quinta-feira, 31 de maio de 2012

Missa Tridentina - Sequência


"Em algumas solenidades, acrescenta-se ao Aleluia ou ao Trato o que se chama Sequentia. Foi acrescentada ao canto da missa bem depois de São Gregório, lá pelo século IX. Recebeu o nome de Sequentia, que significa continuação. Consistia primitivamente em um texto que se acrescentava às notas melódicas que continuavam a palavra Aleluia e que já chamavam de Sequentia, antes da invenção dessa parte da missa.

É chamada também de prosa, porque em sua origem não se parecia nem aos hinos metrificados, cujos modelos se encontram nos antigos, nem aos ritmos regularmente cadenciados, que apareceram mais tarde. Era verdadeiro trecho de prosa que se cantava simplesmente, como dissemos, para revestir as palavras do neuma do Aleluia. Pouco a pouco, no entanto, aproximou-se seu gênero ao dos hinos.

A sequência servia para realçar a solenidade dos ofícios, e, enquanto era cantada, os sinos e órgãos ressoavam. Foramfeitas para todas as festas e também para os domingos do Advento.

Na reforma do missal romano, sob São Pio V, apenas quatro delas foram conservadas: Victimae Paschali, a mais antiga de todas e modelo de toda prosa, o Veni Sancte Spiritus, o Lauda Sion e o Dies irae, Mais tarde acrescentaram o Stabat Mater. Nosso missal monástico contém também o Laeta dies, para a festa de São Bento, uma composição que data do século XVI."

sábado, 26 de maio de 2012

Origem do Alcorão (4) - Os argumentos da profecia e unidade

Os artigos anteriores sobre o assunto podem ser vistos aqui: 1 / 2 / 3


Argumento das profecias. O Alcorão contém profecias preditivas que provam sua origem divina? Isso é tratado em detalhes no artigo MAOMÉ, SUPOSTOS MILAGRES DE (na Enciclopédia Apologética).


Entre os pontos destacados estão os seguintes:

A maioria das predições são na verdade exortações de um líder militar-religioso para continuarem lutando que Deus lhes daria a vitória. A única predição substancial foi a respeito da vitória romana sobre o exército persa em Issus (30.2-4), que não aconteceu no período de tempo dado pela profecia de "dentro de pouco anos" era esperada.

A única outra profecia digna de nota é uma referência a dez noites encontrada na surata 89.2, que é interpretada como uma predição velada dos dez anos da perseguição sofrida pelos primeiros muçulmanos. Essa é uma interpretação duvidosa, já que o versículo aparentemente fala de peregrinação.

Argumento da unidade. Insistir que o Alcorão deve ser revelação divina porque é coerente e não-contraditório também não é convincente. Às vezes, as relações de Maomé foram mudadas, incluindo os "versículos satânicos" citados acima, em que a revelação original permitia que certa tribo adorasse deuses pagãos (53.21-23). Essa é uma questão séria para o profeta que acredita que o politeísmo é o pior pecado.

Todo o conceito de abrogação (mansukh), em que erros prévios foram corrigidos por versículos posteriores (chamados nasikh), revela a falta de unidade no Alcorão. Lê-se na surata 2.1: "Não anulamos nenhum versículo, nem fazemos com que seja esquecido (por ti), sem substituí-lo por outro melhor ou semelhante. Ignoras, por acaso, que Allah é Onipotente?". Por exemplo, a surata 9, versículo 5 é chamada "o versículo da espada", e supostamente anula 124 versículos que originariamente encorajavam a tolerância (cf.2.256).0 Alcorão diz enfaticamente "Não há imposição quanto à religião" (2.256), mas em outros trechos incentiva os muçulmanos: "Combatei aqueles que não crêem em Allah" (surata 9.29) e"matai os idolatras, onde quer que os acheis (9.5).Nasikh é uma contradição porque o Alcorão afirma que"... as palavras de Allah são imutáveis.." (10.64), que, segundo eles afirmam, o Alcorão é. Pois"... Nossas decisões são inexoráveis.. "(6.34). Mas o Alcorão ensina a doutrina da abrogação pela qual revelações posteriores anulam as anteriores.

Como Gerhard Nehls observou astutamente: "Gostaríamos de descobrir como a revelação divina pode ser melhorada. Ela deveria ser perfeita e verdadeira desde o princípio" (Nehls, p. 11). Alguns muçulmanos, como Ali, afirmam que abrogação é apenas "revelação progressiva", adaptando a mesma mensagem de Alá a pessoas diferentes que vivem em períodos diferentes. "Mas a surata 2, versículo 106 [sobre abrogação] não fala de cultura ou revelação progressiva com referência às escrituras dadas antes de Maomé, mas apenas aos versículos alcorânicos!" (Nehls, p. 2). A revelação de Deus, progressiva, durante 1 500 anos, faz sentido, conforme ocorreu com a Bíblia (v. PROGRESSIVA, REVELAÇÃO – Na Enciclopédia Apologética). Ela traz o cumprimento e amplia ensinamentos anteriores, em vez de fazer correções, e certamente não depois de vinte anos. Isso parece particularmente verdadeiro pelo fato de os versículos corretivos estarem geralmente próximos dos que são corrigidos. Além disso, há versículos que as abrogações alcorânicas aparentemente esqueceram de redigir. A surata 7 versículo 54 diz que o mundo foi criado em 6 dias. Mas a surata 41, versículos 9-12, diz que Alá levou um total de oito dias para criar o mundo (2 + 4 + 2). Como ambos podem estar corretos?

O Alcorão também afirma que os seres humanos são responsáveis pelas próprias escolhas (18.29), e que Alá de antemão selou o destino de todos, dizendo: "E a cada homem lhe penduramos ao pescoço o seu destino e, no Dia da Ressurreição, apresentar-lhe-emos um livro, que encontrará aberto" (17.13; v. tb. 10.99,100).

Mesmo que o Alcorão fosse coerente, unidade ou coerência é na melhor das hipóteses um teste negativo para a verdade, não positivo. É claro que se um livro é de Deus, inerrante, ele não conterá qualquer contradição. Mas só porque um livro não tem contradições não significa que Deus seja o autor. John W. Montgomery observou com perspicácia: "A geometria de Euclides é coerente, mas isso não é suficiente para denominá-la divinamente autorizada" (Montgomery, p. 9).

Coerência é o tipo de argumento que muitas pessoas (mesmo cristãos) usam para seus livros sagrados. Mas nem todos podem ser a Palavra inspirada de Deus, já que são mutuamente contraditórios. Unidade em si não prova autenticidade divina, ou todos os livros sagrados coerentes que contraditórios seriam verdadeiros. A Bíblia é pelo menos tão coerente quanto o Alcorão, mas nenhum muçulmano admitiria que, por isso, ela seja inspirada por Deus.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Desunião católica? (continuação...)


Rodrigo tentou responder minhas colocações, mas não levou em conta alguns pontos importantes. Vou resumi-los pois acho que cada um pode raciocinar sobre isso por si mesmo:

- Uma coisa é aparentar ou dizer ser da Igreja, outra é ser de fato. A Teologia da Libertação, por exemplo, insiste em dizer, mas eles não têm para onde correr.
- Uma coisa é a pessoa não ser excomungada e estar fora da Igreja oficialmente, como com uma declaração conciliar, outra é não estar nela pois seu ensino é por natureza contrário ao que já foi definido como artigo de fé. Tanto é que uma pessoa pode ser excomungada por decreto, mediante a um julgamento errado, e ainda assim continuar na Igreja (pois em alguns casos a excomunhão é nula). Uma pessoa (como Ário) que ensinava o contrário ao que foi sempre crido já está fora da fé católica (universal).
- Rodrigo erra ao dizer que há certa unidade em aspectos comuns do protestantismo, o que não é verdade. Que aspectos? Muitas das heresias do passado tinham certa unidade em certos aspectos com a ortodoxia, nem por isso eram a mesma coisa. O que o protestantismo tem em comum são certas atitudes, não doutrinas. Além disso, a maioria pode possuir um grupo de crença em comum, mas sempre há discordância em partes importantes, por exemplo:




Predestinação
Eucaristia
Batismo
Canon
Sola Scriptura
Angl.
Vai depender do grupo
Jesus de fato.
Pode ser feito em crianças.
Vai depender do grupo.
Não acreditam na Sola Scriptura como a maioria dos protestantes.
Bat.
Arminianos
Simbólica.
Só para adultos (exceto alguns pastores). Não é um sacramento.
Rejeita os deuterocanonicos.
Aceitam.
Presb.
Calvinistas.
Jesus de fato.
Pode ser feito em crianças.
Rejeitam os deuterocanonicos
Aceitam.
Assb.
Negam da forma que os presbiterianos ensinam.
Simbólica
Só para adultos. Não é um sacramento.
Rejeitam os deuterocanônicos
Aceitam (exceto alguns casos isolados)
Quadr.
Arminianos
Simbólica
Só para adultos. Não é um sacramento.
Rejeitam os deuterocanonicos
Aceitam.
 Lut.
 Não são arminianos.
Jesus de forma consubstancial.
Pode ser feito em crianças.
Vai depender do grupo.
Não aceitam.







Angl. - Anglicana
Bat. - Batista
Presb. - Presbiteriana
Assb. - Assembléia de Deus
Quadr. - Quadrangular
Lut. Luterana

Isso sem mencionar os outros grupos, cada qual com sua crença. Se aumentarmos a quantidade de grupos e doutrinas a diferença vai ser ainda maior. Além disso, não faz sentido dizer que há certos grupos tradicionais, e considerar os outros como seitas a partir desses tradicionais (que são mais antigos), pois não há uma base objetiva (como visto, nem mesmo a Sola Scriptura) para tal decisão. Assim, seria pura arbitrariedade do grupo.

Se insistir que os protestantes possuem crenças em comuns, gostaria de pedir que me mostre apenas UMA crença comum de todos os protestantes. Apenas uma.

- Quanto ao ensino de unidade, ver esse texto e essas palestras:

http://www.4shared.com/audio/gsjm21ft/A_Igreja_de_Jesus_Cristo__I__-.html
http://www.4shared.com/audio/YEMoyjul/A_Igreja_de_Jesus_Cristo__II__.html
http://www.4shared.com/audio/mVgJOk_E/A_Igreja_de_Jesus_Cristo__III_.html
http://www.4shared.com/audio/3_o65YSI/A_Igreja_de_Jesus_Cristo__IV__.html
http://www.4shared.com/audio/bo2lny51/A_Igreja_de_Jesus_Cristo_V__I_.html
http://www.4shared.com/audio/g01eDRfP/A_Igreja_de_Jesus_Cristo_V__II.html
http://www.4shared.com/audio/atWKDyU4/A_Igreja_de_Jesus_Cristo__VI_.html



domingo, 20 de maio de 2012

Jesus é o Servo Sofredor? Parte 2

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A primeira parte e a descrição de meus principais objetivos ao publicar essa tradução podem ser lidos aqui.

Retirado de: Os Textos Messiânicos, Raphael Patai, Detroit: Wayne State University Press, 1979.

Estas são as credenciais de Rachael Patai, desde Gates to the Old City: A Book of Jewish Legends (New York: Avon Books, 1980):

Famoso antropólogo, estudioso da Bíblia e autor de 26 livros (em 1980). Ensinou hebraico na Universidade Hebraica de Jerusalém e atuou como professor de antropologia na Dropsie University e em Fairleigh Dicknson University, e como professor visitante na Universidade da Pensilvânia e de Princenton, Columbia, Estado de Ohio, e em Universidades de Nova York.

Sobre o Servo Sofredor de Isaias 42, 49, 50, 52 e 53, Patai escreve:

“A Aggada, lenda talmúdica, identifica-o, sem hesitar, como o Messias, e compreende especialmente as descrições de seus sofrimentos como se referindo ao Messias bem Joseph”.

Patai considera Daniel 9:24-27 como uma passagem messiânica, incluindo a morte do Messias:

“É bem provável que o conceito de Messias sofredor, totalmente desenvolvido no Talmud, Midrash e Zohar, tem sua origem nas profecias bíblicas sobre o Servo Sofredor”.

Patai também lista Isaías 9:6-7, 11:1-12, Daniel 7:13-14, e Zc 9:9-10 como passagem messiânicas.

“R. Shim'on ben Jaqish explicou: ‘E o Espírito de Deus pairava sobre a face da água’ (Gn 1:2) – este é o espírito do Rei Messias, como está escrito: ‘E o Espírito do Senhor repousará sobre ele.’ (Is 11:2)” (Gen Rab. 2:4).

“Você acha que no inicio da criação do mundo o Rei Messias nasceu.” (Pes. Rab. Ed. Friedmann, p. 152b).

Alguns rabinos foram nomeados Messias, “os lebrosos da Casa de estudo”, baseados em Isaías 53: 4 (B. Shanhedrin 98b).

“O Santo começou a dizer-lhe (ao Messias) as condições (de sua missão), e disse-lhe: ‘Seus pecados irão levá-lo em um jugo de ferro, e eles vão torná-lo semelhante a este bezerro cujos olhos têm se ofuscado, e eles vão sufocar o seu espírito com o jugo, por causa de seus pecados a sua língua vai chegar ao céu da boca. Você acredita nisso?’ Ele disse: ‘aceito com alegria, de modo que ninguém em Israel deve perecer, mesmo os que morreram desde os dias de Adão até agora. Isto é o que quero’.” (Pes. Rab p. 161 a-b).

“(Quando) o Filho de Davi vier, eles vão trazer vigas de ferro e colocá-los em cima de seu pescoço até as curvas de seu corpo. Ele chora e diz: ‘Quanto posso suportar do meu sofrimento? Pode também minha alma e meu espírito? E meus membros? E não sou de carne e osso?’ (Pes. Rab. 162)

“Você tem sofrido por causa dos pecados de nossos filhos, e cruéis punições vieram para você... Você foi ridicularizado e desprezado pelas nações por causa de Israel... Tudo isso por causa dos pecados de nossas crianças... grandes sofrimentos têm de vir sobre vós, por sua causa. E (Deus) diz-lhe: ‘Seja você juiz sobre estes povos, e faça o que deseja a tua alma... todos eles morrerão com o sopro de seus lábios’.” (Pes. Rab. Ch. 36)

“Elias ...disse-lhe: ‘suportar os sofrimentos e a sentença de seu mestre faz você sofrer por causa do pecado de Israel’. Assim está escrito: ‘Ele foi ferido por causa de nossas transgressões” ... (Is 53:5) – até que o fim venha” (Mid.. Konen, BHM, 2:29)

“Enquanto Israel habitou na Terra Santa, os rituais e sacrificios removiam aquelas doenças do mundo, agora o Messias vai removê-los das crianças do mundo” (Zohar 2:212 a)

Patai afirma: “Quando a morte do Messias se tornou um princípio estabelecido nos tempos talmúdicos, esta foi considerada incompatível com a crença no Messias como Redentor, que iria inaugurar o milênio abençoado da era messiânica. O dilema foi removido com a divisão da pessoa do Messias em dois...”

O desenvolvimento da doutrina dos dois Messias também tem a ver com um paralelo messiânico com Moisés, que morreu antes de entrar na Terra Prometida.

Referindo-se a Zc 12:10-12, “R. Dosa diz: ‘(Eles lamentarão) sobre o Messias que será morto”” (B. Suk 52a, também Y. Suk 55b).

“Um homem deve surgir de minha semente; semelhante o sol da justiça, caminhando com os filhos do homem em mansidão. Não encontrarão nenhum pecado nele, e ele derramará sobre vós um espírito de graça que, e você andará em seus mandamentos... uma vara de justiça para as nações, para julgar e salvar todos os que invocam o Senhor”. (Testament of Judah, 24)

terça-feira, 15 de maio de 2012

Jesus é o Servo Sofredor? - Parte 1

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Apesar de considerar Jesus como o Messias predito pelos santos profetas, essa série de artigos não será feita com o intuito de defender essa afirmação (embora seja de serventia).

O principal objetivo é tornar clara que algumas afirmações que muitos judeus - não todos - vêm fazendo na internet não são bem assim como dizem. Muitos deles afirmam que o ensino judaico não acredita em certos textos bíblicos específicos como profecias messiânicas.

Certa vez, ao conversar com um judeu, perguntei sobre o Talmud, ele disse que não é para que eu lesse. Não entendi na hora o porque, mas entendi posteriormente o que talvez tenha sido o real objetivo, pois nos textos judaicos antigos existem várias informações que desmentem boa parte da apologética judaica atual, como é o caso do chamado "Servo Sofredor".

Eu realmente ainda não sei o real objetivo de passarem as informações dessa forma, afirmando que os judeus creem de uma forma, sendo que no próprio judaísmo há várias divergências, tornando mais correto dizer "judaísmos" em vez de "judaísmo". Divergem, inclusive, nas profecias messiânicas. Uma rápida pesquisa na internet demonstra isso.

Então esses textos além de ser mais uma fonte de informação em português, pois ainda não existem muitas, serve também como um manifesto em relação às informações passadas por muitos judeus (não todos) que são incompletas, dando a entender que o cristianismo está todo errado e que o judaísmo nunca entendeu as profecias citadas pelos cristãos como messiânicas (quando, esquecem eles, que os primeiros cristãos eram todos judeus).

Não estou dizendo aqui que são desonestos, pois, embora nem sempre se possa confiar no ser humano, há a possibilidade de eles terem aprendido assim, de alguém que também aprendeu assim. E há também a possibilidade de estarem certos, mesmo que as informações que passam sejam incompletas e até mesmo, como veremos, totalmente erradas (apesar de que, como disse, considerar Jesus o Messias).

Como disse em outras traduções minhas, ainda não sei inglês o suficiente para fazer uma boa tradução. Por isso peço que relevem certos erros, pois, apesar desse fato temporário, considero estas traduções suficientes para um bom entendimento e para que o leitor possa, a partir delas, passar a pesquisar por si mesmo.

Por ora esta série se limitará a alguns comentários de judeus mais antigos sobre o "Servo Sofredor". Posteriormente, quando tiver mais tempo, escreverei mais sobre minhas pesquisas sobre o assunto, e o porquê de minhas conclusões sobre as profecias.

Espero que tanto judeus quanto cristãos, ateus, agnósticos e pessoas de outros credos que também se interessam pelo assunto possam aproveitar essas informações. Espero também que os que defendem que os judeus não acreditam nesse texto como profecia, e divulgam que isso nunca fez parte dos judaísmos, possam ou tentar responder de forma coerente, ou admitir que estão passando informações que não correspondem com a realidade.

Sobre os possíveis comentários, já aviso que palavras depreciativas tanto aos judeus quanto aos cristãos não serão aceitas. Por este motivo, tanto não aceitarei chingamentos aos judeus (lembrem-se, cristãos: nossa religião começou com três judeus: José, Maria e Jesus, nosso Senhor), quanto palavras como "jizuis", "gzuis", pois também são desrespeito e demonstram que o autor de postagens assim são levados mais pela emoção do que pela razão.

Os textos dessa sério serão traduzidos da seguinte página: http://socrates58.blogspot.com/2007/03/ancient-and-medieval-jewish-bible.html

Nela vocês podem conferir melhor as referências.

* * *

Para não me estender mais, eis a primeira parte:

Retirado de Christology of the Old Testament and a Commentary on the Messianic Predictions, Ernst Wilhelm Hengstenberg (1802-1869; an orthodox Lutheran and eminent theologian)

Não pode haver qualquer dúvida de que a interpretação messiânica foi muito recebida pelos judeus, de forma geral, em épocas anteriores. Isto é até mesmo admitido por interpretes posteriores que perverteram a profecia, por exemplo, Ibn-Ezra, Jarchi [Rachi] Abravanel, e Nahmanides.

Toda a tradução Caldeia Paraphast, Jonathan, refere-se a profecia sobre o Messias. Ele parafraseia a primeira cláusula: “ei que meu Servo Messias prosperará”. O Midrash Tanchuma afirma: “Este é o Rei Messias, que é exaltado no alto, e muito exaltado, mas exaltado que Abraão, elevado acima de Moisés e maior que os anjos”.

Existe uma passagem marcante na Peskita, livro muito antigo, citado no tratado Abkath Rokhel, e reimpresso em Hulsii Theologia Judaica, onde há essa passagem:

“Quando Deus criou o mundo, Ele estendeu a mão sob o trono de sua glória, trouxe à luz a alma do Messias e disse-lhe: ‘Você vai curar e resgatar meus filhos depois de 6000 anos? Ele respondeu-lhe: ‘Vou’. Então Deus disse a ele: ‘Então você vai, também, suportar o castigo, a fim de apagar seus pecados, como está escrito: ‘Mas ele levou as nossas doenças’ (53:4) Ele respondeu-lhe: ‘Vou suportá-las com alegria’” (Cf. Zohar, 2:212 a)

O Rabino Moses Haddarshan afirma: “Imediatamente o Messias, por amor, tomou sobre si todas aquelas pragas e sofrimentos, como está escrito em Isaías 53. Ele foi abusado e oprimido”. No Rabboth, um comentário, Isaias 53:5 é citado, e se refere aos sofrimentos do Messias. No Midrash Tillim, um comentário alegórico sobre os Salmos impresso em Veneza em 1546, diz sobre Salmos 2, 7: “As coisas do Rei Messias são anunciadas nos profetas, e.g.,a passagem de Is 52,13 e 42, 1, na Hagiografia, e.g., Ps 60 e Daniel 7,13”

Rabino Alshech, em Hulsii Theologia Judaica, p. 321 e SS, comenta:

Sobre o testemunho da tradição, nossos rabinos antigos, por unanimidade, admitem que o rei Messias é o sujeito do discurso. Nós, em harmonia com eles, concluímos que o rei Davi, isto é, o Messias, deve ser considerado como sujeito desta profecia – uma opinião que é bastante óbvia.

Se fizermos uma comparação, poucos judeus (ou seja, aqueles que não vêem o Servo como Israel) acreditam que a passagem se referem a uma pessoa que não seja o Messias. Muitos dos judeus cabalistas também fazem uma interpretação messiânica da passagem.

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Aproveitando essa postagem, gostaria de divulgar essa publicação anterior: http://porquecreio.blogspot.com.br/2012/05/ajudem-um-futuro-cavaleiro.html

domingo, 13 de maio de 2012

Ajudem um futuro cavaleiro!

Boa noite! Resolvi participar de uma campanha em ajuda a um grande amigo. Inicialmente pensei em divulgar com as próprias palavras, mas a Juventude Conservadora da UnB fez isso de uma forma que provavelmente eu não saberia fazer. Resolvi, por esse motivo, colocar o texto como eles fizeram em sua página na internet:

Caros leitores do blog,

Raramente abordo no blog questões relacionadas à minha vida particular. Aqueles que me conhecem e convivem comigo, sabem quem sou e como me relaciono com as pessoas. No entanto, venho mais uma vez utilizar esse espaço para tocar em um assunto importante que diz respeito não tanto a mim, mas a um grande amigo.



O sujeito sorridente aí em cima chama-se Victor Fernandes. Goiano de nascença, estuda Medicina na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e é um grande estudioso tanto da Igreja Católica quanto do conservadorismo. Recentemente, ele foi convidado para fazer parte da Ordem Eqüestre do Santo Sepulcro de Jerusalém, uma importantíssima instituição católica internacional de leigos que foi fundada no século XI como ordem de cavalaria. A Ordem Eqüestre do Santo Sepulcro de Jerusalém tem por objetivos:

- Fortalecer entre seus membros a prática da vida cristã, em absoluta fidelidade ao Supremo Pontífice e aos ensinamentos da Igreja Católica Apostólica Romana.

- Zelar pela conservação e propagação da fé católica, com o envolvimento dos católicos do mundo inteiro, unidos na caridade e no símbolo da Ordem.

- Fortalecer e estimular a prática da caridade.

- Sustentar e ajudar as obras e as instituições culturais, caritativas e sociais da Igreja Católica na Terra Santa, particularmente as do Patriarcado Latino de Jerusalém, com a qual a Ordem mantém laços tradicionais.

- Sustentar os direitos da Igreja Católica Apostólica Romana na Terra Santa.


Todos os convidados a ingressar na Ordem do Santo Sepulcro, ao aceitarem o convite, devem contribuir com uma determinada soma para auxiliar as obras assistenciais e caritativas que a Ordem mantém. O valor desta soma é de US$ 1.800,00 (aproximadamente R$ 3.500,00). Para angariar esse valor, meu amigo Victor está iniciando uma campanha de arrecadação.

Assim sendo, venho aqui pedir aos leitores do blog que, se puderem, façam uma contribuição, ainda que pequena e simbólica, à campanha de meu amigo (clique aqui para saber mais). Tenham a certeza de que estarão ajudando um homem exemplar, conservador de boa cepa e católico piedoso, a realizar grandes obras para os homens em nome de Nosso Senhor.

http://www.vakinha.com.br/VaquinhaP.aspx?e=138867

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Origem do Alcorão (3) - O Argumento da preservação

Os artigos anteriores sobre o assunto podem ser vistos aqui: Primeira parte / Segunda parte.

A preservação do Alcorão prova sua alegada inspiração divina? Os muçulmanos dão a entender que o Alcorão existente hoje é idêntico aos manuscritos originais, o que colocaria o livro acima da Bíblia. Os críticos do Alcorão discordam disso. Primeiro, geralmente há um sério exagero com relação à preservação do Alcorão. Apesar de ser verdade que o Alcorão atual é quase uma cópia perfeita do seu original do século VII, não é verdade que seja exatamente igual ao que veio de Maomé.

O Alcorão foi originalmente ditado por Maomé e memorizado por seus seguidores devotos, a maioria dos quais foi morto logo após a morte de Maomé. Segundo a antiga tradição, os escribas de Maomé escreveram em pedaços de papel, pedras, folhas de palmeira, ossos e pedaços de couro. Os muçulmanos acreditam que durante a vida de Maomé o Alcorão já estava escrito. Mas, segundo o testemunho de Zayd, contemporâneo e seguidor de Maomé, Abu Bakr pediu-lhe para “procurar o Alcorão [diversos capítulos] e reuni-lo”. Ele respondeu: “Então, pesquisei o Alcorão: eu reuni a partir de folhas de palmeira, e pedras finas e brancas e peitos de homens...” (Pfander, p. 258-9). Na década de 650, durante o reinado de Otman ibn Affan, o terceiro califa muçulmano, relatou-se qie várias comunidades islâmicas estavam usando versões diferentes do Alcorão. Mais uma vez, Zayd foi chamado para preparar a versão revisada oficial. É essa versão que permaneceu uniforme e intacta, não a versão original vinda diretamente de Maomé.

No livro Materials for the history of the texto f the Qur’na [Materiais da história do texto do Alcorão], o arqueólogo europeu Arthur Jeffry revelou sua descoberta de uma das três cópias conhecidas de algumas obras islâmicas antigas chamadas Masahif. Esses livros relatavam o estado do texto do Alcorão antes da padronização, promovida por Otman. Isso revela, ao contrário da reivindicação dos muçulmanos, que existiram vários textos diferentes antes da revisão de Otman. Na realidade, como Dashti indica, alguns versículos do Alcorão foram mudados por sugestão dos escribas de Maomé, e outros por causa da influência de Omar I, segundo califa do Império Muçulmano, sobre Maomé.

Jeffry conclui que a recensão de Otman "foi o toque político necessário para estabelecer o texto padrão para todo o império". Já que havia grandes divergências entre as versões de Medina, Meca, Basra, Kufa e Damasco, "a solução de Otman foi canonizar o Códice de Mediria e ordenar que todos os outros fossem destruídos5'. Portanto, ele conclui: "resta pouca dúvida de que o texto canonizado por Otman foi apenas um dentre vários tipos de texto existentes na época" (Jeffry, p. 7-8).

Nem todos os muçulmanos atualmente aceitam a mesma vetsão do Alcorão. Os muçulmanos sunitas aceitam a tradição sahih de Masud como autoritária. Masud foi uma das poucas pessoas autorizadas por Maomé a ensinar o Alcorão. Mas o Códice de Ibn Masud do Alcorão tem um grande número de variações em relação à recensão de Otman. Só na segunda surata há quase 150 variações. Jeffry precisou de aproximadamente 94 páginas para demonstrar as variações entre os dois. Ele também destaca que as leituras variantes não são apenas questão de pequenas variações lingüísticas, como muitos muçulmanos afirmam. Jeffry conclui que o texto de Otman que foi canonizado era apenas um entre vários, e "há suspeita grave de que Otman possa ter editado seriamente o texto que canonizou" (Jeffry, ix-x).

A tradição islâmica revela certas coisas que não se encontram no Alcorão atual. Uma delas é que Ayishah, uma das esposas de Maomé, disse:
Entre o que foi enviado do Alcorão estavam dez (versículos) bem conhecidos sobre amamentação, que era proibida: depois foram anulados por cinco bem conhecidos. Então o enviado de Alá faleceu, e eles são o que se recita do Alcorão (Pfander,p.256).
Outro exemplo de algo que não é encontrado no Alcorão atual é o que Ornar disse:
Em verdade Alá enviou Maomé com a verdade, e fez descer para ele o Livro, e da mesma forma o Versículo do Apedrejamento era parte do que o Altíssimo enviou: o enviado de Alá apedrejava, e apedrejamos como ele, e no Livro de Deus o apedrejamento é o castigo do adúltero" (Pfander,p.256).
Essa revelação original foi aparentemente mudada, e uma centena de chibatadas substituiu o apedrejamento como castigo pelo adultério (24.2).

Os denominados "versículos satânicos" ilustram outra mudança no texto original. Segundo uma versão desses versículos, Maomé teve uma revelação em Meca, que permitia a intercessão de certos ídolos, que dizia:

Considerastes al-Hat e al-Uzza
E al-Manat, o terceiro, o outro?
Estes são os cisnes exaltados;
Sua intercessão é esperada;
Seus desejos não são negligenciados (Watt, p. 60).

Pouco tempo depois disso Maomé recebeu outra revelação cancelando os três últimos versículos e substituindo o que encontramos agora na surata 53 versículos 21-23 que omitem a parte sobre intercessão desses deuses. Segundo Watt, ambas as versões haviam sido recitadas em público. A explicação de Maomé foi que Satanás o enganou e inseriu os versículos falsos sem que ele soubesse!
W. St. Clair-Tisdall, que trabalhou por muito tempo entre os muçulmanos, indicou que mesmo no Alcorão atual existem algumas variações.

Dentre as diversas variações podemos mencionar: 1) Na surata 28.48, alguns apresentam Sahirani em vez de Sihrani; 2) na surata 32.6, depois de ummahatuhum um texto acrescenta as palavras wahua abun lahum; 3) na surata 34.18, em vez de rabbana ba’id, algumas versões trazem rabuna ba’ada; 4) na surata 38.22, em vez de tis’un outro texto coloca tis’atun; 5) na surata 19.35, em vez de tantaruna alguns contêmyamtaruna (Clair-Tisdall, p. 60).

Apesar de os muçulmanos xiitas serem minoria, são o segundo maior grupo islâmico do mundo, com mais de cem milhões de seguidores. Eles afirmam que o califa Otman eliminou intencionalmente muitos versículos do Alcorão que mencionavam Ali.

L. Bevan Jones resumiu bem a questão no livro The people ofthe mosque [O povo da mesquita], quando disse:
apesar de ser verdadeiro que nenhuma outra obra permaneceu durante doze séculos com um texto tão puro, provavelmente também é verdadeiro que nenhuma outra sofreu mudanças tão drásticas (Jones,p. 62).
Mesmo que o Alcorão fosse cópia perfeita do original dado por Maomé, isso não provaria que o original foi inspirado por Deus. Tudo o que demonstraria é que o Alcorão atual é uma cópia idêntica do que Maomé disse. Não diria ou provaria nada sobre a verdade do que ele disse. A afirmação muçulmana de que têm a religião verdadeira porque têm o único livro sagrado perfeitamente copiado é tão logicamente falha quanto preferir uma nota perfeitamente falsificada de mil dólares em lugar da genuína ainda que pouco imperfeita. A questão crucial em que os apologistas muçulmanos cometem uma petição de princípio, é se o original é a Palavra de Deus, não se eles possuem uma cópia perfeita dele.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Origem do Alcorão (2) - O argumento do analfabetismo

A primeira parte pode ser vista aqui.

Além do seu estilo, a fonte humana e o conteúdo do Alcorão são prova de sua origem divina. Eles insistem em que nenhum livro com essa mensagem poderia ter vindo de um profeta analfabeto como Maomé.

É questionavel que Maomé tenha sido realmente analfabeto. Como certa autoridade observou, as palavras árabes al unmi, que querem dizer o profeta "inculto" no Alcorão (7.157), "podem [significar] 'pagão' em vez de 'analfabeto'". Pfander prefere a tradução "o profeta gentio", concordando que o termo não implica analfabetismo (Pfander, p. 254).

A evidência sugere que Maomé não era analfabeto. Por exemplo, "quando o Tratado de Hudaibah foi assinado, Maomé pegou a pena de Ali, riscou as palavras nas quais Ali o designara 'o enviado de Deus' e substituiu-as com a própria mão pelas palavras 'filho de Abd'allah". E, "segundo a tradição, quando estava morrendo, Maomé pediu pena e tinta para escrever uma ordem designando seu sucessor, mas sua força acabou antes de o material ser trazido" (Pfander, p. 255)

W. Montgomery Watts informa que "muitos habitantes de meca sabiam ler e escrever, e portanto pressupõe-se que um comerciante eficiente como Maomé entendia um pouco das artes" (Watt, p. 40). Mesmo teólogos muçulmanos referem-se a Maomé como o "perfeito em intelecto" (Gudel, p. 72) Se Maomé não teve treinamento formal na juventude, não há razão para que uma pessoa tão inteligente não pudesse aprender sozinha mais tarde.

Em terceiro lugar, mesmo supondo que Maomé fosse analfabeto, isso não significaria que o Alcorão tenha sido ditado por Deus. Existem outras explicações possíveis. Ainda que não formalmente treinado, Maomé era uma pessoa inteligente, de grande habilidade. Seu escriba poderia ter compensado suas deficiências ao estilizar a obra. Tal prática era comum. Homero era cego; logo, provavelmente, não escreveu seus épicos sozinho. Alguns críticos argumentam que é possível que a primeira impressão de Maomé estivesse certa, que ele tivesse recebido a informação de um espírito maligno, que pode ter potencializado sua capacidade.

W. M. Watt, Muhammad: prophet and statesman.

C. G. PFANDER, The Mizanu’l Haqq (The balance of truth)

Por Norman Geisler, retirado da "Enciclopédia Apologética"

Comentários do Blog:

É interessante notar que as duas supostas evidências apresentadas para o Alcorão até o momento são elementos que podem ter outras explicações. Assim, são "evidências" que só convencem quem já está convencido.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Filosofia para a sala de aula - G. K. Chesterton.

O que o homem moderno precisa aprender é simplesmente que todo argumento tem em sua base uma suposição; isto é, algo de que não se duvida. É claro que você pode, se quiser, duvidar da suposição que está na base de seu argumento, mas nesse caso estará começando um argumento diferente com uma outra suposição em sua base. Todo argumento começa com um dogma infalível, e esse dogma infalível só pode ser discutido se recorrermos a algum outro dogma infalível; você jamais poderá provar seu primeiro enunciado, ou então ele não será o primeiro. Isto é o bê-á-bá do pensamento. Que tem um ponto especial e positivo: pode ser ensinado na escola, como o outro bê-á-bá. Não começar uma argumentação sem antes declarar seus postulados é algo que pode ser ensinado em filosofia como é ensinado em Euclides, numa sala de aula comum com um quadro-negro. E penso que deveria ser ensinado de maneira simples e racional mesmo para os jovens, antes de saírem para as ruas e serem entregues à lógica e à filosofia dos meios de comunicação.

Muito da nossa confusão sobre religião e das nossas dúvidas advém disto: nossos céticos modernos sempre começam afirmando aquilo em que não acreditam. Mas mesmo de um cético queremos saber primeiro em que ele acredita. Antes de discutir, precisamos saber o que é que não se discute. E essa confusão aumenta infinitamente pelo fato de que todos os céticos do nosso tempo são céticos em diferentes graus da dissolução que é o ceticismo.

Agora, você e eu temos, espero, esta vantagem sobre todos esses hábeis novos filósofos: não estamos malucos. Todos nós acreditamos na Catedral de São Paulo; muitos de nós acreditam em São Paulo. Deixem-nos afirmar claramente este fato, que acreditamos em um grande número de coisas que fazem parte de nossa existência, e que não podemos demonstrar. E por ora deixemos a religião fora de questão. Afirmo que todos os homens sãos acreditam firme e invariavelmente em um certo número de coisas não demonstradas nem demonstráveis. Permitam-me apontá-las resumidamente:
   
(1)  Todo homem são acredita que o mundo ao seu redor e as pessoas que nele estão são reais, e não uma ilusão sua, ou um sonho. Nenhum homem começa a incendiar Londres na crença de que seu criado logo o acordará para o café da manhã. Mas o fato de que eu, em qualquer momento dado, não estou em um sonho não está demonstrado nem é demonstrável. O fato de que existe alguma coisa exceto eu mesmo não está demonstrado nem é demonstrável.

(2)  Todos os homens sãos acreditam não somente que este mundo existe, mas que ele é importante. Todo homem acredita que há em nós uma espécie de obrigação de nos interessarmos por essa visão ou panorama da vida. O homem são consideraria errado o homem que dissesse: "Eu não escolhi esta farsa e ela me aborrece. Sei que uma velha senhora está sendo assassinada no andar de baixo, mas estou indo dormir." Que exista alguma obrigação de melhorar as coisas que não foram feitas por nós não está demonstrado nem é demonstrável.

(3)  Todos os homens sãos acreditam que há algo que chamamos eu, ou ego, que é contínuo. Não há um centímetro de matéria em meu cérebro que permaneça a mesma de dez anos atrás. Mas se eu salvei um homem em uma batalha há dez anos atrás, sinto-me orgulhoso; se fugi, sinto-me envergonhado. Que haja algo como esse "eu" que permanece não está demonstrado nem é demonstrável. E isto é mais do que não demonstrado ou demonstrável; é matéria de discussão entre muitos metafísicos.

(4)  Por fim, a maioria dos homens sãos acredita, e todos os homens sãos na prática assumem-no, que eles têm poder de escolha sobre suas ações, e que são responsáveis por elas.

Seguramente é possível estabelecer alguns enunciados simples, modestos como os acima, para fazer com que as pessoas saibam em que apoiar-se. E se o jovem do futuro não deverá (no momento) ser instruído em nenhuma religião, poderá ser ao menos ensinado, clara e firmemente, sobre três ou quatro sanidades e certezas do pensamento humano livre.

É bem assim mesmo kkkk


quarta-feira, 2 de maio de 2012

A realidade do Paganismo

Pe. André Dupeyrat  MSC

O relato que vocês lerão é horrível; mas o demônio é ainda mais horrível. Ele, que sempre odiou as crianças, não somente se esforça em matá-las – antes ou depois do nascimento – mas também busca legalizar e institucionalizar o assassínio delas, como querendo marcar com a sua assinatura as sociedades de que tomou conta.

Foi, por exemplo, o caso de Cartago, imolando suas crianças a Moloch-Baal (1). Assim também foi Canaã (cujos vícios contaminavam, às vezes, Israel [2]). E é o caso do aborto contemporâneo. É sempre o paganismo – antigo ou moderno –  sempre favorável à eliminação das crianças indesejáveis (3).

Em nossa época de “diálogo inter-religioso”, convêm recordar esta verdade a tempo e a contratempo: não somente as diversas religiões não são equivalentes no plano sobrenatural (uma leva ao céu, e as outras ao inferno), mas também elas produzem, já neste mundo, frutos bem diferentes. Uma – a do recém-nascido de Belém – defende a infância. As outras são marcadas, como Herodes, pelo sinal do Maligno, “homicida desde o começo” (Jo. 8, 34).

Reproduzimos aqui o estudo que o  pe. André Dupeyrat, missionário do Sagrado Coração, publicou em 1962, intitulado “Moloch Papua”, na sua obra 21 anos entre os Papuas (4).Ali encontraremos o pecado original e suas terríveis consequências; encontraremos também, a natureza humana, que permanece, apesar de tudo; e, finalmente, a necessidade que nós todos temos da graça sobrenatural e do doce e benfazejo reino de Cristo Rei, reino de justiça, de doçura e de paz. (Comentários da Revista Sel de la Terre, com pequenas adaptações).

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Quando uma mulher papua está para dar à luz seu primeiro filho, logo que aparecem os sintomas, ela chama três ou quatro outras mulheres que já passaram pelas dificuldades do parto e que, além disso, possuem também uma porca com seus leitões.

Elas descem em grupo para o ribeirão mais próximo, em companhia da porca e dos leitões. Foi o cortejo que eu vi e que me pareceu tão divertido.

Chegada ao ribeirão junto com as suas companhias, a jovem mulher se deita na margem deste, sobre um banco de areia ou, se não há isto, sobre um rochedo plano, e então as outras mulheres põem-se a insultá-la e a bater nela rudemente. O velho [que me contou] me assegurou mesmo de que elas chegavam a pisoteá-la, e isto me confirmado em seguida. A razão deste comportamento imprevisto é a  de ajudar a jovem a fazer as contrações desejadas, encorajando-a assim nos seus trabalhos. Estranho encorajamento, que o velho imitava para mim com arte: “força, imbecil, força” E seguiam-se golpes sobre a cabeça e o ventre da mulher. “Ah! Você quis ter uma criança, pois bem, agora pague o preço do teu desejo, podridão!…”  E mais socos e pontapés.

Por fim, e apesar das ações dessas estranhas parteiras, o bebê entra neste triste mundo. A partir deste momento, a jovem mãe é deixada inteiramente sozinha, justamente quando ela precisaria de maior assistência. Isto porque ela é considerada impura. Não se pode nem tocá-la. E assim as mulheres se retiram com suas  porcas barulhentas.

Com uma coragem e resistência à dor que só se encontra ainda entre os primitivos, a jovem mãe corta por si própria o cordão umbilical com uma pedra afiada. Cava com suas mãos um buraco no solo amolecido da margem do ribeirão, se possível entre duas grandes pedras, enterrando aí a placenta e o resto; lava-se com cuidado e asperge com água o rochedo, as pedras e a areia que podem ter sido contaminadas, pois nada deve subsistir do sublime drama do nascimento de um ser humano. Os espíritos dos mortos ou os da floresta poderiam acabar se apoderando de alguns grãos de areia ensanguentados para realizar malefícios contra a mãe ou seus futuros filhos.

Feito isto, a jovem mãe toma o seu recém-nascido que ela tinha deixado a vagir sobre a margem. Ela olha para este pequeno ser que vem dela, o primeiro. Seu coração de mãe, como todos os corações maternais, se derrete de ternura. Não é uma hipótese, sabemos disto através de outras confidências. Mas os inexoráveis ancestrais a obrigam a cumprir um dos atos mais revoltantes que se possa conceber.

Ela toma o seu filho por um dos pés, agitando-o um instante de cabeça para baixo, e o atira vigorosamente contra um rochedo. O pequeno e frágil crâneo se quebra e deixa sair, com o cérebro que não pensará jamais, grande quantidade de sangue fresco que corre sobre a pedra.

Neste momento, as porcas, que eram contidas pelas mulheres à distância, se precipitam. Atraídas já pelos odores do parto, enlouquecem com o odor de sangue fresco que acaba de sair do pequeno corpo. Com grande estrépito, atacam juntas a pequena vítima que jaz  como um boneco deslocado.

Então, todas as mulheres, inclusive a jovem mãe, acompanham atentamente a corrida das porcas com uma excitação e um nervosismo maiores que o de um agenciador  de apostas numa corrida.

Trata-se exatamente de ver qual será a primeira porca que atingirá primeiro o pobre pequeno cadáver para devorá-lo. Esta porca mostrará assim, pela sua façanha, que ela é a mais forte e esperta de todas; seus porquinhos, portanto, serão melhores que o das outras porcas.

Enquanto a horrível vencedora desta terrível corrida dilacera com os dentes o corpo do recém-nascido, brigando com as outras porcas que buscam arrancar-lhe alguns pedaços, as mulheres escolhem um dos porquinhos, que será macho se a vítima for um menino, e fêmea, no caso de uma menina.

O porquinho selecionado é lavado pelas parteiras, como se lavassem um recém-nascido, é enxugado com folhas, depois é entregue à mãe. Imediatamente esta se põe a amamentar o porquinho.

Daí em diante, este animalzinho será seu filho. Ela o alimentará como a uma criança, primeiro amamentando-o; mais tarde, ela mastigará legumes e, boca a boca, fará passar o alimento ao porquinho.

A mulher não matará mais as crianças que nascerão depois. Pelo contrário, ela cuidará deles com muito carinho. Mas a prova de que ela é uma boa mãe será tirada do modo como ela cria o seu porco. Se ela conseguir criar um porco grande e gordo, será considerada como uma doméstica fora do comum e como mulher de alto preço. Seu marido terá orgulho disto, e ela será a glória de sua  aldeia, porque virá o momento em que o animal deverá ser massacrado por ocasião de uma grande dança, e os convidados julgarão o sucesso da festa pelo tamanho dos porcos sacrificados. Aliás, foi para esta finalidade que o porquinho foi escolhido, alimentado, criado.

Sua “mãe” sentirá por causa disto a mais profunda amargura. Ela poderá até chegar ao ponto de cortar um de seus dedos, como fazem as mulheres para manifestar sua dor por ocasião da perda de um ente querido.

Todavia, nem sequer uma parcela da carne dos porcos massacrados será comida por um membro da tribo, pois os porcos eram “filhos” dela. Tudo é distribuído aos estrangeiros convidados que, por sua vez, quando fizerem uma dança na sua tribo, oferecerão também  seus próprios porcos. E será preciso que eles sejam semelhantes aos porcos que eles receberam, o contrário seria uma grave ofensa que pode se tornar uma causa de guerra.

Pode-se perguntar qual é a razão que leva jovens mães a sacrificar assim seus primogênitos, um gesto horrível que nos faz lembrar certos costumes mencionados na Bíblia e, sobretudo, os sacrifícios oferecidos  pelos notáveis cartagineses ao terrível deus Moloch.

Interroguei numerosos indígenas. A resposta era sempre a mesma:

_ Nossos antepassados fizeram assim; fazemos como eles…

Às vezes, acrescentavam:

_ Se não fizéssemos assim, as piores calamidades cairiam sobre nós, pois os espíritos dos antepassados  ficariam irritados…

Notas

(I) Segundo o testemunho de Diodoro da Sicília, “havia entre os cartagineses uma estátua de bronze de Baal que estendia as mãos abertas e um pouco inclinadas para baixo, de maneira que a criança que era aí posta rolava e caia num buraco de fogo” (XX, 14, 6). Em 310 A.C., os cartagineses atribuíram sua derrota para os romanos ao fato de que eles tinham se habituado a imolar a Baal crianças compradas, e não suas próprias. Para se redimirem disto, imolaram então 300 meninos das melhores famílias da cidade. Encontrou-se em Cartago, mas também na Sicília e na Sardenha (sobretudo em Soucis – a atual San’Antioco, na província de Cagliari) a sepultura de milhares de meninos assim sacrificados.

 (2) – “e edificaram altares a Baal, para queimarem seus filhos no fogo em holocausto a Baal, o que eu não mandei jamais, nem disse, nem me veio ao pensamento” (Jer. 19, 5)- Foi para evitar esta contaminação que Deus recomendou aos israelitas o extermínio completo dos povos pagãos instalados na terra prometida.

 (3) – Entre os povos mais civilizados dos pagãos da Antiguidade, os gregos e os romanos, a prática do abandono (chamado “exposição”) dos meninos foi considerado como um direito do pai de família *(v. o estudo sobre “L’eugénisme pré-chrétien” em Le Sel de la Terre, nº 31). O aborto, considerado inicialmente como imoral (foi ainda condenado por Ovídio no seu Arte de Amar, que está longe de ser um tratado de virtudes), se generalizou sob os imperadores. Em toda parte se constata a mesma coisa: a China pratica desde tempos imemoriais a eliminação das meninas (já Marco Polo falava disto no século XIII); o infanticídio é constatado desde o Níger até a Groelândia. Quanto ao paganismo moderno, ver o estudo sobre “L’eugénisme post-chrétien”, em Le Sel de la Terre 33.

 (4) André Dupeyrat, 21 ans chez les Papous, Paris, La Colombe, 1962, pág. 222-226.

Retirado do blog da FBMV

terça-feira, 1 de maio de 2012

Origem do Alcorão (1) - Estilo literário singular


Por Norman Geisler


A revindicação islâmica a favor do Alcorão é incomparávem em relação a qualquer outra das principais religiões. Será que o Alcorão é um milagre? Maomé afirmou que sim – na verdade foi o único milagre que ofereceu como prova de suas afirmações de ser profeta (surata 17.88). A evidência que os muçulmanos oferecem para tal afirmação inclui os seguintes pontos:

- Argumento do estilo literário singular.

A eloquência é altamente questionável como teste da inspiração divina; mas a pedra fundamental da posição islâmica é que o Alcorão possui qualidade e estilo literários que só poderiam ter vindo diretamente de Deus. Na melhor das hipóteses a qualificação literária do Alcorão prova que Maomé era uma pessoa dotada artisticamente. Mas dons artísticos e intelectuais surpreendentes não são necessariamente sobrenaturais. Mozart escreveu sua primeira sinfonia aos seis anos de idade e produziu toda a sua obra musical antes dos 35 anos, quando morreu. Maomé só começou a ditar as revelações quando contava com 40 anos. Mas que muçulmano diria que as obras de Mozart são miraculosas? Se eloqüência fosse o teste, muitos clássicos literários poderiam ser considerados divinos, desde a Ilíada e a Odisséia de Homero até Shakespeare.

Além disso, até alguns dos primeiros estudiosos muçulmanos admitiram que o Alcorão não era perfeito quanto à forma literária. O teólogo xiita iraniano Ali Dashti observa que:
Entre os teólogos muçulmanos do período antigo, antes do fanatismo e da hipérbole prevalecerem, houve alguns como Ebrahim On-Nassam que reconheceram abertamente que a ordem e a sintaxe do Alcorão não eram miraculosas e que obras de valor igual ou maior poderiam ser produzidas por pessoas tementes a Deus.
Apesar de alguns condenarem essa visão (baseada na interpretação da surata 17.90), On-Nassam teve muitos defensores, entre eles vários expoentes da escola mutazilita (Dashti, p. 48).

O Alcorão não é único, mesmo entre obras em árabe. O estudioso islâmico C. G. Pfander indica que “nem todos os estudiosos árabes concordam que o estilo literário do Alcorão seja superior a todos os outros livros da língua árabe”. Por exemplo, “alguns duvidam que em eloqüência e poesia ele supere o Um’allqat, ou o Magamat ou o Hariri, apesar de poucas pessoas em temas islâmicos serem corajosas o suficiente para expressar tal opinião” (Pfander, p. 264) Dashti afirma, no entanto, que o Alcorão contém várias irregularidades gramaticais. Ele observa que:
O Alcorão contém frases que são incompletas e não são totalmente inteligíveis sem o uso de comentários; palavras estrangeiras, palavras árabes desconhecidas e palavras usadas com sentido anormal; adjetivos e verbos flexionados sem consideração de concordância de gênero e número; pronomes aplicados ilógica e incorretamente, que às vezes não têm referente; e predicados que, em passagens rimadas, às vezes estão muito afastados dos sujeitos.
E acrescenta: “essas e outras aberrações na língua deram liberdade aos críticos que negam a eloqüência do Alcorão” (Dashti, p. 48-9). Ele fornece vários exemplos (74.1; 4.160; 20.66; 2.172 etc.), um dos quais é: “No versículo 9 da surata 49 (Al hujjurat), ‘E quando dois grupos de crentes compaterem entre si, reconciliai-os, então!”. O verbo para “combaterem” está no plural, mas deveria estar no dual como o sujeito, “dois grupos”. Anis A. Shorrosh descreve outras falhas no Alcorão. Por exemplo, na surata 2, versículo 177, ele indica que a palavra árabe deveria ser sabirun, e não sabirin como é encontrada por sua posição na frase. Da mesma forma sabiin na surata 5, versículo 69 é mais acertada que sabiun. Além disso, Shorrosh indica que há “um erro grosseiro no árabe” da surata 3, versículo 59. (Shorrosh, p. 199-200). Dashti conta mais de 100 aberrações das regras e estruturas normais do árabe (Dashti, p. 50). Com tais problemas, o Alcorão pode ser eloqüente, mas não é perfeito nem incomparável.

Como Pfander observou:
Mesmo que provassem sem sombra de dúvida que o Alcorão é muito superior a todos os outros livros em eloqüência, elegância e poesia, isso não provaria sua inspiração, assim como a força de um homem não demonstra sua sabedoria ou como a beleza de uma mulher não demonstra sua virtude (Pfander, p. 267)
Não há conexão lógica entre eloquência literária e autoridade divina. O Deus soberano (que os muçulmanos aceitam) poderia decidir falar na linguagem cotidiana, se quisesse. Na melhor das hipóteses é possível tentar argumentar que, se Deus falou, ele deve ter falado da forma mais eloquente. De qualquer maneira, seria uma falácia argumentar que o simples fato de o Alcorão ser eloquente implica que Deus teria sido seu autor. Os seres humanos podem falar eloquentemente, e Deus pode falar numa linguagem comum.

Outras religiões usaram o belo estilo literário de suas obras como sinal da origem divina. Os muçulmanos aceitaram a inspiração dessas obras? Por exemplo, o fundador persa do maniqueísmo, Mani, “supostamente afirmou que os homens devem crer nele como o Parácleto [‘Auxiliador’ que Jesus prometeu em João 14] porque produziu um livro chamado Artand, cheio de belas figuras”. Além disso, “ele disse que o livro lhe foi dado por Deus, que nenhum homem vivo poderia desenhar as figuras com tanta beleza e que, portanto, evidentemente viera do próprio Deus” (Pfander, p. 264). Mas nenhum muçulmano aceitaria essa afirmação. Então por que os não muçulmanos devem aceitar a beleza literária como teste válido para a autoridade divina do Alcorão?

DASHTI , Twenty-three years: a study of the prophetic career of Mohammad.
C. G. PFANDER, The Mizanu’l Haqq (The balance of truth)

Por Norman Geisler, retirado da "Enciclopédia Apologética"

Comentários do Blog:

Apesar de eu não concordar muito com as afirmações do Norman Geisler, principalmente algumas sobre a Bíblia e suas doutrinas, nem tudo que ele escreve é ruim. Está aí a primeira parte do que ele trata do assunto, onde menciona a conclusão de dois pesquisadores.

O que acho engraçado nos defensores do Islã é que (1) o que eles afirmam da transmissão oral para a composição do Alcorão se aplica ao Novo Testamento, mesmo assim criticam sua composição (por puro desconhecimento das pesquisas sobre o assunto, já que geralmente só leem, de forma equivocada ainda por cima, alguns livros como o de Bart Ehrman) e (2) esse argumento é simplesmente sem sentido. Algo eloquente só significa que é eloquente, nada mais que isso. Isso na verdade se parece mais com um apelo a autoridade, só que uma pessoa pode escrever mentiras de forma eloquente enquanto outra pode escrever verdades de forma comum.

Em breve pretendo escrever alguns outros artigos refutando algumas alegações islâmicas, inclusive algumas interpretações mirabolantes que vi na internet em alguns blogs de muçulmanos.

As cosias não são bem assim como querem apresentar...