Além do seu estilo, a fonte humana e o conteúdo do Alcorão são prova de sua origem divina. Eles insistem em que nenhum livro com essa mensagem poderia ter vindo de um profeta analfabeto como Maomé.
É questionavel que Maomé tenha sido realmente analfabeto. Como certa autoridade observou, as palavras árabes al unmi, que querem dizer o profeta "inculto" no Alcorão (7.157), "podem [significar] 'pagão' em vez de 'analfabeto'". Pfander prefere a tradução "o profeta gentio", concordando que o termo não implica analfabetismo (Pfander, p. 254).
A evidência sugere que Maomé não era analfabeto. Por exemplo, "quando o Tratado de Hudaibah foi assinado, Maomé pegou a pena de Ali, riscou as palavras nas quais Ali o designara 'o enviado de Deus' e substituiu-as com a própria mão pelas palavras 'filho de Abd'allah". E, "segundo a tradição, quando estava morrendo, Maomé pediu pena e tinta para escrever uma ordem designando seu sucessor, mas sua força acabou antes de o material ser trazido" (Pfander, p. 255)
W. Montgomery Watts informa que "muitos habitantes de meca sabiam ler e escrever, e portanto pressupõe-se que um comerciante eficiente como Maomé entendia um pouco das artes" (Watt, p. 40). Mesmo teólogos muçulmanos referem-se a Maomé como o "perfeito em intelecto" (Gudel, p. 72) Se Maomé não teve treinamento formal na juventude, não há razão para que uma pessoa tão inteligente não pudesse aprender sozinha mais tarde.
Em terceiro lugar, mesmo supondo que Maomé fosse analfabeto, isso não significaria que o Alcorão tenha sido ditado por Deus. Existem outras explicações possíveis. Ainda que não formalmente treinado, Maomé era uma pessoa inteligente, de grande habilidade. Seu escriba poderia ter compensado suas deficiências ao estilizar a obra. Tal prática era comum. Homero era cego; logo, provavelmente, não escreveu seus épicos sozinho. Alguns críticos argumentam que é possível que a primeira impressão de Maomé estivesse certa, que ele tivesse recebido a informação de um espírito maligno, que pode ter potencializado sua capacidade.
W. M. Watt, Muhammad: prophet and statesman.
C. G. PFANDER, The Mizanu’l Haqq (The balance of truth)
Por Norman Geisler, retirado da "Enciclopédia Apologética"
Comentários do Blog:
É interessante notar que as duas supostas evidências apresentadas para o Alcorão até o momento são elementos que podem ter outras explicações. Assim, são "evidências" que só convencem quem já está convencido.
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