quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Carta aos deuses Bule Voador e Unicornio Rosa

Por Jonadabe Rios








Seus seguidores andam fazendo uma confusão no conceito que os teístas têm sobre Deus. Ao tentarem fazer uma analogia entre o que chamamos de Causa Inteligente do universo e vocês, para ridicularizar o pensamento em um Criador, eles cometem cada erro lógico, que eu tenho que mostrar pra vocês.
Primeiro, essa analogia é falaciosa. As características entre o Criador e vocês são somente superficialmente parecidos, mas, se olharmos a fundo, verão que há muitas diferenças fundamentais. Eles tentam fazer as pessoas entenderem algo como: “Tanto o Bule Voador e o Unicórnio Rosa são criações humanas, e isso não é diferente do seu Deus”. O problema é que os argumentos que levam a conclusão de que houve um criador no universo, também levam a conclusão das características desse Criador. Senhores, nós não simplesmente inventamos esses conceitos sem uma analise lógica. Por exemplo, se a causa inteligente do universo está além dele, então quer dizer que é além do natural, ou seja, sobrenatural, ou, todo poderoso para transformar um estado de nulidade em condições intrincadas do nosso universo, onde houve um ajuste fino que proporcionou as leis físicas e condições necessárias para a vida em nosso planeta, e, quem sabe, em outro lugar. Essa causa é além da matéria, e seus seguidores os colocam como algo que faz parte do universo, mas invisível, e isso é diferente de Deus. Calma! Eu não quero provar que essas afirmações são verdadeiras agora.
Outra coisa que quero dizer-lhes é que nós não colocamos algo simplesmente na nossa mente, e, por dizer que existe, é fato. Ou, como já me disseram uma vez, que afirmar que algum fenômeno foi causado por algum de vocês tem o mesmo valor do teísmo. Não. Simplesmente observamos as evidencias chegamos à conclusão que acreditar que tudo ocorreu de causas randômicas é necessário um salto cego no escuro.
Mas isso é colocar Deus nas lacunas? De maneira nenhuma. Nós não chegamos prematuramente à conclusão de que a melhor explicação e a cosmovisão que se enquadra nos fatos é o teísmo. Nós não dizemos simplesmente “já que não temos explicação, ou uma melhor explicação naturalista, a única conclusão é Deus”, longe disso. A falácia de “Deus nas lacunas” ocorre quando alguém conclui que Deus provocou algo, quando, na verdade, foi provocado por outra coisa, algum fenômeno natural que ainda não foi descoberto. Mas há um erro nessa acusação. Afirmamos que um projetista inteligente é a conclusão lógica para o surgimento do universo e da vida, não porque carecemos de uma explicação natural. Existem evidencias positivas e empíricas que apontam para uma causa inteligente. Como li uma vez, ao detectarmos mensagens como “’Leve o lixo para fora — Mamãe’ ou mil enciclopédias — sabemos que elas devem ter vindo de um ser inteligente porque todas as nossas experiências de observação dizem que as mensagens vêm apenas de seres inteligentes. Em todas as ocasiões que observamos uma mensagem, descobrimos que ela vem de um ser inteligente.”. Nunca foi observado fenomenos naturais criarem mensagens complexas, isso vem de observações cientificas, e não da ignorancia dos fatos. Nós observamos que as explicações naturalistas simplesmente fracassam e que as evidencias apontam para o projetista.
Não sei se já ouviram falar de William Dembski, alguns não concordam com ele, mas algo que ele disse me chamou atenção: até quando a determinação para se achar uma causa natural se torna obstinação? Na verdade, quem comete o erro de um deus nas lacunas normalmente são os darwinistas, pois, quando não encontram uma explicação, ignoram todas as outras por não poder admitir que possa existir um ser inteligente que tenha organizado as coisas (diferente dos teístas, que em sua maioria estão abertos a explicações naturais), normalmente dizem que “dado muito tempo, junto com a seleção natural, novas especies podem surgir”. Até aí já dá pra vocês saberem que dizer que um Deus criou o unvierso e proporcionou as condições necessárias para o surgimento da vida não é nenhuma falácia de Deus nas lacunas.
Outra coisa, sr. Bule e dr. U. Rosa, muitas vezes eles afirmam que igualmente a vocês, Deus é uma criação da mente humana. Mas, quero dizer pra vocês avisá-los que, mesmo se fosse uma criação da mente humana, da mesma forma que vocês dois, isso não torna falso os argumentos da existencia de um Deus, e não leva necessáriamente a conclusão de que ele não exista. Lembre-se que a analogia entre vocês e a Causa Inteligente do universo é falaciosa.
Alguns ainda dizem que o nome da causa do universo é Bule Voador ou Unicornio rosa, e não Jeová ou Alá. Mas quero dizê-los que o que se discute não é qual revelação do Deus ou se existe uma revelação, mas, novamente, que a conclusão que as evidencias nos levam é que a Causa é pessoal e inteligente, independente do que se diz por revelação. Então, não importa se chamem de bule, unicornio ou espaguete. Isso é irelevante.
Por fim, diga-os que não dá certo tentar ridicularizar o que pensamos dessa forma, pois, como mostrei, isso não passa de uma brincadeira sem lógica e sem graça. Espero que quando os ouvir, entendam, enão me ataquem com provocações como de “fanatico” ou “crente bitolado”.


Abraços.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A Teoria da Evolução refuta o teísmo?

Bom, não sou evolucionista, mas não haveria nenhum problema acreditar que evoluimos se me mostrarem evidencais. Mas isso não vem ao caso.

Christopher Hitchens disse que a TE é incompativel com o teísmo, pra que? Ele não deveria dizer isso, mas disse, logo na frente de quem? Da pedra de tropeço dos céticos: William Lane Craig.

Muito boa essa resposta do Craig. Cheguei a rir da cara que o Hitchens fez enquanto ouvia a resposta.


26 perguntas embaraçosas?

Encontrei essas perguntas no blog HTTP://obomherege.blogspot.com, e resolvi responde-las. O título tem o nome de “26 perguntas embaraçosas para os cristãos”, porém não vi nada de muito embaraçoso, e o autor demonstrou, algumas vezes, conhecer pouco do que critica. Aconselho deixar o preconceito de lado (se houver) e estudar melhor o cristianismo.

Algumas respostas não são totalmente satisfatórias, mas foi o que pude responder nesse momento. Estão salvas no PC pra estuda-las e dar respostas melhores.


1. Um pai amoroso não deixaria seus filhos a mercê de mestres mal intencionados se soubesse o caráter deles. Se Deus nos ama tanto e quer que estejamos com ele, por que poria nossas almas em risco ao deixar a difusão de sua palavra a cargo de mentirosos e aproveitadores?

Primeiro, porque Ele ama tanto os enganados quanto os enganadores. Segundo, ele envia vários servos dEle para falar a verdade, e toda pessoa sincera que busca a verdade vai o encontrar e deixar de seguir mestres que não tenham caráter. O problema é que muita gente não quer saber de uma verdade absoluta, algo que abrange todos os aspectos da vida e que possa ser embaraçosa. As pessoas, normalmente, buscam “verdades” fáceis de entender, alguma explicação para o sofrimento, por exemplo, como os que dizem que o mal é uma ilusão, e, por isso, as pessoas não sofrem realmente. Outros nem acreditam que exista uma verdade! Ela nem sempre é o que queremos, e quem buscar saber a verdade sobre as questões principais da vida, seguindo as evidencias onde o levar, mesmo que seja algo que nunca imaginaríamos ou que não gostaríamos que fosse, essa pessoa certamente a achará. Se levarmos em consideração também que Deus é onisciente, Ele pode estar permitindo que algumas pessoas sinceras sejam enganadas por um tempo, mas, intervindo e mostrando o caminho, faça elas descobrir que o caminho não é o que pensavam ser.



2. Se o universo é, por definição, tudo o que existe e engloba todos os lugares, por que tem gente que pergunta: Então de onde veio o universo?

Porque se o universo teve um inicio, deve haver uma causa fora dele, afinal, ele não causaria a si mesmo, pois deveria existir antes para se causar. Mas, como a ciência têm mostrado, ele teve um inicio. Sempre quando falamos de universo, estamos falando não do todo em geral, mas do “nosso” universo físico (matéria, espaço e tempo) e não do metafísico, o que está além dele.



3. Se a Bíblia diz que Deus é onisciente e não se arrepende, por que esta mesma Bíblia diz que ele se arrependeu de sua criação?

Norman Geisler e Thomas Howe dão uma boa resposta no livro “Manual popular de dúvidas, enigmas e ‘contradições’ da Bíblia”:

“Deus na verdade não muda, mas apenas aparenta mudar quando nós mudamos, assim como o vento parece mudar quando nos viramos e vamos em outra direção (veja os comentários de Gênesis 6:6 e Êxodo 32:14). Deus não pode mudar o seu caráter nem as suas promessas incondicionais (Hb 6:17-18), porque tudo isso se baseia em sua natureza imutável (cf. 2 Tm 2:13). De fato, é porque Deus é imutável em si mesmo que ele aparenta estar mudando em relação aos seres humanos, que sofrem variações em seu caráter e em sua conduta.

A imutabilidade de Deus exige que seus sentimentos e suas ações para com diferentes seres humanos sejam diferentes. Como ele sempre sente a mesma repulsa em relação ao pecado (He 1:13), o sentimento que o Senhor tem para com uma pessoa que acabou de cair em pecado não pode ser o mesmo que sente em relação a essa mesma pessoa quando ela confessa o seu erro e invoca a misericórdia de Deus para sua salvação. Neste caso, não é o Senhor quem muda, mas é a pessoa que muda em relação a ele.”

[...]

“Tem-se de sustentar enfaticamente que Deus não muda (cf. Ml 3:6; Tg 1:17). Ele não muda de idéia, nem sua vontade ou natureza. Há vários argumentos que demonstram a imutabilidade de Deus. Vamos considerar apenas três.

Primeiro, para que alguma coisa mude, algo tem de ser feito numa ordem cronológica. Tem de haver um ponto antes e outro ponto depois da mudança. Tudo o que passa por um "antes" e um "depois" existe no tempo, porque a essência do tempo é vista pelo progresso cronológico de uma situação anterior para uma posterior. Entretanto, Deus é eterno e está fora do tempo (Jo 17:5; 2 Tm 1:9). Então, não pode haver em Deus uma série de "anteriores" e "posteriores"; logo, ele não pode mudar, porque a mudança necessariamente envolve um "antes" e um "depois".

Segundo, toda mudança é para uma situação melhor ou pior, pois uma mudança que não faça diferença não é uma mudança. Ou alguma coisa necessária é obtida, a qual anteriormente não se fazia presente, o que é uma mudança para melhor; ou alguma coisa que se tem e que é necessária é perdida, o que é uma mudança para pior. Mas, se Deus é perfeito, ele de nada necessita; portanto ele não pode mudar para melhor. E se Deus fosse perder alguma coisa, então ele não permaneceria perfeito; portanto Ele não pode mudar para pior. Assim, Deus não muda.

Terceiro, quando alguém muda de idéia, é porque recebeu uma nova informação, da qual não tinha conhecimento anteriormente, ou porque as circunstâncias mudaram de forma a requerer uma atitude ou ação diferente. Mas, se Deus mudou de idéia, não pode ser porque ele ficou sabendo de qualquer nova informação que desconhecia anteriormente, porque Deus é onisciente - ele sabe todas as coisas (Sl 147:5). Portanto, tem de ser porque as circunstâncias mudaram e demandam uma atitude ou ação diferente. Mas se as circunstâncias mudaram, isso não significa necessariamente que Deus tenha mudado de idéia. Significa apenas que, como as circunstâncias mudaram, o relacionamento de Deus com a nova realidade é diferente. Porque as circunstâncias, e não Deus, mudaram.

Quando Israel estava ao pé do monte, envolvido numa adoração a um ídolo, Deus disse a Moisés que a sua ira estava ardendo contra os filhos de Israel e que ele se dispunha a destruí-los num juízo. Entretanto, quando Moisés intercedeu por eles, as circunstâncias mudaram. A atitude de Deus para com o pecado é sempre a ira, mas a sua atitude para com aqueles que o invocam é sempre de misericórdia. Antes de Moisés orar por Israel, eles estavam sob o juízo de Deus. Porém, a intercessão de Moisés pelo povo de Israel levou-os a ficar sob a misericórdia de Deus. O Senhor não mudou. O que mudou foram as circunstâncias.

A linguagem empregada nesta passagem é chamada antropomórfica. É semelhante a uma pessoa que, movendo-se de um lado para outro, diga: "Agora a casa está à minha direita", e depois: "Agora a casa está à minha esquerda". Essas afirmações não querem dizer que a casa se moveu. É que a linguagem, sob a perspectiva de alguém, está descrevendo que a pessoa mudou a sua posição em relação àquela casa. Quando Moisés disse que Deus se arrependeu, essa foi uma forma figurativa de descrever que a intercessão de Moisés teve êxito em mudar o relacionamento do povo de Israel com Deus. Ele tirou a nação do juízo de Deus e a trouxe para a misericórdia de sua graça. Deus não muda, nem muda de idéia, nem de vontade; sua natureza é imutável.”


4. Por que Deus mandou o dilúvio para eliminar o mal na Terra, mas a nova humanidade continuou má?

Se está novamente ignorando sua onisciência, pois, sabendo do futuro, Deus já sabia disso e o tinha como plano. Se é onisciente, por que não levar em consideração que ele sabe do futuro e teve um propósito com isso?



5. Se Deus é imutável, porque ele precisou "mudar as regras" enviando Jesus a Terra?

Acho que quem fez essa pergunta nunca parou para ler o Novo Testamento direito, talvez só o conheça de ouvir falar e ler alguns versículos em sites céticos. Jesus não mudou as regras, ele disse que não veio para destruir a lei, mas para cumpri-la. Ele criticava regras de homens, coisas que estavam na tradição, e não na lei de Deus. Convido a fazer uma nova leitura do Novo Testamento.



6. Por que um Deus tido como "sábio", ao invés de resolver tudo rápida e racionalmente, se tornou carne para autosacrificar-se, para satisfazer a si mesmo, para livrar sua criação de sua própria ira?

Porque esse foi o modo racional de fazer. Nem sempre o que é rápido é racional e o que é racional é rápido. O que o autor dessa pergunta parece querer fazer é tentar se colocar no lugar de Deus e se fazer onisciente, supondo, sem garantia nenhuma, que se fosse de outra forma as coisas seriam mais rápidas e melhores. Mas não existe nada que o garante nisso.



7. Por que dizem que precisaríamos vasculhar todos os lugares do universo e não encontrar Deus para afirmar que ele não existe, quando precisaríamos somente não encontrá-lo em um lugar, visto que é onipresente (está em todo lugar)?

Tenho algumas considerações a fazer. Nem todos teístas dizem que Deus é onipresente. Isso faz parte da crença judaico-cristã, principalmente. Mas, para os cristãos, Deus é espírito, e por isso não adianta procurar no universo, Ele está além do universo. Devemos procurar com nossa razão e, assim, chegar a alguma conclusão. Mas pode ser que haja vida em outros planetas, ou algo que prove a existência de Deus, ou alguma manifestação sua, por que não? Neste caso, vocês deveriam realmente vasculhar em todos os lugares do universo para poder afirmar que não existe nada que prove que Deus exista.



8. Se Deus não causa confusão, o que dizer da torre de babel e dos milhares de facções cristãs se digladiando?

O contexto que fala sobre Deus não ser um Deus de confusão (1Co:14) fala que deve-se manter ordem na igreja, pelo motivo citado, onde seu louvor e profecias feitas por profetas seja algo sem ordem, “mas faça-se tudo decentemente e com ordem.”. O que não significa que Ele não possa causar confusões para alguma ordem e propósito, como foi o caso da torre de Babel.



9. Cristãos dizem que na morte os bebês vão direto para o céu, então por que são contrários ao aborto nos casos de gravidez por estupro ou quando põe em risco a vida da mãe?.

Porque o único que tem direito de dar, tirar ou ordenar que a vida seja tirada é Deus. Ele é o autor da vida e soberano sobre todas as coisas.



10. Por que Deus sendo bom permite que uma criança nasça sabendo que ela no futuro vai ser condenada ao sofrimento eterno no lago de fogo e enxofre?

Porque Ele respeita as escolhas das pessoas. Para entender mais sobre o assunto, veja essas postagens sobre o inferno:

O inferno é moralmente justo?

Porque Deus não criou só os salvos?

O inferno é compatível com um Deus bondoso?



11. Como Deus pode ter emoções como ciúme, raiva e tristeza, se ele é onisciente e estas são reações aos imprevistos ou frustrações de planos?

Isso pode ser respondido da mesma forma que a 3º pergunta.



12. A Bíblia diz que as lembranças sobre o passado na Terra serão todas apagadas nos que forem salvos. O que Deus salvará se somos nossa memória?

Onde diz isso na bíblia?

A Bíblia fala que haverá um novo céu e uma nova terra, onde todas as coisas velhas são passadas. Não haverá choro, dor, nem pranto, mas não diz que não haverá lembranças. Talvez eu tenha pulado essa parte sem querer...



13. Por que Deus abriu o mar vermelho para salvar os judeus do Egito, mas não abriu os portões dos campos de concentração durante a segunda guerra mundial?

Novamente uma pergunta que só faz sentido levando em consideração os atributos de Deus: Por que ele teve um propósito com tudo isso, houve outros momentos que Deus permitiu um mal num curto período de tempo para proporcionar um bem em um tempo maior, os campos de concentração pode ter sido um desses casos.



14. Isaías 40:28 diz “... o Senhor, o criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga...”. Então por que Moisés diz que Deus descansou no sétimo dia da criação?

Porque o autor do livro quis mostrar que Deus parou o ato de criação do nosso mundo.




15. Se alguém nasce com problemas mentais, seu espírito também tem problemas mentais?

Não sei. O que sei é que, segundo a bíblia, todos os seres humanos nascem com sua natureza física e espiritual corrompida pelo pecado, e precisam de um salvador. Também fico com o que Jesus disse, que “nem os loucos errarão o caminho”, portanto, essa pergunta não tem tanta importância.

E ali haverá uma estrada, um caminho, que se chamará o caminho santo; o imundo não passará por ele, mas será para aqueles; os caminhantes, até mesmo os loucos, não errarão.” Is 35:8



16. Quando um velho caduca seu espírito também envelheceu?

Acho que pra fazer um volume de perguntas, quem a fez, já está caducando...

17. Por que danos ao cérebro podem mudar a personalidade como, por exemplo, tornar um pai amoroso indiferente com os filhos, se nossa essência está no espírito?

Onde se diz que nossa essência está em nosso espírito? Onde se diz que, por mudar de personalidade, ele não saiba que aquilo seja errado?



18. Cristãos gostam de dizer que Jesus sacrificou sua própria vida por nós, mas se ele era Deus e não podia errar nem ser condenado e agora está vivo no céu como dono de tudo... O que ele sacrificou mesmo?

Mais uma pergunta sem sentido, principalmente por não entender a mensagem cristã. Sugiro que busque saber o que significa a afirmação de que Deus se fez carne, e o objetivo disso. Não é difícil de achar textos que expliquem.



19. Se o design de Deus é tão inteligente, porque os homens possuem mamilos se não precisam dar de mamar e ainda podem ser acometidos de câncer?

A bíblia fala que tudo que Deus criou foi bom, e Deus viu que era bom, mas explica que quando o homem pecou sua natureza física e espiritual foi corrompida.



20. Por que os cristãos dizem que certos fatos são "planos de Deus" se planos são oriundos de mentes limitadas que tentam prever o futuro para minimizar erros?

Dizemos que é plano de Deus não nesse sentido, mas num sentido contrário: Algo é plano de Deus pois Ele tem o controle soberano sobre a situação.



21. Por que precisamos de um corpo se nosso espírito pode fazer tudo o que fazemos e até melhor?

Como se sabe disso? Onde diz que não precisamos de um corpo, e que o espírito pode fazer tudo que fazemos? Será essa pergunta mais uma só pra dar volume?



22. Se nada ocorre sem consentimento de Deus e tudo é "plano dele", ele planejou todos os males, dor e catástrofes que ocorrem com a humanidade?

Sim, Ele permite isso.

Ver: O problema do sofrimento.



23. Se Deus concedeu o livre arbítrio por que castiga e condena os que não concordam com ele?

Poder escolher algo não quer dizer que não vai haver as conseqüências disso.



24. Muita gente acredita em fantasmas de pessoas e animais mortos, então por que só há relatos de fantasmas de pessoas e bichos da fauna atual, mas ninguém vê fantasmas de homo herectus, neanderthais, nem dos gigantescos dinossauros ou mamutes cuja existência é confirmada por fósseis e corpos congelados?

O que isso tem de importante ou constrangedor para os cristãos?



25. Se Jesus era filho de Deus com Maria, porque há uma árvore genealógica nos evangelhos onde Jesus é filho de José?

Porque Jose era apenas o pai legal de Jesus, aqui na terra, enquanto Maria era mão legal e mãe de fato.



26. Por que a maioria dos atributos de Deus é característica da inexistência: Sem corpo, imaterial, incompreensível, invisível, imperceptível?

Não, na verdade as características divinas são de algo imaterial, e nem tudo imaterial é inexistente: sem corpo físico, invisível.

No caso de incompreensível, isso se deve ao fato dEle ser infinitamente maior que nós, e imperceptível, no sentido de sentir sua presença, existem várias pessoas que afirmam ter tido experiências com Deus.

Documentário: Em defesa de Cristo

Um ótimo documentário que fala sobre algumas evidências, das várias que existem, sobre a existência histórica de Jesus e sua ressurreição. É claro que poderiam tratar várias outras questões levantadas sobre esse assunto, mas acredito que o objetivo é levar a pessoa que assiste a buscar as evidências da vida e ressurreição de Jesus. Eu já fiz isso, e continuo fazendo. Esses assuntos são interessantes, e é muito bom saber que, diante das evidencias, a conclusão que o cético sincero é que Jesus realmente ressuscitou dos mortos.

Está aí o documentário dividido em 8 partes.

1 - http://www.youtube.com/watch?v=Nkkf5kS_NwI

2 - http://www.youtube.com/watch?v=hjaTCIXB7qo

3 - http://www.youtube.com/watch?v=c-QWpTvrgy4

4 - http://www.youtube.com/watch?v=oFqnOMxf8S0

5 - http://www.youtube.com/watch?v=FK8Hm-Crwpo

6 - http://www.youtube.com/watch?v=7hWmGdxokEA

7 - http://www.youtube.com/watch?v=3HRdYy8YtXw

8 - http://www.youtube.com/watch?v=95xTDdk9_8U

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Evidencias pré-nicenas da divindade do Logos.

Quem, em um debate sobre a divindade de Jesus, nunca ouviu que a ela foi criada e imposta no Concílio de Nicéia? Acredito que poucos. Por isso decidi colocar alguns escritos pré-nicenos sobre a divindade do Logos.



Justino Mártir (100 - 165 d.C.)


... mesmo que eu não pudesse demonstrar que o Filho do Criador do universo preexiste como Deus e que nasceu como homem de uma virgem, nem por isso deixa de ser provado que Jesus é o Cristo de Deus. Pelo contrário, já está totalmente demonstrado que ele é o Cristo de Deus, seja qual for a sua natureza [...] Com efeito, amigos, há alguns de vossa descendência que confessam Jesus como o Cristo, mas afirmam que ele é homem nascido de homem. Não estou de acordo com eles, mesmo que a maioria dos que pensam como eu dissessem isso. De fato, o próprio Cristo não nos mandou seguir ensinamentos humanos, mas aquilo que os bem-aventurados profetas pregaram e ele próprio ensinou. (Justino, Mártir, Santo Justino de Roma: I e II apologias, Dialogo com Trifão: dialogo com Trifão. São Paulo: Paulus, 1995, p. 180. [Patrística, v. 3]).


Amigos, apresentar-vos-ei outro testemunho das Escrituras sobre um principio anterior a todas as criaturas que gerou, certa potência racional de si mesmo, que é chamada pelo Espírito Santo Glória do Senhor, às vezes Filho, outras Sabedoria, ou ainda Anjo de Deus, Senhor, Palavra. Ela mesma se auto-denomina Chefe do exército, ao aparecer em forma de homem a Josué, filho de Nave. Todas essas denominações lhe são atribuídas por estar a serviço da vontade do Pai e por ter sido gerada pela vontade do Pai. (Justino, Mártir, op. Cit., p. 204)


Trifão discorda de Justino:

Vós, que procedeis das nações, podeis reconhecê-lo como Senhor, como Cristo e como Deus, conforme o indicam as Escrituras. Vós que, a partir do seu nome, viestes a ser chamados de cristãos. Nós, porém, que servimos ao próprio Deus que fez este mundo, não temos nenhuma necessidade de confessá-lo ou de adorá-lo. (Ibid., p. 208)


Seria melhor dizer que este Jesus nasceu homem dos homens, e que se demonstra pelas escrituras que ele é o Cristo. Deveríeis crer que ele mereceu ser escolhido para Cristo por ter vivido de maneira perfeita conforme a lei. Contudo, não venhais com monstruosidades, a não ser que queirais provar ser tão estúpidos como os gregos. (Ibid., p. 214)


Estás tentando demonstrar algo incrível e pouco menos impossível, isto é, que Deus poderia suportar, nascer e tornar-se homem. (Ibid., p. 216)



Irineu de Lião (130 – 202 d.C)


... e a vinda, o nascimento pela virgem, a paixão, e a ressurreição dos mortos, a ascensão ao céu, em seu corpo, de Jesus Cristo, dileto Senhor nosso; e a sua vinda dos céus na glória do Pai, para recapitular todas as coisas e ressuscitar toda carne do gênero humano; a fim de que, segundo o beneplácito do Pai invisível, diante do Cristo Jesus, nosso Senhor, Deus, Salvador e Rei, todo joelho se dobre nos céus, na terra e nos infernos e toda língua o confesse; e execute o juízo de todos (Irineu de Lião: Sistemas gnósticos, Teorias Gnósticas e sua reputação, Doutrina cristã, Continuidade entre Antigo e Novo Testamento, Escatologia cristã. São Paulo: Paulus, 1995, p. 62. [Patrística, v. 4]).


Com isso afirma claramente que se realizou a promessa feita aos pais, do nascimento do Filho de Deus da Virgem e que justamente este é o Cristo Salvador, anunciado pelos profetas, sem distinguir, como os hereges, um Jesus nascido de Maria e um Cristo descido do alto. Mateus poderia dizer de outra forma: “A geração de ‘Jesus’ deu-se assim...”. mas o Espírito Santo, ao prever esses interpretes perversos e ao precaver-nos contra as suas fraudes, disse por meio de Mateus: “A geração de ‘Cristo’ deu-se assim...” e acrescentou que ele é o Emanuel, para que não o julgássemos simples homem [...] e para que sequer suspeitássemos que um era Jesus e outro o Cristo e soubéssemos que é uma única e idêntica pessoa. (Ibid., p. 316)


Pode-se ver, de tudo isso, que todas as coisas previstas pelo Pai são realizadas com ordem e tempestividade, no tempo prefixado e conveniente, por nosso Senhor, único e idêntico, rico e multímodo, porque obedece à vontade rica e multíplice do Pai e é ao mesmo tempo Salvador dos que se salvam, Senhor dos que estão submetidos ao seu poder, Deus das coisas criadas, Unigênito do Pai, Cristo profetizado e Verbo de Deus, encarnado quando veio a plenitude do tempo em que o Filho de Deus se deveria tornar Filho do homem. (Ibid., p. 322)


Além disso, os que dizem ser homem pura e simplesmente, gerado por José, permanecem na antiga escravidão da desobediência e morrem nela, porque ainda não unidos ao Verbo de Deus Pai, não recebem a liberdade por meio do Filho, como ele próprio diz: “Se o Filho vos emancipar, sereis verdadeiramente livres”. Ignorando o Emanuel, nascido da virgem, são privados do seu dom, que é a vida eterna, e não recebendo o Verbo da incorruptibilidade, permanecem na carne mortal, devedores da morte, sem o antídoto da vida. [...] Desprezam esse nascimento sem mancha que foi a encarnação do Verbo de Deus, privam o homem da sua elevação a Deus e manifestam ingratidão para com o Verbo de Deus, que se encarnou por eles. Esse é o motivo pelo qual o Verbo de Deus se fez homem e o Filho de Deus Filho do homem. (Ibid., p. 336)


Já demonstramos pelas Escrituras que nenhum dentre os filhos de Adão é chamado Deus e Senhor, no sentido absoluto da palavra; e que somente ele, à diferença de todos os homens de então, foi proclamado, na plena acepção do termo, Deus, Senhor, Rei eterno, Filho único e Verbo encarnado, por todos os profetas, pelos apóstolos e pelo próprio Espírito; é realidade que pode ser constatada por todos os que atingiram ainda que ínfima parcela da verdade. [...] Por um lado, ele é homem sem beleza, sujeito ao sofrimento, montado num burrinho, dessedentado com vinagre e fel, desprezado pelo povo, descido à região da morte; por outro, é o Senhor santo, o Conselheiro admirável, sobressaindo pela beleza, o Deus forte, que há de vir sobre as nuvens como juiz universal. Tudo isso foi prenunciado pelas Escrituras sobre ele. (Ibid., p. 337)


Por isso, ao perdoar pecados sarou um homem e ao mesmo tempo revelou claramente UEM ele era. Com efeito, se somente Deus pode perdoar pecados e se o Senhor os perdoava sarando um homem, está claro que ele era o Verbo de Deus, feito Filho do homem, porque recebera do Pai o poder de perdoar os pecados, como homem e como Deus; como homem participou dos nossos sofrimentos e como Deus perdoa as dívidas que tínhamos com Deus, nosso Criador. (Ibid., p. 564 e 565)



Além desses, podem ser citados Tertuliano e Orígenes, os dois mostrando que a crença na divindade de Jesus é anterior ao concílio de Nicéia. Outros exemplos podem ser vistos nas catacumbas cristãs (indico “As catacumbas de Roma”, de Benjamin Scott).