Acabei de ler esse texto em meu e-mail. É muito bom, e por isso decidi postá-lo aqui.
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A Preguiça é definida como aversão ao trabalho, negligência. Este sentimento faz com que as pessoas desqualifiquem os problemas e a possibilidade de solução destes. A preguiça não se resume na preguiça física, mas também na preguiça de pensar, sentir e agir. A crença básica da preguiça é "Não necessito aprender nada", levando a um movimento freador das idéias e ações dentro das organizações que, no cotidiano, é traduzido pelo "deixa para depois".
“Paciência não é preguiça nem indolência, é a tranquilidade de saber esperar o momento oportuno, mas sem deixar de ser ativo!”
**A preguiça fecha os nossos olhos para as possibilidades.**
DICAS PARA VENCER A PREGUIÇA
Preguiça é a inimigo número 01 da produtividade, compromete seu tempo e saúde, e tornam-se facilmente uma
barreira para conquistar metas de longo prazo, aquelas realmente importantes.
Entenda a preguiça como uma batalha psicológica entre você e a inércia e, se quiser crescer, vai ter que vencer a
preguiça. Aqui vão algumas dicas úteis para esta caminhada.
1. Exercite-se
Você pode se sentir preguiçoso se não tiver energia suficiente para seu dia a dia. Uma rotina de exercícios físicos
deixa o corpo disposto e alerta, menos propenso a 'baixas' energéticas.
2. Durma
Como você pode se sentir motivado e entusiástico se não dorme o suficiente? Problemas de sono muitas vezes
decorrem de maus hábitos.
3. Determine um prazo curto para começar
A parte mais difícil de muitas tarefas é começar. Determine um prazo curto (5 a 15 minutos) para começar, de
qualquer maneira. Se precisar refazer o início depois, o tempo necessário certamente será menor que a eterna
protelação.
4. Visualize os benefícios
A preguiça se alimenta também da nossa visão do problema, e ver só as dificuldades da sua execução torna mais
difícil começar a resolvê-lo. Imagine todos os benefícios que terá ao concluir seu dever, e será bem mais fácil
colocar mãos a obra.
5. Estabeleça prêmios
Estabeleça para si mesmo um prazo para cumprimento da tarefa e um prêmio pela sua consecução. Entra como um
bônus no pacote de benefícios.
6. Pense nas conseqüências do não cumprimento
Outro motivador para se vencer a preguiça é visualizar as conseqüências negativas de se entregar à inércia. Se os
benefícios não são o suficiente para motivá-lo, pense no prejuízo financeiro, profissional ou emocional que vai ter se
não fizer o que deve.
7. Encontre parceiros.
Todos nós temos baixas em nossa motivação, e pessoas com interesses em comum podem ser o melhor apoio
quando a vontade própria não é o suficiente.
8. Divida a tarefa em partes administráveis
Às vezes, a visão obscura que temos de um problema nos impede de definir por onde começar. Se estiver diante
de uma questão complexa ou trabalhosa, divida o processo em etapas menores, administráveis, com prazos para
início e conclusão para cada uma.
9. Faça uma coisa de cada vez
Não é da nossa natureza (embora esteja se tornando de nossa cultura) ser multitarefa. Organize seu pensamento e
dedique-se a uma tarefa de cada vez. A concentração beneficia enormemente a criatividade e nosso potencial para
resultados.
10. Descreva seu processo
Você se sentirá mais motivado se perceber com clareza como sua produtividade varia de acordo com a freqüência
com que se entrega à preguiça. Uma maneira de visualizar este processo é registrar seu progresso diariamente,
anotando quantas metas se propôs, quantas atingiu e como foi seu estado energético e emocional neste dia.
11. Lembre-se do que realmente interessa.
A preguiça se alimenta de desculpas que damos a nós mesmos: 'é muito cedo', 'é muito tarde', 'estou muito
cansado', 'eu mereço esta folga'. Ás vezes realmente é verdade, e precisamos relaxar e descansar o corpo. Mas há
uma voz interna, auto-crítica e ciente de nossos estados emocionais, que nos diz se estamos realmente cansados
ou nos entregando à preguiça.
Nas horas críticas, esta voz é a nossa mais sábia conselheira.
Baseado no texto: 16 powerful tips to overcome laziness.
Pronto entao é isso.
CONSEQUÊNCIAS DA PREGUIÇA
Uma das formas mais comuns da preguiça é justamente a repugnância pelas alturas espirituais e morais. Quer-se é viver bem, mas sem exageros de esforço nem loucuras de idealismo. Ser bom, ser um “cristão médio”, com a "sua" medida de religião, vá lá. Mas levar o cristianismo a sério e em plena coerência com a fé, isso considera-se fanatismo! Tirando as inúmeras desculpinhas que os preguiçosos podem tirar manipulando o próprio Evangelho a seu gosto.
É muito interessante verificar que a sabedoria dos antigos, já desde os primeiros séculos do cristianismo, ao enfocar a preguiça, contemplava quase que exclusivamente o seguinte conteúdo: a resistência a atingir a altura espiritual e moral própria de um filho de Deus, de um cristão.
Na linguagem clássica cristã, o vício capital da preguiça era designado com o nome de acédia (ou acídia). A acédia é fundamentalmente uma tristeza, uma tristeza ácida e fria – daí o nome –, que invade a alma ao pensar nos bens espirituais – na virtude, na bondade, no amor a Deus e ao próximo –, precisamente porque não são fáceis de alcançar nem de conservar. Exigem esforço, renúncia, sacrifício. E o egoísmo e o egoísta se defendem.
A repugnância que sente por tudo quanto é abnegação e doação generosa vai criando depósitos azedos no coração, e acaba transferindo para Deus e para os próprios bens árduos que Deus pede uma fria antipatia, que pode terminar em aversão: “um tédio que acabrunha”, diz Santo Tomás de Aquino. Esta aversão primeiramente contra o esforço que é carregar verdadeiramente a Cruz, avança contra o esforço que é buscar as virtudes, indo de encontro contra o próprio Deus e todos seus filhos que desejam ser virtuosos.
A preguiça detesta o que o amor abraça, entristece-se com o que alegra o amor.
Observa Santo Tomás que os pecados carnais são mais vergonhosos que os espirituais porque nos rebaixam ao nível do animal; contudo, os espirituais, os únicos que se compartilham com o demônio, são mais graves, porque vão diretamente contra Deus e nos afastam Dele.
Conseqüências da Preguiça Espiritual
- Desistência das tarefas religiosas necessárias para a nossa salvação e santificação.
- As más tendências tendem a aumentar pouco a pouco, manifestando-se por numerosos pecados veniais que nos dispõem a cometer graves faltas.
- Busca de consolações materiais, prazeres inferiores com a finalidade de fugir da tristeza e desgosto, pela privação da alegria espiritual através da sua própria negligência e preguiça.
- Tristeza maligna que oprime a alma, dela nascem a malícia, o rancor sobre o seu próximo, desencorajamento, torpor espiritual mesmo pelo esquecimento de preceitos e, finalmente, procura de coisas proibidas, que levam à curiosidade, loquacidade, inquietude, instabilidade e agitação infrutífera. Desta forma a pessoa chega a uma cegueira espiritual e a um progressivo enfraquecimento da vontade.
Todo pecado capital será vencido pelos constantes exercícios espirituais, penitências, mortificações e óbvio constante busca dos Sacramentos da Penitência (Confissão) e da Eucaristia. Também gostaria e reforçar que contra todos os pecados capitais temos um grande trunfo, o Santo Rosário!
UM MAIS QUE EXCELENTE ARTIGO SOBRE OS PECADOS CAPITAIS
Como ensina São Gregório Magno e, depois dele, Santo Tomás, os pecados capitais de vanglória ou vaidade, preguiça, inveja, ira, gula e luxúria não são os mais graves de todos, pois maiores são os de heresia, apostasia, desesperação e de ódio a Deus; mas são os primeiros a que se inclina nosso coração, levando-nos a nos afastar de Deus e a cometer outras faltas ainda mais graves. O homem não chega à perversão absoluta de uma vez, mas pouco a pouco. Examinemos primeiro, em si mesma, a raiz dos sete pecados capitais. Todos eles se originam no amor desordenado de si mesmo ou egoísmo, que nos impede de amar a Deus sobre todas as coisas e inclina a nos apartarmos dele. É evidente que pecamos, i. e., que nos desviamos de Deus e nos afastamos dele cada vez que tendemos para um bem criado, indo contra a vontade divina.
Isto é a conseqüência fatal de um amor desordenado de nós mesmos, que vem a ser a fonte de todo pecado. Por conseguinte, não só é necessário moderar esse amor desordenado ou egoísmo, mas também é preciso mortificá-lo, para que o amor ordenado ocupe seu lugar. Enquanto o pecador em estado de pecado mortal se ama a si sobre todas as coisas, praticamente antepondo-se a Deus, o justo ama a Deus mais que a si e deve, além disso, amar-se em Deus e por Deus; amar seu corpo de tal maneira que sirva à alma, não lhe obstando a vida superior; amar a alma convidando-a a participar eternamente da vida divina; amar sua inteligência e vontade, de modo que participem mais e mais da luz e do amor de Deus. Este é o sentido profundo da mortificação do egoísmo, do amor e da vontade próprios, opostos à vontade de Deus. Além disso, não deve permitir que a vida descenda, mas, pelo contrário, que ascenda em direção daquele que é fonte de todo o bem e de toda a beatitude.
O amor desordenado de nós mesmos leva à morte, como diz o Senhor: “O que ama (desordenadamente) a sua vida perdê-la-á; e quem aborrece (ou mortifica) a sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna” (João 12, 25). Desse desordenado amor, raiz de todos os pecados, nascem as três concupiscências de que fala São João (I João 2, 16) quando diz: “Porque tudo o que há no mundo é concupiscência da carne, e concupiscência dos olhos, e soberba da vida; e isto não vem do Pai, mas do mundo”.
Observa Santo Tomás que os pecados carnais são mais vergonhosos que os espirituais porque nos rebaixam ao nível do animal; contudo, os espirituais, os únicos que se compartilham com o demônio, são mais graves, porque vão diretamente contra Deus e nos afastam dele. A concupiscência da carne é o desejo desordenado do que é ou parece útil à conservação do indivíduo ou da espécie, e deste amor sensual provêm a gula e a luxúria. A concupiscência dos olhos é o desejo desordenado do que agrada a vista, o luxo, as riquezas, o dinheiro que nos proporciona os bens terrenos; dela nasce a avareza. A soberba da vida é o desordenado amor da própria excelência e de tudo aquilo que pode ressaltá-la; quem se deixa levar pela soberba, erige-se a si em seu próprio deus, a exemplo de Lúcifer. Daí se vê a importância da humildade, que é virtude capital, tanto quanto o orgulho é fonte de todo pecado. São Gregório e Santo Tomás ensinam que a soberba é mais que um pecado capital: é a raiz da qual procedem mormente quatro pecados capitais: vaidade, preguiça espiritual, inveja e ira. A vaidade é o amor desordenado de louvores e de honras; a preguiça espiritual se entristece pensando no trabalho requerido para santificar-se; a ira, quando não é uma indignação justificada e sim um pecado, é um movimento desordenado da alma que nos inclina a rechaçar violentamente o que nos desagrada, de onde se seguem as disputas, injúrias e vociferações. Estes pecados capitais, sobretudo a preguiça espiritual, a inveja e a ira, engendram tristezas amargas que afligem a alma e são totalmente contrários à paz espiritual e ao contentamento, ambos frutos da caridade. Não deve o homem apenas contentar-se em moderar tais germes de morte, senão também mortificá-los. A prática generosa da mortificação dispõe a alma para outra purificação mais profunda que Deus mesmo realiza, com o fim de destruir completamente os germes de morte que ainda subsistam em nossa sensibilidade e faculdades superiores.
Mas não basta considerar as raízes dos sete pecados capitais; é preciso analisar suas conseqüências. Como conseqüências do pecado se entendem geralmente as más inclinações que os pecados deixam em nosso temperamento, mesmo depois de apagados pela absolvição. Entretanto, também pode entender-se como conseqüências dos pecados capitais os demais pecados que têm sua origem neles. Os pecados capitais assim se chamam porque são um como princípio de muitos outros; temos, em primeiro, inclinação para eles e depois, por meio deles, para outras faltas às vezes mais graves.
É dessa forma que a vanglória gera desobediência, jactância, hipocrisia, disputas, discórdia, afã de novidades, pertinácia. A preguiça espiritual conduz ao desgosto das coisas espirituais e do trabalho de santificação, em razão do esforço que exige, engendrando a malícia, o rancor ou a amargura contra o próximo, a pusilanimidade ante o dever, o desalento, a cegueira espiritual, o esquecimento dos preceitos, a busca do proibido. Igualmente, a inveja ou desagrado voluntário do bem alheio, bem que temos como mal nosso, engendra o ódio, a maledicência, a calúnia, a alegria do mal alheio e a tristeza por seus triunfos.
Por sua vez, a gula e a sensualidade geram outros vícios e podem conduzir à cegueira espiritual, ao endurecimento do coração, ao apego à vida presente até à perda da esperança da vida eterna, ao amor de si mesmo até ao ódio de Deus e à impenitência final.
Freqüentemente, os pecados capitais são mortais. Podem existir de uma maneira muito vulgar e baixa, como em muitas almas em pecado mortal, ou bem podem também existir, nota São João da Cruz, em uma alma em estado de graça, como outros tantos desvios da vida espiritual. Por isso se fala às vezes da soberba espiritual, da gula espiritual, da sensualidade e da preguiça espiritual. A soberba espiritual inclina, por exemplo, a fugir daqueles que nos dirigem reprimendas, ainda quando tenham autoridade para isso e no-las dirijam justamente; também pode levar-nos a guardar-lhes certo rancor em nosso coração. Quanto à gula espiritual, poderia fazer-nos desejar consolos sensíveis na piedade, até o ponto de buscarmos nela mais a nós mesmos que a Deus. É o orgulho espiritual a origem do falso misticismo. Felizmente, diferentemente das virtudes, estes vícios não são conexos, ou seja, pode-se possuir uns sem os outros, e muitos são até contrários entre si: assim, não é possível ser avaro e pródigo ao mesmo tempo.
A enumeração de todos estes tristes frutos do exagerado amor de si deve levar-nos a um sério exame de consciência e nos ensina, ademais, que o terreno da mortificação é muito extenso, se quisermos viver uma vida cristã profunda.
O exame de consciência, longe de apartar-nos do pensamento de Deus, aponta-nos para ele. Deve-se inclusive pedir-lhe luz para enxergar um pouco a alma como o próprio Deus a vê, para enxergar o dia ou a semana que passaram como se os víssemos escritos no livro da vida, à maneira de como os veremos no dia do Juízo Final. Por isto temos de repassar cada noite, com humildade e contrição, as faltas cometidas de pensamento, palavra, ação e omissão. No exame deve-se evitar a minuciosa investigação das menores faltas, tomadas em sua materialidade, pois semelhante esforço poderia fazer-nos cair em escrúpulos e esquecer coisas mais importantes. Trata-se menos de uma completa enumeração das faltas veniais que da investigação e acusação sinceras do princípio de onde geralmente procedem.
A alma não deve se deter em demasia na consideração de si mesma, deixando de olhar para Deus. Pelo contrário há de se perguntar, tendo os olhos fitos em Deus: como julgará Deus este dia ou semana que agora termina? Foi este dia meu ou de Deus? Busquei a ele ou a mim? Desse modo, sem turbação, a alma julgar-se-á desde um plano elevado, à luz dos preceitos divinos, tal como se julgará no último dia. Mas, como diz Santa Catarina de Sena, não separemos a consideração de nossas faltas do pensamento da infinita misericórdia. Olhemos nossa fragilidade e miséria ao lume da infinita bondade de Deus que nos alevanta. O exame, feito deste modo, longe de desalentar-nos, aumentará nossa confiança em Deus.
Por contraste, a visão de nossos pecados nos esclarece o valor da virtude. O que melhor nos revela o valor da justiça é a dor que a injustiça produz. A imagem da injustiça que cometemos e o pesar de tê-la cometido devem nos despertar a “fome e sede de justiça”. Por contraste, é necessário que a fealdade da sensualidade nos revele a beleza da pureza; que a desordem da ira e da inveja nos faça compreender o alto valor da mansidão e da caridade; que as aberrações da soberba nos ilustrem acerca da elevada sabedoria da humildade.
Peçamos a Deus inspirar-nos um santo aborrecimento do pecado, que nos separa da divina bondade, da qual tantos benefícios recebemos e esperamos para o porvir. Esse santo ódio do pecado não é, de certa forma, senão o outro lado do amor de Deus. É impossível amar profundamente a verdade sem detestar a mentira, amar de coração ao bem, e o soberano Bem que é Deus, sem que por sua vez detestemos o que nos separa de Deus.
A maneira de evitar a soberba é pensar com freqüência nas humilhações do Salvador e pedir a Deus a virtude da humildade. Para reprimir a inveja, temos de rogar pelo próximo, desejando-lhe o mesmo bem que para nós desejamos. Aprendamos igualmente a reprimir os movimentos da ira, afastando-nos dos objetos que a provocam, trabalhando e falando com doçura. Esta mortificação é absolutamente indispensável. Pensemos que temos que salvar nossa alma e que ao nosso redor há muito bem a se fazer, sobretudo na ordem espiritual. Não esqueçamos que devemos trabalhar pelo bem eterno dos demais e empregar, para consegui-lo, os meios que o Salvador nos ensinou: a morte progressiva do pecado, mediante o progresso nas virtudes e principalmente no amor de Deus.
Fonte: Trecho do livro "As três idades da vida interior"; tradução: Permanência
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