terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Imagens: outras perspectivas.

Esse comentário foi feito por Marcos Biancardi em um tópico sobre a suposta idolatria dos católicos.

Quem se interessar pode ver aqui.

Achei bem interessante (por isso decidi postá-lo aqui), pois, além da acusação ser algo já ultrapassado e que já deveria ser superada há muito tempo, às vezes deixamos de lado outros aspectos interessantes do que são imagens e para que servem. Isso acontece quando nos limitamos a controvérsias como a "idolatria", que é uma das famosas falsas acusações que fazem aos católicos, pelo menos aqui no Brasil.

Segue parte do comentário:

[...] creio que caberia também notar que o conceito de idolatria a imagem também pode ultrapassar a discussão imediata do objeto, seja de veneração ou adoração, o que se chama de imagem. De fato, se ampliarmos um pouco o campo de análise e conteúdo das coisas veremos que a definição de imagem pode e está contida também na formação das palavras e da fala e, de todas as falas em todas as línguas de todas as épocas.


Assim, as palavras formadas pelos sons, pelos fonemas, representam sempre uma imagem que a ela palavra corresponde e, a própria sentença literal obedecerá também a essa lógica e realidade.


Ora, a própria Bíblia está repleta de imagens, de cenas, de milagres, de revelações que nos veem pelas palavras, frutos de imagens. Então, de modo rápido é fácil entender que a palavra é imagem para explicar o que se quer dizer.


Outras maneiras de representar pela escrita são os hieróglifos, ideogramas e assemelhados. Todas essas formas dispõem de imagens para falar de fatos, de conceitos, de idéias, do abstrato. Tudo é imagem. Somente Deus, o Senhor, não o é! Até mesmo, quando ficamos a escravizar - modo de dizer - nossa fé àquilo que cremos, estamos a praticar uma forma de idolatria, isto é, damos forma à fé e essa forma se baseia numa idéia particular, numa idéia que tem conteúdo no que cremos.


Por outro lado, dever-se-ia ainda considerar que o cristianismo utilizou-se sempre sabiamente do que cada época pode oferecer e do que cada época era capaz de operar para entender a mensagem de Cristo e, nem todas as épocas tiveram a chance de ter à sua disposição a palavra escrita como domínio público. Sequer escolas haviam, elas foram disseminadas pela Igreja na Idade Média e, mais ainda, nem livros e nem bibliotecas e tudo o mais.


Assim, a imagem passou a fazer parte do mundo da educação e da transmissão dos conhecimentos.


Por fim, considerar que Cristo Jesus é Deus e Deus que se fez carne e habitou entre nós é considerar também o o Indizível tomou forma e substância fazendo-se homem e, como homem, pode ser representado pela imagem do homem e como imagem de nós mesmos. Jesus teve pele, olho, cabelos, sangue e, chorou e sofreu e morreu e foi ressurreto ao Pai, ao Eterno, ao Inominável! Então, tudo o que é nominável o é também , por conseqüência do que é: imagem!


Enfim, não dá prá ficarmos, nós cristãos, presos a essa discussão que já deveria ter sido superada e, ao invés disso, vermo-nos como um só e mesma crença e fé. Mais ainda, olhar a cristandade a partir da sua origem e a ela estar vinculada para sempre, sob o trono de Pedro e sob a direção da única e verdadeira Igreja.

Um comentário:

  1. parabens Marcos Biancardi, gostei do que vc postou Deus te abençoe por tudo e por um mundo melhor onde aquele que são diferentes, são mal compreendidos. felicidades e força aí

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