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No corredor sul da igreja da abadia há uma placa em memória a Dom Anscar Vonier, feita por Benno Elkan. Nessa placa, o abade, uma figura de pequena estatura, é retratado como que oferecendo o trabalho de sua vida a Nossa Senhora, a quem a abadia é dedicada. Há uma característica épica a respeito da história na contida placa. O jovem monge é salvo de um naufrágio no qual seu abade pereceu; sua própria eleição como abade; a decisão de reconstruir a igreja da abadia; a primeira carga de pedra da pedreira entregue em um cavalo emprestado e um carrinho; a mão-de-obra sem nenhum equipamento moderno e, finalmente, a aclamação da obra concluída com a morte chamando-o para sua recompensa.
No meio da placa está o abade trabalhando em seus escritos teológicos. Isso foi um golpe de mestre por parte do artista, uma vez que destaca a força motriz por trás dos sucessos de Dom Vonier. Ele se considerava um entre o número de monges beneditinos que foram os missionários da fé cristã nessas ilhas. Dom Vonier quis levar Deus para as pessoas comuns e, por isso, apesar da oposição, insistiu que a igreja tivesse quatro pináculos apontando para cima, levando o olhar das pessoas de baixo para cima, da terra para os céus. Do mesmo modo, ele pretendia que seus escritos fossem um meio de levar a teologia para o leitor em geral. Ele considerava a pregação como outra forma de esforço missionário e, ao mesmo tempo em que tinha o longo sermão como uma questão disciplinar, dava “aulas” regulares nas noites de domingo, no púlpito, para seus monges e o povo local. Suas realizações, portanto, só podem ser completamente apreciadas diante do pano de fundo histórico da abadia de Buckfast e da reconstrução que ele inspirou e serviu de tunal para seu ensino e púlpito para sua pregação.
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Esta é uma tradução de uma palestra feita por Dom Leo Smith, no English Benedictine Congregation History Commission – Symposium 1996.
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