sexta-feira, 27 de julho de 2012

A origem do Alcorão

Fiz uma lista dos artigos escritos por Norman Geisler que respondem algumas alegações dos muçulmanos sobre a origem do Alcorão e que postei aqui. Tenham bom proveito:

"Examinai tudo: abraçai o que é bom." (1 Tessalonicenses 5, 21)


Vale ressaltar que os textos acima são introdutórios. Há muito mais o que dizer sobre o assunto.

Outros artigos sobre o Islã podem ser vistos aqui:

- Jesus um profeta do Islã? (Parte 1 / Parte 2)
- Vídeo de massacre realizado por muçulmanos fanáticos. (ou seja, nem todos muçulmanos são fanáticos. Apesar disso, é bom ficar de olho. Veja o artigo "As duas faces do Islam")

sexta-feira, 20 de julho de 2012

A origem do Alcorão - Conclusão

Para quem ainda não leu, veja o importante texto sobre as duas faces do Islã clicando aqui.

Os artigos anteriores sobre o assunto podem ser vistos aqui: Primeira parte / Segunda parte / Terceira parte / Quarta parte / Quinta parte / Sexta Parte / Sétima Parte



Além de não existir evidência da origem divina do Alcorão, há fortes indicações de que sua origem não é divina.

Falibilidade. Deus não pode cometer erros ou mudar de idéia. Porém, como visto, o Alcorão reflete tal falibilidade em várias ocasiões. (Comentário do Blog: Isso principalmente dentro do próprio conceito do Islã sobre a inspiração, em que as palavras seriam ditadas)

Fontes puramente humanas. Conforme descobertas de estudiosos reconhecidos pelo islamismo, o conteúdo do Alcorão pode ser rastreado em sua origem até obras judaicas ou cristãs (geralmente dos apócrifos judaicos ou cristãos) ou fontes pagas. Arthur Jeffry, no livro técnico e erudito The foreign vocabulary of the Qu’ran [O vocabulário estrangeiro do Alcorão], demonstra com habilidade que "não só grande parte do vocabulário religioso, mas também a maior parte do vocabulário cultural do Alcorão não são de origem árabe" (Jeffry, p. 2). Algumas das fontes de vocabulário são as línguas etíope, persa, grega, siríaca, hebraica e copta (ibid., 2-32).

St. Clair-Tisdall, em The sources of lslam [As fontes do Islã], também revela que certas histórias alcorânicas sobre o AT dependem do Talmude. A influência do Talmude pode ser vista nas histórias alcorânicas de Caim e Abel, Abraão e os ídolos, e a Rainha de Sabá. A influência direta dos apócrifos cristãos pode ser vista na história dos sete adormecidos e nos milagres da infância de Jesus, e doutrinas zoroastristas aparecem em descrições das huris (virgens) no paraíso e no sirat (a ponte entre o inferno e o paraíso; Tisdall, p. 49-59, 74-91). Práticas como a de visitar a Caaba, os vários detalhes da peregrinação à Meca, incluindo visitas aos montes Safa e Marwa, e o lançamento de pedras contra uma coluna que simboliza Satanás, eram práticas pré-islâmicas da Arábia paga (Dashti, p. 55,93-4,164).

O brilhantismo de Maomé. Como mencionado acima, Maomé pode não ter sido analfabeto, e mesmo que não tivesse treinamento formal, foi uma pessoa inteligente e talentosa. Não há razão que impeça que uma mente criativa seja a fonte dos ensinamentos do Alcorão que não têm antecedentes humanos conhecidos.

O biógrafo de Maomé, Haykal, identifica uma possível fonte das "revelações" de Maomé na sua descrição da imaginação fértil dos árabes: "Vivendo como ele sob o vazio do céu e movendo-se constantemente à procura de pasto ou comércio, e sendo constantemente forçado a excessos, exageros, e até mentiras que a vida do comércio geralmente implica, o árabe é dado ao exercício da sua imaginação e a cultiva sempre para o bem ou para o mal, para paz ou para guerra" (ibid., p. 319).

Possíveis fontes satânicas do Alcorão. Também é possível que Maomé tenha recebido suas revelações de um espírito maligno. Ele mesmo a princípio acreditava que suas "revelações" vinham de um demônio, mas foi encorajado por sua esposa Khadija e pela prima dela, Waraqah, a acreditar que a revelação vinha de Deus. Isso é contado em mais detalhes no artigo MAOMÉ, SUPOSTO CHAMADO DIVINO DE (na Enciclopédia Apologética). Seja pelo próprio brilhantismo, por outras fontes humanas ou por espíritos malignos finitos, não há nada no Alcorão que não possa ser explicado sem a revelação divina.

Conclusão.

Apesar das evidências acima contra qualquer origem divina do Alcorão, é interessante que autores muçulmanos tenham se negado a abordar a questão das origens humanas do Alcorão, mas simplesmente repitam afirmações dogmáticas sobre sua fonte divina. Na verdade, raramente encontra-se reconhecimento de problemas, muito menos uma apologia, entre os estudiosos muçulmanos.

Fontes


A. A. ABDUL-HAQQ, Sharingyourfaith with a muslim.
H. AHMAD, Introduction to the study ofthe holy Quran.
M. M. A. AJÍJOLA, Muhammad and Christ.
AL-RUMMANI, em A. Rippin e J. Knappert, orgs.,
Textual sources for the study oflslam.
M. Ali, The religion of lslam.
Y. ALI, The Holy Quran: translation and commentary.
M. BUCAÍLLE, A Bíblia, o Alcorão e a ciência.
W. SLCLAIR-TISDALL, A manual ofthe leading Muhammedan objections to christianity.
K. CRAGG, Contemporary trends in íslam, em J. D. Woodberry, org.s Muslims and Christians on the Emmaus road.
A. DASHTI, Twenty-three years: a study of the prophetic career ofMohammad.
M. FOREMAN, An evaluation of islamic miracle claims in the life of Muhamma, tese não publicada(1991).
M, B. FOSTER, The Christian doctrine of creation and the rise of modern science, Mind (1934).
N. L. GEISLER e A. SALEEB, Answering Islam: the Crescent in the light ofthe cross.
E. GIBBON, The history ofthe decline and fali of the Roman empire.
J. P. GUDEL, TO every muslim an answer: Islamic apologetics compared and contrasted with christian apologetics. H. HANEEF, What everyone should know about Islam and muslims
M, H. HAYKAL, The life of Muhammad.
A. JEFFRY, ed., Islam: Muhammad and his religion.
L. B. JONES, Thepeople ofthe mosque.
J. W. MONTGOMERY, Faithfounded onfact.
___ Mudjiza, em The encyclopedia of Islam.
G. NEHLS, Christians ask muslims.
J. B. Noss, Marís religions.
W. PALEY\Evidences ofchrístianity.
C. G. PFANDER, The Mizanu’l Haqq (The balance of truth).
A. A. SHORROSH, Islam revealed: a christian Arabs view of Islam.
H. SPENCER, Islam and the Gospel of God.
C. WADDY, The muslim mind.
W. M. WATT, Muhammad: prophet and statesman.
A. N. WHITEHEAD, Science in the modern world.


Comentários do Blog:


Os muçulmanos possuem um conceito de inspiração bem diferente do que os cristãos ao longo do século possuíam. No entanto tentam argumentar contra a Bíblia usando o mesmo conceito que eles dão ao Alcorão, o que é errado. Se querem criticar a inspiração da Bíblia, critiquem o que os cristãos primitivos acreditavam dela, não o conceito islâmico de inspiração para o Alcorão ou um fantoche criado por vocês.


Esse artigo não leva em consideração o que os cristãos acreditam da Bíblia, apenas mostra que as evidências são contrárias ao que os muçulmanos pretendem afirmar do Alcorão, e, principalmente, as "evidências" que apresentam não são evidências de fato.


Em breve pretendo publicar alguns outros artigos em resposta a certas alegações islâmicas.


No mais, é bom lembrar que esses textos são apenas introdutórios. Há muito o que se comentar sobre o assunto.

sábado, 14 de julho de 2012

A origem do Corão (7) - Argumento da difusão rápida do islamismo.


Os artigos anteriores sobre o assunto podem ser vistos aqui: Primeira parte / Segunda parte / Terceira parte / Quarta parte / Quinta parte / Sexta Parte.


Argumento da difusão rápida do islamismo. Alguns estudiosos islâmicos indicam a rápida difusão do islamismo como prova de sua origem divina. De acordo com um apologista muçulmano: "a difusão rápida do islamismo mostra que o Altíssimo o enviou como revelação final para o homem" (Pfander, p. 226). O islamismo ensina que está destinado a ser a religião universal. Há vários problemas sérios com esse raciocínio.

Primeiro, pode-se questionar o tamanho e o crescimento rápido como testes definitivos da verdade. A maioria nem sempre está certa. Na verdade, a história tem demonstrado que geralmente a maioria está errada.

De acordo com o próprio teste o islamismo não é a religião verdadeira, já que o cristianismo tem sido e ainda é a maior religião do mundo em número de adeptos — fato embaraçoso para os muçulmanos. Além disso, mesmo que o crescimento rápido fosse usado como teste da verdade de um sistema, o cristianismo, não o islamismo, provaria ser a religião verdadeira. Pois ele cresceu mais rápido no princípio, com sua mensagem simples e sob forte perseguição romana, que o islamismo pela força militar. Na verdade, não só conquistou a partir de suas raízes judaicas milhares de convertidos em poucos dias e semanas (At 2.41; 4.4; 5.14), mas alcançou o Império Romano pela força espiritual nos seus primeiros séculos.

Certamente, as cruzadas cristãs (séc. XII a XIV) também usaram a espada, proibida por Jesus para espalhar sua mensagem (Mt 26.52). Mas isso foi bem depois de o cristianismo ter conquistado o mundo sem ela. Em comparação, o islamismo não cresceu pela mera força da sua mensagem, mas apenas depois, quando usou a espada. Na realidade, o cristianismo primitivo cresceu mais quando o governo romano estava usando a espada contra os cristãos durante os três primeiros séculos.

Há razões perfeitamente naturais para a difusão rápida do islamismo, diz Shorrosh. O islamismo glorificava o povo, os costumes e a língua árabes. Incentivava a conquista e o saque de outras terras. Utilizava a habilidade de lutar no deserto. Oferecia uma recompensa celestial pela morte e absorvia muitas práticas pré-islâmicas na cultura árabe. Mesmo se indicarem razões mais positivas, como melhorias morais, políticas e culturais, parece não haver razão para supor qualquer coisa além de causas naturais para a difusão do islamismo. Finalmente, houve incentivos naturais para muitos convertidos. Os soldados receberam a promessa do paraíso prometido como recompensa por morrer na difusão do islamismo. E o povo que não se submetesse era ameaçado de morte, escravidão, ou com impostos. Não há necessidade de apelar ao sobrenatural para explicar o crescimento do islamismo sob essas condições.

O estudioso Wilfred Cantwell Smith especifica o dilema islâmico. Os muçulmanos acreditam que o islã é a vontade de Deus e é destinado a dominar o mundo, então seu fracasso deve ser indicação de que a vontade soberana de Deus está sendo frustrada. Mas os muçulmanos negam que a vontade de Deus possa ser frustrada. Portanto, logicamente eles devem concluir que tal domínio não é a vontade de Deus. O biógrafo de Maomé, M. H. Haykal, erra quando responde que os seres humanos são livres, e qualquer derrota ou retrocesso devem ser atribuídos a eles (Haykal,p. 605). Se Deus realmente quisesse a supremacia do islamismo, sua vontade divina teria sido frustrada, por meio da liberdade humana ou sem ela. Pois o islamismo não é e jamais foi, desde a época da sua criação, a religião mundial dominante numérica, espiritual ou culturalmente. Mesmo que o islamismo tivesse um surto repentino de sucesso e ultrapassasse todas as outras religiões, isso não provaria que é de Deus. Logicamente, todo esse sucesso demonstra que foi bem-sucedido, não necessariamente que é verdadeiro. Pois mesmo depois que algo é bem-sucedido, ainda podemos perguntar: É verdadeiro ou falso?

Argumento que Deus fala na primeira pessoa. Os muçulmanos apelam para o fato de que Alá fala na primeira pessoa como evidência de que o Alcorão é a Palavra de Deus. Na Bíblia, Deus geralmente é mencionado na segunda ou terceira pessoa, do ponto de vista humano. No entanto, nem todo o Alcorão fala de Alá na primeira pessoa, de forma que por essa lógica apenas as partes na primeira pessoa seriam inspiradas. Nenhum muçulmano diria isso voluntariamente. Além disso, em grande parte da Bíblia Deus fala na primeira pessoa, mas os muçulmanos não admitem que essas passagens sejam palavras de Deus, principalmente quando Deus abençoa Israel, dando a eles a terra da Palestina como herança.

A verdade é que tanto o Alcorão quanto a Bíblia têm passagens que falam de Deus na primeira e na terceira pessoas. Assim, os muçulmanos não podem usar isso como prova singular da origem divina do Alcorão.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Como refutar o protestantismo, com 10 simples passos, usando os métodos de alguns protestantes.

Esse texto é uma brincadeira feita como crítica a alguns protestantes desonestos que sempre encontro. É bom deixar claro que nem todos protestantes são desonestos, mas que esse texto é uma forma de mostrar a incoerência de alguns deles, principalmente os mais intolerantes. ("Católicos" de plantão... aguardem a sua vez rsrsrs)

Eu sei que vai ter gente que vai me amaldiçoar até altas horas, mas tudo bem rsrsrs....

1 – Modifique o significado dos símbolos religiosos que são comumente usados.

Não tenha dó nem piedade. Você está certo, e você sabe o significado correto, não a pessoa que usa e/ou criou tal símbolo. A cruz sem Jesus é um exemplo. Diga que eles usam a cruz sem Jesus lá porque eles, por influência do Islamismo, não acreditam que Jesus foi morto (e por tanto não poderia ter ressuscitado). Isso é óbvio, se Jesus não está lá na cruz, é porque não foi crucificado. E estas influencias se expandem mais ainda por evangelhos apócrifos, como o de Barnabé.

Mas tenha um coisa em mente: ignore todo o significado que eles dão para a cruz sem o crucificado. O que importa é falar mal, e o significado que você dá (você sabe tudo!). Então se disserem que eles usam a cruz vazia porque acreditam que Jesus ressuscitou, diga que a cruz vazia não significa isso, e sim o túmulo vazio. Então, que andem com um ninho de João-de-barro amarrado no pescoço, ou um túmulo vazio pintado ou esculpido em suas igrejas, porque Jesus ressuscitou no túmulo e não na cruz. A cruz vazia só representa o sepultamento de Jesus, que ele foi tirado de lá.

Viu como é fácil usar o Protestantism Method? Esse é só um exemplo, existem vários outros que você pode mudar o significado e sair por aí criticando, como aqueles vitrais sem forma, todos quadrados, que podem representar o caos, ou o fogo desenhado em algumas roupas, que podem representar o fogo do inferno. A idéia é mudar o significado. Não é difícil, e você verá como é engraçado vê-los tentando mostrar o real significado enquanto você não se importa que o significado quem dá é quem usa.

2 – Cite versículos bíblicos a como se entendesse da Bíblia e como se os versículos de fato falam alguma coisa contra o que você quer criticar.

Deve-se ter o trabalho de citar vários, mesmo que fora de contexto, desde que aparentem contrariá-los. Cite, por exemplo, que há um só mediador entre Deus e os homens, e que ninguém pode tomar esse lugar de Jesus, e, por esse motivo, é heresia e idolatria os grupos de intercessão.

3 – Decore textos bíblicos longos e mencione-os fora de contexto.

Isso é muito eficiente. Nem todos possuem uma boa memória (principalmente hoje em dia onde poucos exercitam, e os novos meios de comunicação não ajudam). Portanto, cite textos decorados. Se seu oponente souber, siga a segunda instrução. Provavelmente ele não terá como conferir e você sairá de um grande conhecedor da Bíblia. A quantidade de textos decorados vai do tempo perdido que você terá achando que decorar textos para repetir significa que os entendeu.

4 – Mude o significado das palavras e ações.

Esse é bem simples: invente que os protestantes adoram seus líderes, e idolatram os pregadores ungidos. Motivos: alguns deles geralmente se ajoelham para receber alguma intercessão, muitos se colocam sob a autoridade e a mão desses líderes para intercederem diante de Deus. Ora, todos nós “sabemos” que há um só mediador entre Deus e os homens certo? Então. Mencione isso e outros versículos, e diga que eles são idólatras. Claro que eles vão dizer que o fato de se ajoelhar não é necessariamente idolatria, e que quem intercede está intercedendo a Deus por meio de Jesus, mas seja firme: sua chatice e intransigência fará com que o oponente desista e ache coisa melhor para fazer (o que é bom, pois vai aumentar o seu ego e alguns ignorantes acharão que você está certo).

5 – Conte seu testemunho.

Fale como você era protestante e vivia fornicando atrás do pano, ou se masturbando imaginando a irmãzinha ou que tomava cerveja escondido. É claro que esses casos são isolados e isso aconteceu porque você nunca foi um protestante sério, mas mencione isso como se todos os protestantes fossem hipócritas como você era, ou como se todos não fossem pecadores. Em suma: finja que sua melhora moral se deu porque deixou de ser protestante, e que os protestantes geralmente são assim (principalmente os que são só de nome, porque já é modinha)

6 – Ofereça CD ou DVD de testemunhos.

Se você não tiver sido protestante, e se sua vida foi boa como protestante, ofereça CDs de testemunhos. Pode ser de “Tio Chico”, ex-cantor gospel, ex lider de ministério de dança, ex qualquer coisa.

7 – Desvie o assunto.

Quando você não tiver mais o que falar de um assunto, pule para outro fingindo que possui alguma ligação. Veja esse exemplo de conversa:

Espírita: Mas vocês protestantes adoram seus pastores, e colocam eles como mediadores no lugar de Jesus.
Protestante: Eles não estão no lugar de Jesus. Acontece que a Bíblia ensinou a intercedermos uns pelos outros. Interceder não significa adorar ou colocar no lugar de Jesus..
Espírita: Não... E aqueles grupos de dança também... tudo agora é gospel... só falta ter maconha gospel! Isso tudo são motivos que me fazem não ser protestante...

É importante que você ignore todas as tentativas de voltar ao assunto.

8 – Negue os fatos.

Quando algum protestante lhe mostrar fatos históricos, diga apenas que “essa é a versão da história dele”, que “a história foi modificada pelos protestantes” ou simplesmente que “isso não é verdade”. Não precisa refutar com documentos, só negar.

9 – Quando responderem todas as objeções, diga que o que importa é estar na “presença de Deus”.

Quando você não tiver mais o que responder, diga que religião não salva ninguém, e que tudo não passa de “placa de igreja” porque o que importa é sentir aquele frio na barriga, êxtase ou emoção que surge quando se ouve aquela música melosa, que geralmente chamam de “presença de Deus”, e ignore que Jesus disse para amarmos a Deus também como todo o ENTENDIMENTO, e que até o presente momento você estava criticando o protestantismo por estar errado (se o que importa é “a presença de Deus”, pra que começou a criticar? Ignore isso também). Diga também que Deus não é propriedade de ninguém, o que importa é "aceitar Jesus" (sem definir o que é), que assim a vida é maravilhosa e rosada, e por aí vai...

10 – Quando tudo isso falhar volte a primeira crítica já refutada que você fez.

Tiro e queda. Fazendo isso ou você vence pelo cansaço, ou você vai fazer o protestante se irritar e até xingar, o que vai aparentar mais ainda que você tem razão e como ele é um ímpio que precisa ir para sua comunidade sentir aquele frio na barriga, levantar a mão, e entrar pra sua religião.

Dica extra: nunca leia nenhum texto protestante sério. Afinal, para que ler? Você sabe tudo!



quarta-feira, 4 de julho de 2012

Vícios - A preguiça


Acabei de ler esse texto em meu e-mail. É muito bom, e por isso decidi postá-lo aqui.

***

O preguiçoso, conforme o senso comum, é aquele indivíduo avesso a atividades que mobilizem esforço físico ou mental. De modo que lhe é conveniente direcionar a sua vida a fins que não envolvam maiores esforços.

A Preguiça é definida como aversão ao trabalho, negligência. Este sentimento faz com que as pessoas desqualifiquem os problemas e a possibilidade de solução destes. A preguiça não se resume na preguiça física, mas também na preguiça de pensar, sentir e agir. A crença básica da preguiça é "Não necessito aprender nada", levando a um movimento freador das idéias e ações dentro das organizações que, no cotidiano, é traduzido pelo "deixa para depois".

“Paciência não é preguiça nem indolência, é a tranquilidade de saber esperar o momento oportuno, mas sem deixar de ser ativo!”

**A preguiça fecha os nossos olhos para as possibilidades.**


DICAS PARA VENCER A PREGUIÇA

Preguiça é a inimigo número 01 da produtividade, compromete seu tempo e saúde, e tornam-se facilmente uma
barreira para conquistar metas de longo prazo, aquelas realmente importantes.
Entenda a preguiça como uma batalha psicológica entre você e a inércia e, se quiser crescer, vai ter que vencer a
preguiça. Aqui vão algumas dicas úteis para esta caminhada.
1. Exercite-se
Você pode se sentir preguiçoso se não tiver energia suficiente para seu dia a dia. Uma rotina de exercícios físicos
deixa o corpo disposto e alerta, menos propenso a 'baixas' energéticas.
2. Durma
Como você pode se sentir motivado e entusiástico se não dorme o suficiente? Problemas de sono muitas vezes
decorrem de maus hábitos.
3. Determine um prazo curto para começar
A parte mais difícil de muitas tarefas é começar. Determine um prazo curto (5 a 15 minutos) para começar, de
qualquer maneira. Se precisar refazer o início depois, o tempo necessário certamente será menor que a eterna
protelação.
4. Visualize os benefícios
A preguiça se alimenta também da nossa visão do problema, e ver só as dificuldades da sua execução torna mais
difícil começar a resolvê-lo. Imagine todos os benefícios que terá ao concluir seu dever, e será bem mais fácil
colocar mãos a obra.
5. Estabeleça prêmios
Estabeleça para si mesmo um prazo para cumprimento da tarefa e um prêmio pela sua consecução. Entra como um
bônus no pacote de benefícios.
6. Pense nas conseqüências do não cumprimento
Outro motivador para se vencer a preguiça é visualizar as conseqüências negativas de se entregar à inércia. Se os
benefícios não são o suficiente para motivá-lo, pense no prejuízo financeiro, profissional ou emocional que vai ter se
não fizer o que deve.
7. Encontre parceiros.
Todos nós temos baixas em nossa motivação, e pessoas com interesses em comum podem ser o melhor apoio
quando a vontade própria não é o suficiente.
8. Divida a tarefa em partes administráveis
Às vezes, a visão obscura que temos de um problema nos impede de definir por onde começar. Se estiver diante
de uma questão complexa ou trabalhosa, divida o processo em etapas menores, administráveis, com prazos para
início e conclusão para cada uma.
9. Faça uma coisa de cada vez
Não é da nossa natureza (embora esteja se tornando de nossa cultura) ser multitarefa. Organize seu pensamento e
dedique-se a uma tarefa de cada vez. A concentração beneficia enormemente a criatividade e nosso potencial para
resultados.
10. Descreva seu processo
Você se sentirá mais motivado se perceber com clareza como sua produtividade varia de acordo com a freqüência
com que se entrega à preguiça. Uma maneira de visualizar este processo é registrar seu progresso diariamente,
anotando quantas metas se propôs, quantas atingiu e como foi seu estado energético e emocional neste dia.
11. Lembre-se do que realmente interessa.
A preguiça se alimenta de desculpas que damos a nós mesmos: 'é muito cedo', 'é muito tarde', 'estou muito
cansado', 'eu mereço esta folga'. Ás vezes realmente é verdade, e precisamos relaxar e descansar o corpo. Mas há
uma voz interna, auto-crítica e ciente de nossos estados emocionais, que nos diz se estamos realmente cansados
ou nos entregando à preguiça.
Nas horas críticas, esta voz é a nossa mais sábia conselheira.
Baseado no texto: 16 powerful tips to overcome laziness.
Pronto entao é isso.

CONSEQUÊNCIAS DA PREGUIÇA

Uma das formas mais comuns da preguiça é justamente a repugnância pelas alturas espirituais e morais. Quer-se é viver bem, mas sem exageros de esforço nem loucuras de idealismo. Ser bom, ser um “cristão médio”, com a "sua"  medida de religião, vá lá. Mas levar o cristianismo a sério e em plena coerência com a fé, isso considera-se fanatismo! Tirando as inúmeras desculpinhas que os preguiçosos podem tirar manipulando o próprio Evangelho a seu gosto.

É muito interessante verificar que a sabedoria dos antigos, já desde os primeiros séculos do cristianismo, ao enfocar a preguiça, contemplava quase que exclusivamente o seguinte conteúdo: a resistência a atingir a altura espiritual e moral própria de um filho de Deus, de um cristão.

Na linguagem clássica cristã, o vício capital da preguiça era designado com o nome de acédia (ou acídia). A acédia é fundamentalmente uma tristeza, uma tristeza ácida e fria – daí o nome –, que invade a alma ao pensar nos bens espirituais – na virtude, na bondade, no amor a Deus e ao próximo –, precisamente porque não são fáceis de alcançar nem de conservar. Exigem esforço, renúncia, sacrifício. E o egoísmo e o egoísta se defendem.

A repugnância que sente por tudo quanto é abnegação e doação generosa vai criando depósitos azedos no coração, e acaba transferindo para Deus e para os próprios bens árduos que Deus pede uma fria antipatia, que pode terminar em aversão: “um tédio que acabrunha”, diz Santo Tomás de Aquino. Esta aversão primeiramente contra o esforço que é carregar verdadeiramente a Cruz, avança contra o esforço que é buscar as virtudes, indo de encontro contra o próprio Deus e todos seus filhos que desejam ser virtuosos.

A preguiça detesta o que o amor abraça, entristece-se com o que alegra o amor.

Observa Santo Tomás que os pecados carnais são mais vergonhosos que os espirituais porque nos rebaixam ao nível do animal; contudo, os espirituais, os únicos que se compartilham com o demônio, são mais graves, porque vão diretamente contra Deus e nos afastam Dele.

Conseqüências da Preguiça Espiritual


- Desistência das tarefas religiosas necessárias para a nossa salvação e santificação. 
- As más tendências tendem a aumentar pouco a pouco, manifestando-se por numerosos pecados veniais que nos dispõem a cometer graves faltas.
- Busca de consolações materiais, prazeres inferiores com a finalidade de fugir da tristeza e desgosto, pela privação da alegria espiritual através da sua própria negligência e preguiça.
- Tristeza maligna que oprime a alma, dela nascem a malícia, o rancor sobre o seu próximo, desencorajamento, torpor espiritual mesmo pelo esquecimento de preceitos e, finalmente, procura de coisas proibidas, que levam à curiosidade, loquacidade, inquietude, instabilidade e agitação infrutífera. Desta forma a pessoa chega a uma cegueira espiritual e a um progressivo enfraquecimento da vontade.

Todo pecado capital será vencido pelos constantes exercícios espirituais, penitências, mortificações e óbvio constante busca dos Sacramentos da Penitência (Confissão) e da Eucaristia. Também gostaria e reforçar que contra todos os pecados capitais temos um grande trunfo, o Santo Rosário!

UM MAIS QUE EXCELENTE ARTIGO SOBRE OS PECADOS CAPITAIS

Como ensina São Gregório Magno e, depois dele, Santo Tomás, os pecados capitais de vanglória ou vaidade, preguiça, inveja, ira, gula e luxúria não são os mais graves de todos, pois maiores são os de heresia, apostasia, desesperação e de ódio a Deus; mas são os primeiros a que se inclina nosso coração, levando-nos a nos afastar de Deus e a cometer outras faltas ainda mais graves. O homem não chega à perversão absoluta de uma vez, mas pouco a pouco. Examinemos primeiro, em si mesma, a raiz dos sete pecados capitais. Todos eles se originam no amor desordenado de si mesmo ou egoísmo, que nos impede de amar a Deus sobre todas as coisas e inclina a nos apartarmos dele. É evidente que pecamos, i. e., que nos desviamos de Deus e nos afastamos dele cada vez que tendemos para um bem criado, indo contra a vontade divina.

Isto é a conseqüência fatal de um amor desordenado de nós mesmos, que vem a ser a fonte de todo pecado. Por conseguinte, não só é necessário moderar esse amor desordenado ou egoísmo, mas também é preciso mortificá-lo, para que o amor ordenado ocupe seu lugar. Enquanto o pecador em estado de pecado mortal se ama a si sobre todas as coisas, praticamente antepondo-se a Deus, o justo ama a Deus mais que a si e deve, além disso, amar-se em Deus e por Deus; amar seu corpo de tal maneira que sirva à alma, não lhe obstando a vida superior; amar a alma convidando-a a participar eternamente da vida divina; amar sua inteligência e vontade, de modo que participem mais e mais da luz e do amor de Deus. Este é o sentido profundo da mortificação do egoísmo, do amor e da vontade próprios, opostos à vontade de Deus. Além disso, não deve permitir que a vida descenda, mas, pelo contrário, que ascenda em direção daquele que é fonte de todo o bem e de toda a beatitude.

O amor desordenado de nós mesmos leva à morte, como diz o Senhor: “O que ama (desordenadamente) a sua vida perdê-la-á; e quem aborrece (ou mortifica) a sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna” (João 12, 25). Desse desordenado amor, raiz de todos os pecados, nascem as três concupiscências de que fala São João (I João 2, 16) quando diz: “Porque tudo o que há no mundo é concupiscência da carne, e concupiscência dos olhos, e soberba da vida; e isto não vem do Pai, mas do mundo”.

Observa Santo Tomás que os pecados carnais são mais vergonhosos que os espirituais porque nos rebaixam ao nível do animal; contudo, os espirituais, os únicos que se compartilham com o demônio, são mais graves, porque vão diretamente contra Deus e nos afastam dele. A concupiscência da carne é o desejo desordenado do que é ou parece útil à conservação do indivíduo ou da espécie, e deste amor sensual provêm a gula e a luxúria. A concupiscência dos olhos é o desejo desordenado do que agrada a vista, o luxo, as riquezas, o dinheiro que nos proporciona os bens terrenos; dela nasce a avareza. A soberba da vida é o desordenado amor da própria excelência e de tudo aquilo que pode ressaltá-la; quem se deixa levar pela soberba, erige-se a si em seu próprio deus, a exemplo de Lúcifer. Daí se vê a importância da humildade, que é virtude capital, tanto quanto o orgulho é fonte de todo pecado. São Gregório e Santo Tomás ensinam que a soberba é mais que um pecado capital: é a raiz da qual procedem mormente quatro pecados capitais: vaidade, preguiça espiritual, inveja e ira. A vaidade é o amor desordenado de louvores e de honras; a preguiça espiritual se entristece pensando no trabalho requerido para santificar-se; a ira, quando não é uma indignação justificada e sim um pecado, é um movimento desordenado da alma que nos inclina a rechaçar violentamente o que nos desagrada, de onde se seguem as disputas, injúrias e vociferações. Estes pecados capitais, sobretudo a preguiça espiritual, a inveja e a ira, engendram tristezas amargas que afligem a alma e são totalmente contrários à paz espiritual e ao contentamento, ambos frutos da caridade. Não deve o homem apenas contentar-se em moderar tais germes de morte, senão também mortificá-los. A prática generosa da mortificação dispõe a alma para outra purificação mais profunda que Deus mesmo realiza, com o fim de destruir completamente os germes de morte que ainda subsistam em nossa sensibilidade e faculdades superiores.

Mas não basta considerar as raízes dos sete pecados capitais; é preciso analisar suas conseqüências. Como conseqüências do pecado se entendem geralmente as más inclinações que os pecados deixam em nosso temperamento, mesmo depois de apagados pela absolvição. Entretanto, também pode entender-se como conseqüências dos pecados capitais os demais pecados que têm sua origem neles. Os pecados capitais assim se chamam porque são um como princípio de muitos outros; temos, em primeiro, inclinação para eles e depois, por meio deles, para outras faltas às vezes mais graves.

É dessa forma que a vanglória gera desobediência, jactância, hipocrisia, disputas, discórdia, afã de novidades, pertinácia. A preguiça espiritual conduz ao desgosto das coisas espirituais e do trabalho de santificação, em razão do esforço que exige, engendrando a malícia, o rancor ou a amargura contra o próximo, a pusilanimidade ante o dever, o desalento, a cegueira espiritual, o esquecimento dos preceitos, a busca do proibido. Igualmente, a inveja ou desagrado voluntário do bem alheio, bem que temos como mal nosso, engendra o ódio, a maledicência, a calúnia, a alegria do mal alheio e a tristeza por seus triunfos.

Por sua vez, a gula e a sensualidade geram outros vícios e podem conduzir à cegueira espiritual, ao endurecimento do coração, ao apego à vida presente até à perda da esperança da vida eterna, ao amor de si mesmo até ao ódio de Deus e à impenitência final.

Freqüentemente, os pecados capitais são mortais. Podem existir de uma maneira muito vulgar e baixa, como em muitas almas em pecado mortal, ou bem podem também existir, nota São João da Cruz, em uma alma em estado de graça, como outros tantos desvios da vida espiritual. Por isso se fala às vezes da soberba espiritual, da gula espiritual, da sensualidade e da preguiça espiritual. A soberba espiritual inclina, por exemplo, a fugir daqueles que nos dirigem reprimendas, ainda quando tenham autoridade para isso e no-las dirijam justamente; também pode levar-nos a guardar-lhes certo rancor em nosso coração. Quanto à gula espiritual, poderia fazer-nos desejar consolos sensíveis na piedade, até o ponto de buscarmos nela mais a nós mesmos que a Deus. É o orgulho espiritual a origem do falso misticismo. Felizmente, diferentemente das virtudes, estes vícios não são conexos, ou seja, pode-se possuir uns sem os outros, e muitos são até contrários entre si: assim, não é possível ser avaro e pródigo ao mesmo tempo.

A enumeração de todos estes tristes frutos do exagerado amor de si deve levar-nos a um sério exame de consciência e nos ensina, ademais, que o terreno da mortificação é muito extenso, se quisermos viver uma vida cristã profunda.

O exame de consciência, longe de apartar-nos do pensamento de Deus, aponta-nos para ele. Deve-se inclusive pedir-lhe luz para enxergar um pouco a alma como o próprio Deus a vê, para enxergar o dia ou a semana que passaram como se os víssemos escritos no livro da vida, à maneira de como os veremos no dia do Juízo Final. Por isto temos de repassar cada noite, com humildade e contrição, as faltas cometidas de pensamento, palavra, ação e omissão. No exame deve-se evitar a minuciosa investigação das menores faltas, tomadas em sua materialidade, pois semelhante esforço poderia fazer-nos cair em escrúpulos e esquecer coisas mais importantes. Trata-se menos de uma completa enumeração das faltas veniais que da investigação e acusação sinceras do princípio de onde geralmente procedem.

A alma não deve se deter em demasia na consideração de si mesma, deixando de olhar para Deus. Pelo contrário há de se perguntar, tendo os olhos fitos em Deus: como julgará Deus este dia ou semana que agora termina? Foi este dia meu ou de Deus? Busquei a ele ou a mim? Desse modo, sem turbação, a alma julgar-se-á desde um plano elevado, à luz dos preceitos divinos, tal como se julgará no último dia. Mas, como diz Santa Catarina de Sena, não separemos a consideração de nossas faltas do pensamento da infinita misericórdia. Olhemos nossa fragilidade e miséria ao lume da infinita bondade de Deus que nos alevanta. O exame, feito deste modo, longe de desalentar-nos, aumentará nossa confiança em Deus.

Por contraste, a visão de nossos pecados nos esclarece o valor da virtude. O que melhor nos revela o valor da justiça é a dor que a injustiça produz. A imagem da injustiça que cometemos e o pesar de tê-la cometido devem nos despertar a “fome e sede de justiça”. Por contraste, é necessário que a fealdade da sensualidade nos revele a beleza da pureza; que a desordem da ira e da inveja nos faça compreender o alto valor da mansidão e da caridade; que as aberrações da soberba nos ilustrem acerca da elevada sabedoria da humildade.

Peçamos a Deus inspirar-nos um santo aborrecimento do pecado, que nos separa da divina bondade, da qual tantos benefícios recebemos e esperamos para o porvir. Esse santo ódio do pecado não é, de certa forma, senão o outro lado do amor de Deus. É impossível amar profundamente a verdade sem detestar a mentira, amar de coração ao bem, e o soberano Bem que é Deus, sem que por sua vez detestemos o que nos separa de Deus.

A maneira de evitar a soberba é pensar com freqüência nas humilhações do Salvador e pedir a Deus a virtude da humildade. Para reprimir a inveja, temos de rogar pelo próximo, desejando-lhe o mesmo bem que para nós desejamos. Aprendamos igualmente a reprimir os movimentos da ira, afastando-nos dos objetos que a provocam, trabalhando e falando com doçura. Esta mortificação é absolutamente indispensável. Pensemos que temos que salvar nossa alma e que ao nosso redor há muito bem a se fazer, sobretudo na ordem espiritual. Não esqueçamos que devemos trabalhar pelo bem eterno dos demais e empregar, para consegui-lo, os meios que o Salvador nos ensinou: a morte progressiva do pecado, mediante o progresso nas virtudes e principalmente no amor de Deus.



Fonte: Trecho do livro "As três idades da vida interior"; tradução: Permanência

domingo, 1 de julho de 2012

Jesus é o Senhor

Sabe-se que desde muitos séculos os cristãos chamam Jesus de Senhor fazendo alusão a fé em sua divindade. No entanto, vários grupos e indivíduos tendem a argumentar que isso é bem posterior, que surgiu com Paulo ou que nem mesmo Paulo afirmou tais coisas.


Dentre eles posso citar as Testemunhas de Jeová e os muçulmanos, principalmente os que vêm fazendo um trabalho de divulgação do Islã (embora, geralmente, e provavelmente de forma sincera, sejam equivocadas quando se referem a Jesus, ao NT e aos primeiros cristãos). Diante disso resolvi escrever alguns artigos com algumas informações que refutam a maioria dessas alegações.

Comecemos por uma que é verdadeira: nem sempre a palavra KURIOS significa ADONAI. Isso pode ser visto em vários exemplos tanto nas escrituras dos hebreus quanto nas dos nazarenos, o AT e NT (que para os cristãos ambos são Palavra de Deus). KURIOS também era dirigido ao imperador e a outros lideres.

Diante disso, deve-se buscar algumas pistas para a interpretação, onde o sentido é de divindade, já que esse termo, assim como outros relacionados a Jesus, possuem mais de um significado (v. Cristologia do Novo Testamento, Oscar Cullmann, p. 257 a 309). O objetivo desse presente artigo é tratar de dois casos em que se referem explicitamente a Jesus como Deus.

Fp 2, 10-11: “Portanto Deus o elevou ao lugar mais alto e lhe deu um nome acima de todo nome, para que, em honra ao nome dado a ele TODO JOELHO SE DOBRE – no céu, na terra e debaixo da terra – E TODA LINGUA RECONHEÇA  que Yeshua, o Messias, é ADONAI – para a glória de Deus, o Pai.

Essa tradução do NT feita pelo judeu David Stern deixa claro, até mais que outros tradutores, que colocam apenas “SENHOR”, que Jesus é ADONAI. Segundo alguns, essa seria uma tradução tendenciosa e ilógica que simplesmente mostra as preferências teológicas do tradutor. Nada mais injusto que isso. Se formos ao AT, em Isaías, veremos que a IAHWEH, todo joelho se dobrará: “Diante de mim se dobrará todo o joelho, toda língua jurará por mim, dizendo: Só em IAHWEH há justiça e força” (45, 23-24).

Assim, temos em cerca de 61 e 62 d.C, uma alusão em carta de uma passagem que Deus fala de si mesmo, mas que agora é feita em referência a Jesus. A Deus todo joelho se dobrará, a Jesus também; toda língua confessará/jurará, a Jesus também.

Mais tarde veremos porque só depois da ressurreição foi “conferido” (charizomai) e como isso não contradiz seu senhorio desde a Eternidade. Basta aqui expor que é uma mensão a um texto do AT sobre Deus, e que na menção de Paulo há menção a “Deus Pai”. Vamos ao outro caso.

Hb 1, 10: “No principio, Senhor, firmaste os fundamentos da terra; o céu é obra de tuas mãos. Eles perecerão, mas tu permanecerás; envelhecerão como roupas; e tu os enrolarás como um manto. Sim, eles serão trocados como peças usadas, mas tu permaneces o mesmo, os teus anos jamais terão fim.”

Para alguns isso seria pouca coisa. Só uma referência a vitória de Jesus, e que os anos dele jamais terão fim. No entanto, essa também é uma alusão do AT a Deus que é dito para Jesus. O Sl 102 (101) claramente aplica a IAHWEH. No mesmo livro há outras alusões, mas vou me ater as referências ao “Senhor”.

Mas por que, então, se diz que em determinado momento Jesus “foi feito” Senhor? Essa é uma forma comum de se declarar no presente, de forma litúrgica, o que se é por natureza. Isso pode ser visto até mesmo a respeito de Deus:

“O Senhor reina! Vestiu-se de majestade; de majestade vestiu-se o Senhor e armou-se de poder! O mundo está firme e não se abalará. O teu trono está firme desde a antigüidade; tu existes desde a eternidade. As águas se levantaram, Senhor, as águas levantaram a voz; as águas levantaram seu bramido. Mais poderoso do que o estrondo das águas impetuosas, mais poderoso do que as ondas do mar é o Senhor nas alturas. Os teus mandamentos permanecem firmes e fiéis; a santidade, Senhor, é o ornamento perpétuo da tua casa.” - Salmos 93:1-5

Deus sempre foi e é Majestoso e Poderoso, mas por que o texto diz que ele vestiu-se de majestade e armou-se de poder? Porque essa é uma forma litúrgica de se declarar hoje o que se é no “Eterno Hoje”, pois, como bem disse Oscar Cullmann, “se Cristo é um com Deus desde sua ressurreição é necessário que desde o princípio tenha estado unido a Ele”. Ora, se Deus é Eterno e imutável, e se os textos do AT aplicados a Deus como Senhor são transferidos para Jesus, só podemos concluir que Jesus é esse Senhor que é o único Senhor (1Co 8, 6). Se a Jesus é dado, ou seja, declarado aqui no tempo, reconhecido, o mesmo nome que é sobre todo o nome (assim como é feito no exemplo feito em relação a Deus), então podemos concluir que Jesus é Deus desde a Eternidade.

A partir daqui surgem algumas questões: por que só foi declarado depois que Jesus ressuscitou? Por que não é algo explicitamente dito por Jesus?