O texto a seguir são partes digitadas do vídeo que coloquei na última postagem onde um Ortodoxo defende a relação das Sagradas Escrituras com a Sagrada Tradição, refutando a heresia da "Sola Scriptura". Algumas partes foram cortadas para se referir somente ao assunto proposto. Outro detalhe importante: por ter sido feito por um ortodoxo, algumas partes da argumentação é mais importante e faz sentido para a Igreja Ortodoxa, e não para a Católica. Um exemplo, talvez o principal, são as traduções bíblicas. É claro que uma grande quantidade de traduções foi feita enquanto não houve o cisma, no entanto, muitos lugares de origem ocidental realmente não tiveram traduções bíblicas (por motivos diversos que podem ser tratados posteriormente), apesar de existirem traduções para a lingua vernácula antes da "reforma" protestante.
Entre a Escritura e a Tradição não há nenhum conflito ou contradição. A falsa oposição entre elas apareceu apenas no século XVI quando o protestantismo proclamou o princípio da "Sola Scriptura", dizendo que a Bíblia é a única fonte de doutrina, suficiente para a salvação.
O significado inicial de Sola Scriptura, tal como Lutero entendeu, se refere a rejeição das supostas inovações Católicas - O próprio Lutero tirou da tradição Católica idéias de Santo Agostinho (A predestinação, o ensino sobre o Filoque, etc). Lutero, por exemplo, reconhecia o batismo dos bebês, apesar dos neoprotestantes considerá-lo antibíblico. Foram os discípulos neoprotestantes de Lutero que deram um caráter exclusivista para o princípio "Sola Scriptura", rejeitando qualquer idéia de Tradição. Apesar disso, protestantes e neoprotestantes também têm sua tradição, e espero que quem for honesto reconheça isso, pois é um fato. Eles interpretam a Bíblia a partir da perspectiva estrita de alguns pontos de doutrina que não estão escritos na Bíblia, de alguns livros, catecismos ou revistas publicados pela sua denominação ou da opinião de pessoas consideradas carismáticas. Assim, o princípio da Sola Scriptura, como veremos, não funciona, porque os critérios de interpretação da Bíblia estão fora dela. Se a Bíblia pudesse ser interpretada somente através dela seria impossível a aparição de inúmeras denominações e interpretações todas afirmando se basear "Somente nas Escrituras", mas, ao mesmo tempo, se contradizendo.
Apesar de terem sua tradição, os protestantes e neoprotestantes não reconhecem a Santa Tradição, trazendo contra nós falsos argumentos, que não se referem à Tradição, mas a "tradições humanas" como as chama a Bíblia. Em três lugares da Escritura, onde a tradição parece ser condenada, o Senhor se refere claramente aos "ensinamentos dos homens" (Mateus 15, 2-6; Marcos 7, 3-13 e Colossenses 2,8), E se os neoprotestantes preferem citar Mateus, eu vou citar Marcos 7, 8: ""Porque, afastando-se da Lei de Deus, vocês mantém as regras dos homens: lavar os copos e jarros, e muitos outros como estes.". Aqui podemos ver claramente não só a condenação de uma tradição, mas também o seu conteúdo: a lavagem de copos e garrafões e outros hábitos irrelevantes para a salvação. Mas quando nós falamos sobre a Tradição, nos referimos a outra coisa e quero que entendam claramente isso. Nós não consideramos parte da Tradição aquele elemento que contradiz a Revelação e a Divina Escritura. Escritura e Tradição não podem ser vistas como duas fontes complementares de doutrina, mas como duas realidades que estão numa relação de mútua interioridade (cada uma contém a outra). Se fizermos uma analogia a Santíssima Trindade, podemos dizer que a Escritura e a Tradição são um só ser, esse ser é a Verdade única e imutável, e, ao mesmo tempo, elas são distintas. É por isso que a sua separação e contraposição pode ser comparada com a separação e contraposição das Pessoas da Santíssima Trindade. Vou expandir a idéia mais tarde e quero que entendam a analogia da Santíssima Trindade somente como uma comparação.
Como a Bíblia ensina, a nossa salvação trazida por Cristo foi realizada objetivamente pela paixão, morte e ressurreição de Cristo e, subjetivamente, pela nossa cooperação com Deus e a Igreja que ele fez, não com a base nas idéias pessoais ou de algum grupo, mas baseada na Sua Pessoa Divino-Humana (Mateus 16, 16; 1 Timóteo 3, 15-16). Ele prometeu que Sua Igreja sempre vai existir, por isso nem "as portas do inferno prevaleverão contra ela". (Mateus 16, 18). Quando Ele levantou ao céu, Ele prometeu que vai estar conosco até o fim do mundo (Mat 16, 16) e que o Espírito Santo será enviado no mundo para levar-nos a toda a verdade (Mateus 28, 20). Esta verdade é a respeito de Cristo e é o próprio Cristo (João 14, 6), que "ontem, hoje e sempre é o mesmo" (Hebreus 13, 8) e nossa fé nEle é a fé que tem sido dada para sempre aos santos (Judas 1, 3). Tendo isso em conta, é evidente que a verdade da fé não pode ser uma no primeiro século, outra no quarto, outra no século XVI e outra no século XXI. Ela deve ser a mesma até o fim do mundo. Quem admitir que a verdade pode ser mudada está longe da verdade, pois ele está contrariando as Escrituras. É por isso que consideramos que a verdade deve ser a mesma em todos os tempos e lugares e sua manutenção intecta é devida a presença eterna de Cristo e do Espírito Santo na Igreja do Deus Vivo, que é o "pilar e sustentáculo da verdade" ( 1 Tomóteo 3, 15). E se a verdade é uma só, também a Igreja só pode ser uma, porque uma cabeça não pode ter vários corpos, uma cabeça tem um só corpo (Efésios 1, 22-23; 2, 3-6). Deduzimos que a Igreja de Cristo e sua doutrina deve existir a partir do momento da sua criação até o fim do mundo, sem interrupção. Então, pode pretender ao nome de "Igreja de Cristo" só aquela assembléia cristã que tem existido, sem interupção e consideramos que essas condições só nossa Igreja corresponde a partir dos primeiros séculos, sendo a mesma Igreja dos apóstolos e dos primeiros cristãos. Foi nesta Igreja que a Bíblia foi escrita e interpretada junto com muitos outros
ensinamentos necessários para a salvação. Foi nela que o Espírito Santo guiou os santos bispos a estabelecer corretamente o canon bíblico (o número dos livros bíblicos, seus autores e sua ordem), rejeitando todos os apócrifos heréticos. E isso aconteceu a partir do século IV até mais tarde, quando a Igreja tinha as mesmas cerimônias e organizações.
Grandes diferenças entre a Igreja do século quando foi proclamado o canone bíblico e a nossa Igreja de hoje não existem. Nesta Igreja, a Bíblia era escrita, interpretada e transmitida adiante, com muitos outros ensinamentos baseados na mesma fé e pregação apostólicas. O principio da Sola Scriptura não existia e não tinah como existir. Os Santos Padres que estabeleceram o canon bíblico foram aceitando e difundindo muitos ensinamentos que não estavam claramente expressos na Bíblia, mas que foram retirados da Santa Tradição, e, mesmo assim, em acordo com a Bíblia:
- O texto e a cerimônia da Sagrada Eucaristia que não são mencionados na Bíblia.
- A tripla imersão no batismo, sugerida na Didaquê, escritura do primeiro século, que, muitas vezes era incluida no canon, sabemos que os protestantes de hoje batisam com uma só imersão, e seria interessante saber de onde tiraram isso.
- A veneração das reliquias, claramente mencionada no século II, vinculada ao martírio de S. Policarpo de Esmirna, discipulo direto de São João Teólogo.
- O sinal da cruz, confirmado no século II.
De onde os protestantes têm a Bíblia? Em que eles estão baseados, quando dizem que um Evangelho pertence a Mateus ou a Marcos? De onde eles sabem que existem 27 livros autênticos no Novo Testamento e não menos ou mais? Nós dizemos que todas essas informações e, às vezes, até a maneira de interpretar as Escrituras, eles plagiaram da Santa Tradição da nossa Igreja.
Daqui derivam outras perguntas: Por que tiraram apenas uma parte da Tradição da Igreja e com base em que critérios eles consideram que, no estabelecimento do Canon bíblico a Tradição da nossa Igreja foi correta e em outras, a mesma Tradição errou? E se esta Igreja errou em alguma coisa, tendo "mancha ou ruga" (Efésios 5, 27), então ela não é mais Igreja e o que Cristo estabeleceu foi derrotado pelo diabo e Cristo era um mentiroso, pois fez falsas profecias (Mateus 16, 18). E se o que Ele criou não foi destruído, então essa Igreja existiu e existe e é a ela que devemos pertencer, porque todas as outras supostas "igrejas" são mentirosas.
Quero detalhar alguns aspectos sobre a relação Escritura-Tradição-Igreja. Depois da descida do Espírito Santo sobre os apóstolos (Atos 2, 1-4), os cristãos perseveraram "na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações." (Atos 2, 42). A atividade de cada apóstolo não era limitada a pregação, porque os apóstolso não espalhavam Bíblais pelo mundo, como os protestantes fazem, mas eles espalhavam a Igreja de Cristo, em toda a sua integridade. "A sabedoria de Deus, de muitos tipos, foi dada a conhecer através da Igreja" (Efésios 3, 10), não através da Bíblia. E a Igreja incluiu e inclui batismo, eucaristia, sacerdócio, pregação e muitas outras coisas das quais, me desculpem, os protestantes, às vezes, nunca ouviram falar.
É claro que uma ênfase especial na missão dos apóstolos era dada a pregação da "palavra de Deus" e esta expressão se refere, em primeiro lugar, a pregação oral. (Atos 6, 2-7; 11,1; 13,7-44; 16, 32; 18, 11). a "Palavra de Deus" mão se referia a palavra escrita (as Escrituras), como os protestantes dizem, considerando apenas a Bíblia como "Palavra de Deus". As Escrituras mostram claramente que a pregação oral era a Palavra de Deus e ela "crescia e se multiplicava" (Atos 12, 21), ou seja, foi passada adiante em formas enriquecidas pela ação do Espírito Santo.
Outro aspecto extremamente importante e crucial na pregação da Palavra de Deus coexiste em que os apóstolos exortavam os seus discípulos a manter e passar adiante o que receberam do Senhor. Aqui aparece a noção de "Tradição", como revelação completa dada a Igreja através dos apóstolos e transmitida adiante sem alterações. Vejam alguns textos bíblicos que falam sobre esse significado da tradição (paradosis) e da necessidade de guardá-la: "Louvo-vos, irmãos, que vos lembreis de mim em todas as coisas, e mantenham as tradições como lhes entreguei. Porque as recebi do Senhor e o que recebi repassei para vós" (1 Coríntios 11, 2-23); "Irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa" (2 Tessalonissenses 2, 15); "Agora, o compando-vos, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos apartei de todo irmão que anda desordenadamente, e não seguindo a Tradição que de nós recebeu" (2 Tessalonisenses 3,6); "Essas coisas, que vós aprendestes, recebestes, ouvistes, e vistes em mim, façam: o Deus da paz estará convosco" (Filipenses 4, 9); Não disse "o que lestes". Vemos que a transmissão da doutrina por meio oral e a retransmissão dela inalterada não era apenas uma alternativa para a palavra escrita, mas, na maioria das vezes, a única maneira de pregar o Evangelho, porque:
1) Cristo não escreveu nada (com exceção de algumas palavras na areia) e não ordenou aos apóstolos que escrevessem alguma coisa.
2) Assim como no Antigo Testamento, até Moisés, ninguém escreveu nada, também os Santos Apóstolos não escreveram nada nos quase 20 anos de pregação e São João escreveu seus cinco livros no final da sua vida, após 60 anos de pregação ora, que representa mais de uma geração. Surge a pergunta: Esse povo sabia que "Deus é amor" (1 João 4, 8)? A Epístola de S. João não estava escrita ainda.
3) Por causa de alguns problemas concretos de algumas comunidades, mas, sobretudo, por causa das heresias daquele tempo. os apóstolos escreveram apenas uma parte da doutrina, sem dizer ou deixar claro que o que eles escreveram continha tudo, mas pelo contrário, claramente mostraram que a atividade e, especialmente, a doutrina de Jesus, diretamente ou através dos apóstolos dada, é muito mais vasta, que "nem mesmo o próprio mundo poderia conter os livros que deveriam ser escritos". Em Atos 20, 35, São Paulo, que não conheceu diretamente a Cristo, apresenta um ensinamento dele que não aparece em nenhum dos quatro evangelhos: "Há mais felicidade em dar do que em receber". Mas o que chama a atenção é que, antes disso, em Atos 20, 31, São Paulo diz que, durante três anos, nunca parou, dia e noite, a exortar os seus apóstolos de Eféso, mas não encontramos na Bíblia o conteúdo dessas pregações sistemáticas durante três anos. E se essas pregações continham centenas de ensinamentos que vieram diretamente de Jesus, mas que não estão escritos no Evangelho, como o versiculo acima? Este caso não é o único, porque também não temos, na Bíblia, o conteúdo da pregação durante um ano e meio, de Corinto (Atos 18, 11), que não é o mesmo que o das duas epístolas aos Coríntios que temos. Certamente, São Paulo disse aos coríntios muito mais sobre a Eucaristia do que ele disse depois, em alguns versículos do capítulo 11, da primeira epístola. Podemos pensar o mesmo sobre a celebração do domingo, sobre o qual, nas epístolas, ele fala apenas um pouco (1 Coríntios 16, 2).
4) Mais do que isso, os apóstolos preferiam falar com os seus discípulos, diretamente, cara a cara, as epístolas sendo apenas uma alternativa para os casos em que a reunião e a conversa direta não eram possíveis. Vejam apenas dois exemplos, ambos a partir do final do século apostólico, em que vemos os apóstolos, mesmo naquela época, preferiam a palavra oral, não a escrita: "Apesar de ter mais coisas que vos escrever, não o quis fazer com papel e tinta, mas espero estar entre vós e conversar de viva voz, para que a vossa alegria seja perfeita." (2 João 1, 12) Se a alegria não era completa, também a graça não era completa, segundo São Paulo. "Tinah muitas coisas para te escrever, mas não quero fazê-lo com tinta e pena. Espero ir ver-te em breve e então falaremos de viva voz." (3 João 1,13-14).
5) Os apóstolos não podiam pretender aos primeiros cristãos ter ou ler a Bíblia, pois isso era técnicamente impossível. Foi apenas nos séculos II e III que as igrejas das cidades grandes começaram a recolher os livros do Novo Testamento adotando também a tradução grega do Antigo Testamento (Septuaginta), mas esse processo de colheita era muito difícil por causa do grande custo dos pergaminhos ou papiro e das grandes distâncias entre as igrejas. que tinham um certo livro herdado dos apóstolos. A possibilidade de algumas pessoas terem uma parte dos livros bíblicos era extremamente reduxida (também a maioria não sabia ler). Se aceitarmos a concepção errada dos protestantes podemos concluir que os primeiros cristãos não podiam ser salvos, já que não liam nem estudavam a Bíblia. E se é assim que aconteceu nos primeiros séculos e mais tarde com a Bíblia, então uma pergunta aparece: Como e de que forma os cristãos recebiam a palavra salvadora? A resposta é muito simples: na Igreja. onde os bispos ordenados e ajudados pelo Espírito Santo (Atos 20, 28) estavam passando de geração em geração o "tesouro" recebido pelos apóstolos (2 Timóteo 1, 13-14).
Essa sucessão apostólica incluía o direito de sacrificar a Eucaristia e o direito de pregar o Evangelho, realidades que nem a Igreja primária, nem depois, foram separadas. Irineu de Lyon, discípulo de S. Policarpo de Esmirna, que foi discípulo de São João, que era o "apóstolo amado" do Senhor, disse: "A nossa fé está de acordo com a Eucaristia". Duas gerações depois de S. João, a fé e a Eucaristia estavam unidas. Assim também são hoje, na nossa Igreja. Não falei sobre a sucessão apostólica gratuitamente, porque, na Igreja, esta sucessão pode ser vista em toda parte e permanentemente. Lógica e teologicamente, está claro que a quebra desta sucessão sacramental e doutrinária significa a separação da Igreja Apostólica, cuja cabeça é Cristo. Ficaríamos felizes em ver esta sucessão no protestantismo também, mas não temos chance. Ao enfatizar o papel da sucessão sacramental, não quero dizer que os leigos não conheciam a "palavra de Deus", mas que a Bíblia era lida e pregada somente na Bíblia; Igreja é a comunhão de cristãos, reunidos em torno da Eucaristia e guiada pelo Espírito Santo, mas também o lugar concreto onde esses livros (que nem todos tinham mas que estavam a disposição de todos) estavam guardados.
O mito que diz que a Igreja proibia os leigos de lerem a Bíblia é uma grande mentira. Os protestantes também desinformam com outro mito: que a Igreja proibia a tradução da Bíblia para os outros povos. Havia a tradução siríaca, nos séculos 4-5, a tradução gótica, no século 9, a tradução eslava, no século 15, a tradução romena. Quando Lutero apareceu na face da Terra, todos o grandes povos antigos tinham a Bíblia traduzida em suas línguas.
Vou fazer algumas especificações sobre a natureza e o conteúdo da Tradição. Por Santa Tradição, entendemos a revelação completa, dada a Igreja, através dos apóstolos e passada adiante inalterada. Então, a Tradição não é um conjunto de ensinamentos ou costumes, mas a "respiração do Espírito Santo na Igreja", presente na doutrina da Igreja, na oração e na vivência dos seus membros. Nós já argumentamos que a Bíblia é apenas [uma parte] desta revelação a sua importância e autoridade não são devidas ao seu conteúdo exaustivo (como dizem os evangélicos, que a Bíblia contém tudo) mas ao fato de a Bíblia ser aquela parte ao fato de a Bíblia ser aquela parte da revelação que foi escrita diretamente pelos apóstolos, testemunhas oculares auditivas do Senhor e em sua base, todos os outros elementos da Tradição podem ser certificados. E por isso que a Bíblia tem autoridade: por ser uma fonte de primeira mão, não porque conteria tudo e fora dela não haveria nada. Então, a Bíblia não e não pode ser considerada auto-suficiente, separada da memória viva da Igreja, que é a Tradição. Tirar a Bíblia do contexto da Tradição Igreja é tirar um versículo do contexto de um livro bíblia. Assim como separar o versículo de um contexto pode levar a perdição, também separar a Bíblia da Tradição leva a perdição. Então, a Bíblia, como ela mesma diz, só pode ser interpretada através da Tradição. Vejam alguns trechos bíblicos sobre isso: "Nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos falaram da parte de Deus conforme eram movidos pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1, 20-21). Então, a Bíblia não se interpreta por si mesma ou em particular, como os protestantes dizem, mas sua interpretação só pode ser feita por "homens santos", "guiados pelo Espírito Santo". Para nós, eles são Santos Padres, que os batistas, Às vezes, plagiam, sem ter a coragem e sinceridade de dizer que certos ensinos pertencem a João Crisóstomo ou a S. Vasilios, mas nem mesmo a eles, mas ao Espírito Santo, que falou, através deles, devido a sucessão herdada dos apóstolos, mas também devido a santidade deles. Até o eunuco da Etiópia reconheceu que não poderia compreender corretamente o texto da Escritura sem guia (Atos 8, 31), especialmente porque, na Bíblia, há "muitas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis torcem, para sua própria perdição" (2 Pedro 3, 16).
A Tradição da Igreja não só nos deu a Bíblia, mas também a chave da sua significação, sem a qual é impossível não errar, atraindo a perda da alma. A Santa Tradição tem os seguintes elementos básicos:
1) A Bíblia, elemento infalível e com máxima autoridade, com base na qual as outras fontes são verificadas.
2) Os antigos símbolos de fé e confissões, incluindo os mártires (Mateus 10, 19-20). Cristo disse que na hora do martírio, não vão ser os cristãos quem falarão, mas o Espírito Santo falará através deles. Isso significa que eles serão revelados. E se os evangelistas foram revelados e são obedecidos, também os mártires devem ser escutados.
3) As decisões canônicas e dogmáticas dos Concílios Locais e Ecumênicos.
4) Os escritos dos Santos Padres, universalmente reconhecidos pela Igreja (por meio do principio "consensum patrum" = os escritos que não contradizem a Escritura e não se contradizem entre si, mas são baseadas no consenso teológico, como obra do Espírito Santo, que falou através deles, com palavras diferentes, mas da mesma forma.
5) Os vestígios liturgicos: ícones, hinografia, etc. Na Igreja primária, existia uma definição simples para os ícones: "A Bíblia dos analfabetos".
Os critérios em base do qual que os elementos 2, 3, 4, 5 são aceitos ou rejeitados na Tradição é o mesmo critério base do qual os livros bíblicos foram aceitos e pregados. Este critério foi formulado no século 4 por São Vicênio de Leryn: "A verdadeira Tradição é o que todas as pessoas acreditaram sempre e em todos os lugares". A ação do Espírito Santo consiste nesta concordância universal no espaço e no tempo, que faz da Tradição uma espécie de filtro, que só aceita o que é útil e em concordância com o ensinamento oral e escrito herdado de Cristo e dos apóstolos, rejeitando todos os escritos contrários a esses ensinamentos.
Esta revelação não é só informação, assim como também a Bíblia não é só informação e nem a Tradição é só informação, mas também espiritu=ação viva do Espírito Santo, na Igreja. O espírito da Tradição precede e dá valor à informação.
1) Através da Tradição, nos é transmitido o espírito apostólico da leitura e interpretação da Bíblia e, apenas depois, aparece a informação (o conteúdo dessas interpretações). Primeiro, foi transmitido o espírito da compreensão e formulação dos dogmas cristãos e, apenas depois, encontramos o conteúdo desses dogmas formulado na Tradição. Em conclusão, a Igreja poderá formular outros dogmas também, se for preciso. E o espírito da compreensão dos dogmas que vai nos manter longe das formulações erradas e contraditórias. Os protestantes, tendo isso em conta, não foram e não são capazes de operar conforme a informação dos dogmas, porque não tem mais o espírito da Tradição dogmática. O espírito e modelo da oração foram transmitidas pelos apóstolos aos seus discípulos e gravitavam em torno da Eucaristia.
Muito antes da oficialização do cristianismo como religião (313) as orações e praticas litúrgicas dos cristãos eram semelhantes e, às vezes, idênticas, como o texto e forma das que vemos hoje, mesmo sem nem existirem na Bíblia. Tudo isso demonstra, mais uma vez, a ação do Espírito Santo na Igreja não somente através da letra da Bíblia mas também através da letra e espirito da Tradição da nossa Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica.
Uau, esse texto é muito grande, e muito cheio de informações, eu gostaria de fazer
ResponderExcluiralguns comentários... antes de começar preciso avisar que sou, como você diria,
"protestante" (embora não eu pessoalmente não goste de nenhum outro rótulo que não
seja o de "cristão").
Sua exposição sobre o valor da tradição foi fascinante, realmente me atentou para
muitas coisas que nunca havia pensado antes. Só creio que houve certa confusão, que
pretendo esclarecer a seguir:
O princípio Sola Scriptura estabelece a Bíblia como documento escrito como única
fonte da doutrina cristã. Isto é certo. Mas não quer dizer que não exista (e que não
se dê valor) à tradição no meio protestante. Há uma diferença [crucial] entre
doutrina e costume. Doutrina é o ensinamento mais fundamental, essencial e imutável.
Dentro da doutrina estão assuntos como Deus, pecado, salvação, etc. etc. Costume é
aquilo que é feito por tradição ou cultura. É importante entender que o costume
nunca pode se contradizer com a doutrina, e também que o costume ou tradição não
pode estar acima da doutrina, pois a tradição vem dos homens, depende do lugar e da
época, mas a doutrina vem de Deus e é imutável.
Os judeus possuíam escritos e tradições orais, mesmo nos tempos de Jesus. Podemos
ver nos evangelhos que Jesus condenava a supervalorização da tradição, em detrimento do não-cumprimento dos escritos (Mc 7, como você mesmo citou). O caso ali não era a existência de tradição, mas a supervalorização a ponto de se colocar acima da doutrina escrita.
Os cristãos primitivos continuavam se orientando pelas escrituras judaicas (podemos ver como São Paulo citava o Velho Testamento em suas epístolas), antes de o cânon neotestamentário ser formado. Ao mesmo tempo, a tradição oral dos apóstolos foi acatada, só que posteriormente ela se tornou parte do cânon e um escrito doutrinário. A partir dali a Revelação Especial divina para o homem estava completa, tendo sido registrada no livro conhecido como Bíblia, que é perfeito e completo, e por ser a Palavra de Deus está infinitamente acima de qualquer outro escrito pelo ser humano.
Isso não quer dizer que a tradição perde completamente o seu valor, quer dizer, exatamente como você disse, que ela não pode contradizer a escritura. E eu acrescento, que não pode se colocar acima, nem mesmo em pé de igualdade, com ela.
O seu argumento para a unidade da fé e da Igreja foi meio sutil:
ResponderExcluir"Tendo isso em conta, é evidente que a verdade da fé não pode ser uma no primeiro século, outra no quarto, outra no século XVI e outra no século XXI. Ela deve ser a mesma até o fim do mundo. Quem admitir que a verdade pode ser mudada está longe da verdade, pois ele está contrariando as Escrituras."
Concordo plenamente. A verdade é a mensagem de Jesus Cristo, de Deus, a Sua Palavra, que é a Bíblia.
"E se a verdade é uma só, também a Igreja só pode ser uma, porque uma cabeça não pode ter vários corpos, uma cabeça tem um só corpo"
Também concordo plenamente. Mas aí está a sutileza do argumento. A Igreja sempre foi uma só, mas a Igreja não é uma instituição em si, e sim um conjunto de pessoas. Isso vem da própria origem do nome "igreja" (que seria "assembléia" ou "congregação", numa tradução livre). A Igreja através dos tempos foi o conjunto de pessoas que se mantiveram fiéis ao nome de Jesus Cristo e à autoridade das Escrituras.
Sobre os pontos que você citou:
- O texto e a cerimônia da Sagrada Eucaristia que não são mencionados na Bíblia.
Eu não sei de que texto você está falando (sinceramente, nunca fui em uma Igreja Católica, mas foi por falta de oportunidade, tenho curiosidade de ir). Mas em igrejas que já freqeuntei, o texto usado na cerimônia da Ceia geralmente é o de Jesus no evangelho ou o de Paulo em 1ª Coríntios.
- A tripla imersão no batismo, sugerida na Didaquê, escritura do primeiro século, que, muitas vezes era incluida no canon, sabemos que os protestantes de hoje batisam com uma só imersão, e seria interessante saber de onde tiraram isso.
Bom, aí que está, o Didaquê é um texto conhecido como tradição. Portanto seus escritos não possuem valor doutrinário (não quer dizer que sejam errados, mas não é obrigatório). Na Bíblia não há mandamento de como se deve batizar (exceto que seja em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, que seja mergulhado em água e que é pré-requisito que a pessoa creia e se arrependa de seus pecados). Portanto, fora esses detalhes, o resto é "resto".
- A veneração das reliquias, claramente mencionada no século II, vinculada ao martírio de S. Policarpo de Esmirna, discipulo direto de São João Teólogo.
Bom, ele fazendo isso entrou em contradição com as Escrituras. Azar de quem acreditou nele.
- Sinal da cruz: ótimo, mas é uma tradição, não uma doutrina. Além disso, já ouvi falar de estudos que associam o sinal da cruz com sincretismo religioso e cultos pagãos. Por isso fico com um pé atrás com essas coisas...
Há muito mais o que comentar sobre o seu texto, mas infelizmente o tempo não me permite agora. Espero poder aparecer mais por aqui para que a gente troque algumas ideias... ah sim, me desculpe sinceramente se fui ofensivo em algum ponto, eu costumo revisar o meu texto para filtrar possíveis inconveniências, mas agora não dá tempo.
Abraços, Paz de Cristo.
É um prazer iniciar essa conversa com você.
ResponderExcluirNa realidade esse texto não é meu. Tenho alguns textos sobre o assunto, inclusive de um "livro" que fiz relatando os principais motivos de ter deixado de ser protestante. O texto é de um padre ortodoxo que digitei do video na postagem anterior a essa.
Tenho que discordar de você que a Tradição seja costume apenas. Sim, costumes fazem parte da Tradição. Mas "Tradição Apóstolica", no sentido pleno, é o que os apostolos repassaram oralmente para os cristãos, e estes têm guardado. Assim, nos textos primitivos observamos a Tradição Apostolica Oral, quando esta não contradiz as Escrituras. Como diz no video, quanto mais antigo, e quanto mais universal for, é Tradição Apostolica.
E sim, Jesus condenou tradições humanas. Mas como você disse, ele condenava quando estas contradiziam a Palavra. No entanto os apóstolos, que aprenderam de Jesus, falaram de uma Tradição diferente. Não aquela que é humana, mas aquela que é passada à Igreja.
Vejo que para continuar, temos que analisar mais ainda a abrangencia das Escrituras. Pois discordo da suficiencia da forma que você disse. Não concordo, e pretendo demonstrar isso, que nas Escrituras está toda a revelação e tradição apostólica, nem que ela deve ser nossa única regra de fé ou que é suficiente para tudo que o cristão precisa. Isso seria entrar em contradição em si mesmo e com as proprias Escrituras.
Mas vamos com calma nesse assunto. Se não podemos acabar saturando. Por isso, primeiro vou responder o que você colocou e depois de sua resposta, vamos tratar detalhadamente do assunto do zero. Acho que assim é melhor para não tomar muito nosso tempo, nem se tornar algo cansativo.
<<-- "Também concordo plenamente. Mas aí está a sutileza do argumento. A Igreja sempre foi uma só, mas a Igreja não é uma instituição em si, e sim um conjunto de pessoas. Isso vem da própria origem do nome "igreja" (que seria "assembléia" ou "congregação", numa tradução livre). A Igreja através dos tempos foi o conjunto de pessoas que se mantiveram fiéis ao nome de Jesus Cristo e à autoridade das Escrituras" -->>
ResponderExcluir- Tenho que discordar de você. A Igreja sim sempre teve algums Escrituras como inspiradas, no caso das Escrituras do Antigo Testamento, no entanto eles passaram a ter essas escrituras junto com a interpretação dada por Jesus e o Espírito Santo aos apóstolos. Daí surgiu a Tradição apostólica, de cristãos que se reuniam em torno da comunhão (Eucaristia, Santa Ceita, a depender do que a pessoa costuma chamar a instituição feita por Jesus), e não em torno da Bíblia, que sequer existia na época como temos hoje.
Eles possuiam um livro ou outro, enviado por apóstolos, e passaram a ter como inspirados, mas não como "unica regra de fé" muito menos passaram a ter a Igreja como o conjunto de pessoas que se mantiveram sob a autoridade das Escrituras, da forma que é ensinada por muitos protestantes. Com o passar do tempo, aí sim foi formado o canon, com um objetivo especifico, não o de ser o objeto do qual a Igreja teria como unica regra de fé.
<<- "Eu não sei de que texto você está falando (sinceramente, nunca fui em uma Igreja Católica, mas foi por falta de oportunidade, tenho curiosidade de ir). Mas em igrejas que já freqeuntei, o texto usado na cerimônia da Ceia geralmente é o de Jesus no evangelho ou o de Paulo em 1ª Coríntios." ->>
Se não me engano, esse padre ortodoxo se refere à liturgia. Parte dela está no texto de Corintios que você citou, mas a liturgia não era somente essa. Posso estar enganado sobre essa referencia dele, foi o que entendi. Vou chamar um amigo ortodoxo para ver se ele pode explicar isso.
<<- "Bom, aí que está, o Didaquê é um texto conhecido como tradição. Portanto seus escritos não possuem valor doutrinário (não quer dizer que sejam errados, mas não é obrigatório). Na Bíblia não há mandamento de como se deve batizar (exceto que seja em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, que seja mergulhado em água e que é pré-requisito que a pessoa creia e se arrependa de seus pecados). Portanto, fora esses detalhes, o resto é "resto"." ->>
Aí está a questão. A Bíblia não relata isso, mas os cristãos desde o inicio (não só pela referencia da Didaquê) batizavam dessa forma. Então, apesar da estrutura dos evangelhos revelar a "formula batismal" ela não relata a forma em que essa formula deve ser feita. No entanto esses cristãos receberam de quem? Eles não tinham escrituras para interpretar, eles tinham toda a fé revelada oralmente pelos apóstolos. A maioria dessas comunidades cristãs só passaram a ter escrituras séculos depois, mas ainda assim as tinham em conjunto com a Tradição Oral. Mas eles aprenderam tanto a formula quanto a forma de batismo por meio de quem? Por meio do bispo instruido. Esse bispo aprendeu de outro que aprendeu dos apóstolos. No caso da Didaquê, o mais provável é que tenham aprendido diretamente dos apostolos, por conta da época. Ou seja, é um costume [diretamente] ligado aos apóstolos, sendo que o costume protestante foi uma novidade que não é diretamente ligada aos apóstolos. Daí a pergunta de "onde eles tiraram isso".
<<- "Bom, ele fazendo isso entrou em contradição com as Escrituras. Azar de quem acreditou nele." ->>
ResponderExcluirNão, não entrou em contradição com as Escrituras. Na verdade, como disse, a "Sola Scriptura" que é uma contradição (ainda não estou a tentar demonstrar isso)
<<-- "Sinal da cruz: ótimo, mas é uma tradição, não uma doutrina. Além disso, já ouvi falar de estudos que associam o sinal da cruz com sincretismo religioso e cultos pagãos. Por isso fico com um pé atrás com essas coisas..." ->>
Não tem como ser sincretismo. A cruz é diretamente ligada ao cristianismo, sendo loucura para os pagãos.
<<- "-Há muito mais o que comentar sobre o seu texto, mas infelizmente o tempo não me permite agora. Espero poder aparecer mais por aqui para que a gente troque algumas ideias... ah sim, me desculpe sinceramente se fui ofensivo em algum ponto, eu costumo revisar o meu texto para filtrar possíveis inconveniências, mas agora não dá tempo." ->>
Não se preocupe quanto a isso. De forma alguma você foi ofensivo, muito pelo contrário. Sempre gosto de conversar com pessoas como você. Espero que mantenhamos esse nivel. Também não revisei o que escrevi, mas espero que não tenha dado nenhuma impressão de ofensa.
Então, acho que é melhor primeiro chegar a uma resposta comum na primeiras premissas:
- As Escrituras são suficientes para tudo que o Cristão precisa ou não?
- Qual foi o objetivo de serem escritas?
- O que é Tradição, e qual o seu valor?
Vamos fazer isso ponto por ponto, começando pela questão da suficiencia das Escrituras. Assim vou esperar que escreva o tem a dizer sobre o item..
Abraços e paz!
Olá, meu caro irmão!
ResponderExcluirTive oportunidade de ler o seu testemunho a respeito de sua conversão a única e verdadeira Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo,no Veritatis Splendor. Achei brilhante a parábola do castelo e do Rei... É muito bom saber que Deus, em sua infinita misericórdia chama à todos a conhecerem a verdade, e permitiu que você a encontrasse... Que Ele tome conta de você e de toda a sua família e que os santos, que não cessam de interceder por nós na presença Dele, roguem por vocês.
Como você bem explicou em seu testemunho, o Rei disse:
"Quem vos ouve, ouve a mim."
"Toda a autoridade foi me dada nos céus e na Terra. Ide, pois, e anunciai a todas as nações. Batizai-as em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos pescrevi. Eis que estou convosco, todos os dias, até o fim do mundo"
"A fé vem pelos ouvidos." Rm. 10,17
"Rogo-vos, irmãos, que desconfieis daqueles que causam divisões e escândalos, apartando-se da doutrina que recebestes. Evitai-os! Esses tais não servem a Cristo nosso Senhor, mas ao próprio ventre. E com palavras adocicadas e linguagem lisonjeira enganam os corações simples. A vossa obediência se tornou notória em toda parte, razão por que eu me alegro a vosso respeito. Mas quero que sejais prudentes no tocante ao bem, e simples no tocante ao mal. O Deus da paz em breve não tardará a esmagar Satanás debaixo dos vossos pés. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo esteja convosco!" Rm. 16;16-20
"Todavia, se eu tardar, quero que saibas como deves portar-te na casa de Deus, que é a Igreja de Deus vivo, coluna e sustentáculo da verdade."I Tim. 3; 15
E etc. etc. etc.
Assim como a Sagrada Tradição garante as Sagradas Escrituras, as Sagradas Escrituras garantem a Sagrada Tradição...
Fique na Santa Paz!
Obrigado pelo comentário, Helder.
ResponderExcluirNesses momentos é sempre bom contar com o apoio dos irmãos, principalmente os momentos em que a fé e a esperança parecem vacilar.
Um grande abraço!
Parabéns, Jonadabe! Faço minhas as sapientíssimas palavras do Helder! Que o Espírito Santo pela intercessão da Santíssima Virgem te conceda graças ainda maiores e que o teu Anjo da Guarda te guarde nessa fé e caridade!
ResponderExcluirDeus te abençõe irmão!
Sivaldo
Amem. =)
ResponderExcluirConfesso que fiquei impressionado com seu blog, parabéns pelo excelente trabalho, eu também sou um ex-protestante, na verdade me considero um pós-evangélico, vejo nossa mudança mais como uma evolução intelectual e espiritual do que uma conversão, eu também criei um blog mas desabilitei os comentários, no momento não tenho ânimo para debater com protestantes, mas admiro sua disposição em
ResponderExcluir"estar sempre preparado para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós" 1 Pedro 3:15
Um abraço!
Gratia Domini Iesu Christi cum spiritu vestro.
Obrigado pelo comentário.
ResponderExcluirE realmente, também considero como outra parte (uma melhor parte) de um caminho do qual sempre fiz parte.
Seu blog também é muito bom, mas não encontrei a parte para segui-lo. (talvez tenha sido por causa da internet aqui, que está lenta)
Abraços!