domingo, 22 de março de 2009

A morte dos cananitas.



Por vezes os cristãos são confrontados com questionamentos de algumas partes do Antigo Testamento que aparentemente soam como algo maléfico e impossível de ser feito por um Deus amoroso. Um exemplo foi a destruição dos cananitas.
Vários vídeos e textos circulam pela internet, que, se analisados superficialmente, dão a entender que a Bíblia pode ser tudo, menos um exemplo de moral. Já que os “pobres” cananitas foram citados, pois alguns dizem: “Como pode ser algo moralmente certo um povo destruir outro e ainda tomar sua moradia?”, vamos ver se a ordem de Deus pra matá-los foi justa ou não.
Primeiro, este povo estava longe de ser inocente. Um estudo detalhado sobre eles revela isso. Era um povo totalmente depravado, as crianças, estrangeiros e mulheres não eram respeitados e constantemente eram oferecidos em sacrifício por motivos banais.
Eles tinham um deus, dentre vários, chamado Moloque. Este tinha corpo de homem, cabeça de touro e braços estendidos para frente (um pouco abaixados) onde os pais colocavam seus filhos nas mãos do ídolo. Após serem colocadas nas mãos da estátua, as crianças caiam numa fornalha onde morriam queimadas. Nessas ocasiões, vários tambores eram tocados para abafar os seus gritos. Alguns desses ídolos eram ocos, e dentro deles eram colocados fogo, e, depois de totalmente aquecidos, os pais colocavam as crianças nas mãos da estátua para serem queimadas até a morte. Em escavações, foram encontradas ruínas de um templo que haviam vários despojos de crianças recém-nascidas. Um motivo banal que posso citar é que, antes de se construir uma casa, uma criança recém-nascida era sacrificada, e os seus restos destruídos eram colocados nos alicerces da casa para supostamente trazer a felicidade da família.
Segundo, apesar de Deus ter avisado e dado tempo para eles se arrependerem, o povo continuou a praticar os seus atos abomináveis sem arrependimento. O que Deus deveria fazer em relação a isso? Ele já tinha avisado, chamado o povo ao arrependimento e dado muito tempo para se arrependerem. E o que eles fizeram? Ignoraram o chamado de arrependimento e continuaram com seus atos abomináveis aos olhos de qualquer pessoa (imagine diante de Deus?). Deus suspendeu o julgamento por 400 anos pois ainda não tinha chegado o tempo que não se poderia tolerar de forma alguma! (Gn. 15:13,16).
Deus não poderia deixar isso acontecer com um povo totalmente contaminado. O que restou foi cortar o mal pela raiz, como Norman Geisler disse: “Às vezes, uma cirurgia radical é necessária para exterminar completamente um câncer mortal do corpo de uma pessoa.”. E Deus tinha razões para isso (ou vão negar?), Israel foi apenas um instrumento de justiça (constantemente Deus usou outros povos como instrumento de justiça para os erros de Israel). E aos que dizem que matar não é amoroso: Prefeririam que eles continuassem sacrificando crianças?
Alguém pode dizer que é justificável a morte dos adultos, mas das crianças não, pois elas são inocentes. Sim elas são inocentes, e é bom lembrar que quando uma criança morre ela está livre de todo mal e automaticamente vai herdar a vida eterna. As crianças um pouco maiores já estavam contaminadas com o estado abominável do povo, e quando crescessem poderiam influenciar mais pessoas. Em vez de injusto, Deus foi misericordioso para tirá-los de um povo depravado e levá-las para sua presença.
Por fim, quem quisesse fugir teria tempo para isso, e com certeza muita gente fez isso. Deus é justo e soberano. O Salário do pecado é a morte, a justiça teria que ser feita, pois o aquele mau não poderia ser tido como algo bom. E por isso Israel foi ordenado a não se misturar com eles, destruir toda cidade e todo o vestígio de idolatria e carnificina de um povo que teve muito tempo para mudar.


“Não é por causa da tua justiça, nem pela retitude de teu coração que entras a possuir a sua terra, mas pela maldade destas nações que o Senhor, teu Deus, as lança de ti.” Deuteronômio 9:5.


Autor: Jonadabe Rios