais sua sinceridade, até que ponto vai o seu testemunho? Imagine a conversa de alguns dos opositores do cristianismo (ou releia a carta de Plínio, o Moço):


- Esta seita perniciosa está crescendo!
- É verdade, até seus erros ela colocam, e muita gente está acreditando neles.
- O que podemos fazer?
- Vamos ver até que ponto eles vão com o que dizem ter visto e ouvido!
- Certo! Vamos fazer de tudo para eles negarem este Jesus.
- De tudo como?
- Literalmente, de tudo...

Sim, os apóstolos e os primeiros cristãos foram testados como ninguém. Foram humilhados, desprezados, torturados, eram considerados marginais, supersticiosos, e deram testemunho com sua morte. Eles morreram pelo que disseram pois realmente acreditaram ter visto Jesus ressurreto, e seus milagres. E o testemunho deles não está registrado somente na bíblia. A história nos mostra que os apóstolos foram realmente fieis no que diziam. Vejamos abaixo um exemplo disso.

Flavio Josefo, cita no capítulo VIII, parágrafo 856 das Antiguidades, o que aconteceu com Tiago (irmão de Jesus) e alguns cristãos:

"Anano, um dos que nós falamos agora, era homem ousado e empreendedor, da seita dos saduceus, que como dissemos, são os mais rigorosos nos julgamentos. Ele aproveitou o tempo da morte de Festo, e Albino ainda não tinha chegado, para reunir um conselho diante do qual fez comparecer Tiago, irmão de Jesus, chamado Cristo, e alguns outros; acusou-os de terem desobedecido às leis e os condenou ap apedrejamento. Esse ato desagradou muito a todos os habitantes de Jerusalém, que eram piedosos, e tinham verdadeiro amor pela observância de nossas leis.

As tentativas de tirar o crédito do Novo Testamento não pararam por aí, algumas pessoas criaram algumas teorias contra a ressurreição, como a do tumulo errado, corpo roubado e da alucinação, mas todas elas se mostraram falsas e sem nenhuma base histórica.

Os apóstolos com certeza não iriam ao tumulo errado, se eles fossem, era só as autoridades Romanas e Judaicas mostrarem o tumulo e o corpo em praça pública ou mostrar a eles. Por ser o túmulo de José de Arimateia, era conhecido pelos judeus. Os romanos colocaram guardas e selaram o túmulo. E é bom lembrar que o túmulo vazio não convenceu todos os discípulos, parte deles realmente acreditaram quando Jesus apareceu para eles em locais e ocasiões diferentes.
Tomé só acreditou que Jesus tinha ressuscitado quando viu com seus próprios olhos, e Paulo, que perseguia os cristãos, começou a acreditar depois de uma aparição de Jesus. Dizer que o os discípulos foram ao túmulo errado não explica as aparições de Jesus, que tirou todas as dúvidas dos apóstolos.
Jesus não poderia ter desmaiado, os romanos eram mestres em matar, eles com certeza se certificariam que Jesus estava morto. Você consegue imaginar uma pessoa desmaiada, sangrando, que estava há horas em uma cruz, presa num túmulo por três dias, sobreviver e ainda fugir de um tumulo lacrado e com guardas? Pois é, isso é o que algumas pessoas querem que você acredite. Dizer que Jesus somente desmaiou mostra o desespero de dentar provar que o cristianismo não é verdadeiro.
Uma outra teoria é a da alucinação. Norman Geisler no livro “Não tenho fé suficiente para ser ateu” coloca algo bem interessante sobre o assunto:

“Teriam os discípulos sido enganados por alucinações? Talvez eles pensassem sinceramente que tinham visto o Cristo ressurreto, mas, eu vez disso, na verdade estavam experimentando alucinações. Essa teoria tem muitas falhas fatais. Vamos abordar duas delas.
Em primeiro lugar, as alucinações não são experimentadas por grupos, mas apenas por indivíduos. Nesse aspecto, são muito parecidas com sonhos. É por isso que, se um amigo lhe diz pela manhã: “Uau! Esse foi um grande sonho que tivemos, não é”, você não diz “Sim, foi fabuloso! Vamos continuar hoje a noite?”. Não, você acha que seu amigo ficou louco ou está simplesmente fazendo uma brincadeira. Você não leva a sério porque os sonhos não são experiências coletivas. Quem tem sonhos é o individuo, não grupos. As alucinações funcionam da mesma maneira. Se existirem raras condições psicológicas, um individuo pode ter uma alucinação, mas seus amigos não terão. Mesmo que tiverem, não terão a mesma alucinação.
A teoria da alucinação não funciona porque Jesus não apareceu uma única vez para uma única pessoa - ele apareceu em dezenas de ocasiões diferentes, numa grande variedade de cenários, para diferentes pessoas, durante um período de 40 dias. Ele foi visto por homens e mulheres. Foi visto caminhando, falando e comendo. Foi visto dentro e fora de lugares. Foi visto por muitos e por poucos. Um total de mais de 500 pessoas viu o Jesus ressurreto. Elas não estavam tendo uma alucinação ou vendo um fantasma, porque, em seus das 12 aparições, Jesus foi fisicamente tocado e/ou comeu comida verdadeira.
A existência do túmulo vazio é a segunda falha fatal da teoria da alucinação. Se mais de 500 testemunhas oculares tiveram a experiência sem precedentes de ter a mesma alucinação em 12 ocasiões diferentes, então por que as autoridades judaicas romanas simplesmente não exibiram o corpo de Jesus pela cidade? Isso teria desferido um golpe fatal no cristianismo de uma vez por todas. As autoridades adorariam ter feito isso, mas, aparentemente, não puderam fazê-lo porque o tumulo estava realmente vazio.”
Teoria do plágio.

Para o cético, esta é a ultima alternativa. E é disso que o cristianismo vem sendo acusado: de plágio. O incrível é que muita gente acredita nisso sem realmente pesquisar sobre o assunto. Textos imensos são escritos tentando provar que Jesus não passa de uma cópia mal feita de diversos mitos, ou que talvez Jesus realmente existiu, mas sua historia foi embelezada com um pouco com várias estórias com o fim de manipular as pessoas.
Os apóstolos copiaram os mitos pagãos?

Como foi mostrado, o Novo Testamento não é um embelezamento. Os discípulos fizeram questão de narrar os fatos como testemunhas oculares sem medo de mostrar seus erros, e os milagres são narrados com muita simplicidade. Eles escreveram como relatos históricos, como pode ser visto no inicio do livro de Lucas:

Lucas 1:
“1 TENDO, pois, muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram,
2 Segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio, e foram ministros da palavra,
3 Pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelente Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio;
4 Para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado.”

Depois disso, Lucas conta vários detalhes históricos que só uma testemunha ocular teria dito. O mesmo acontece nos outros relatos sobre Jesus. E é clara a intenção de ser um relato histórico, não uma invenção. Mesmo assim, alguns pontos da história de Jesus vem sendo comparadas com alguns mitos como Osíris, Horus, Krishna, Marduque, entre outros.

“a teoria do mito pagão não pode explicar o túmulo vazio, o martírio das testemunhas oculares nem o testemunho dos autores não cristãos. Também não pode explicar a evidência que leva praticamente todos os estudiosos a aceitarem os outros fatos históricos que foi citado.” Norman Geisler, no livro Não tenho fé suficiente para ser ateu


"Tudo o que sou em minha vida particular é critico literário e historiador; esse é o meu trabalho [...] Estou preparado para dizer, com base nisso, que, se alguém pensa que os evangelhos são lendas ou romances, essa pessoa está simplesmente mostrando sua incompetência como critico literário. Já li uma grande quantidade de romances e sei muita coisa sobre lendas que se desenvolveram entre pessoas do passado, e sei perfeitamente bem que os evangelhos não são esse tipo de coisa.” C. S. Lewis

Os apóstolos falaram a verdade?

"Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares de sua majestade" 2Pe 1:16

Se um grupo de pessoas quisesse criar uma mentira, o que elas fariam? Omitiriam seus erros, ou pelo menos a maioria deles, para assim dar um ar de grandiosidade e fazer com que as pessoas realmente acreditem nelas. Não é isso o que acontece quando as pessoas mentem? Não é o mesmo que acontece com alguns falsos religiosos que querem criar mentiras para iludir as pessoas e lhe dar um ar de santidade? Ou quando um político corrupto (Claro que não são todos) faz uma campanha política, e mostra as coisas que supostamente fez? normalmente eles, os corruptos, omitem os seus erros, enganando muita gente com suas promessas e seus grandes feitos.

Mas os apóstolos fizeram exatamente o contrario, eles foram sinceros mostrando seus erros e defeitos. Vejamos alguns:

São tolos:

- (Mc 9:32, Lc 18:34, Jo 12:16)

Covardes:

- Todos os discípulos fugiram e se esconderam (com exceção de um) quando Jesus mais precisou.

- Pedro negou Jesus três vezes.

- Enquanto os homens foram covardes e fugiram, as mulheres foram corajosas, e muito corajosas para sua época.

Foram advertidos:

- Foram repreendidos por ter pouca fé: Mt 8:26

- Pedro é chamado de “satanás”.

- Paulo repreende Pedro por estar errado, e é bom lembrar que Pedro é um dos pilares da igreja e Paulo estava mostrando nas escrituras que ele estava errado.

- Tiago e João foram repreendidos por querer os melhores lugares ao lado de Jesus.

- Foram ensinados de maneira dura que o líder deve servir primeiro.

Eles duvidaram:

- Apesar de terem sido informados que Jesus morreria e ressuscitaria, eles duvidaram, menos as mulheres! Os discípulos só acreditaram quando viram Jesus ressuscitado!

Apáticos:

- Caíram no sono duas vezes quando Jesus pediu para que orassem: Mc 14:41.

- Não fizeram nenhum esforço para dar a Jesus um enterro adequado, que foi sepultado por José de Arimateia, um membro do Sinédrio.

- Correram quando Jesus, que era seu amigo e sempre os ajudava, precisou.

Como Jesus era visto:

- Jesus foi visto como enganador: Jo 7:12

- Foi chamado de beberrão: Mt 11:19.

- Endemoniado: Mc 3:22, Jo 7:20, Jo 8:48

- Louco: Jo 10:20

- Teve seus cabelos enxugados por uma prostituta (Fato que tinha o potencial de ser visto como uma provocação sexual): Lc 7:36-39.

- Foi crucificado, sendo que ser pendurado em um padeiro era maldição.

- Nem os irmãos acreditavam em Jesus: Jo 7:5.

Mateus era odiado por muita gente (talvez só menos odiado que Judas Iscariotes), já que era um coletor de impostos, Lucas e Marcos nem faziam parte dos 12 apóstolos! Que motivo alguém escreveria um livro e colocaria o nome deles, se não fossem eles mesmos? Isso pode ser visto nos evangelhos apócrifos, que supostamente foram escritos por pessoas exemplares depois de sua conversão. A única exceção é João.

Se estivesse inventando uma mentira, colocaria todos estes detalhes embaraçosos acerca de você e de seus amigos? Diria para todos que era um covarde e que deixou seu amigo quando mais precisou? Admitiria que duvidou? Confessaria, naquela época, que mulheres foram mais corajosas e fieis que você? E que negou seu mestre, não uma, mas três vezes depois de ter dado uma de corajoso e fiel?

Ninguém, em sã consciência, colocaria estes detalhes se estivessem criando uma mentira. Os apóstolos foram fieis como testemunhas oculares, que fizeram o que ninguém faria por um mito ou mentira.