terça-feira, 6 de setembro de 2011

Prova bíblica para o culto de Deus através de uma imagem.

Por Dave Amstrong

Às vezes perdemos coisas na Bíblia, embora elas estejam bem na nossa frente. Alguns de nossos irmãos protestantes (principalmente os calvinistas, mas algumas outras denominações também) têm medo quase obsessivo de qualquer imagem associada com a adoração em tudo, pensando que todas as manifestações são exemplos de idolatria e exaltação indevida a “imagem de escultura”. Isto levou alguns elementos fanáticos a se opor até mesmo por crucifixos e estátuas de Cristo como ídolos. Em outras palavras, todas as imagens desabaram como “imagem de escultura” nos Dez Mandamentos, por conta dessa mentalidade equivocada. Mas a Bíblia não toma esse ponto de vista. Aqui está um exemplo impressionante:

E acontecia que, saindo Moisés à tenda, todo o povo se levantava, e cada um ficava em pé à porta da sua tenda; e olhava para Moisés pelas costas, até ele entrar na tenda. E sucedia que, entrando Moisés na tenda, descia a coluna de nuvem, e punha-se à porta da tenda; e o SENHOR falava com Moisés. E, vendo todo o povo a coluna de nuvem que estava à porta da tenda, todo o povo se levantava e cada um, à porta da sua tenda, adorava.

É também uma manifestação sobrenatural, que é uma grande diferença com qualquer ídolo verdadeiro feito por mãos de homens, mas que não faria nenhuma diferença para aqueles que equivocadamente sustentam que é inadmissível que Deus seja associado a qualquer imagem. O problema surge quando o próprio Deus expressamente sanciona tais imagens e a adoração em conjunto com elas, como aqui. Os iconoclastas (opositores de imagens) têm que explicar coisas como a sarça ardente (Ex 3,2-6), que não é somente fogo, mas também chamada de “anjo do Senhor” (Ex 3,2), “Deus” (3:4,6,11,13-16,18, 4:5, 7-8) e “O Senhor” (3:7, 16,18, 4:2, 4-6, 10-11, 14) alternadamente. Um anjo é uma criação (como também é o fogo e a nuvem), porém, Deus escolheu usar um ser criado e objetos inanimados para representá-lo de forma visível. Vários casos semelhantes ocorrem no Velho Testamento.

Original: http://socrates58.blogspot.com/2011/06/biblical-evidence-for-worship-of-god.html

Comentários do blog:

Apesar da questão das imagens ser pequena, pois talvez seja a objeção mais ridícula feita a Igreja Católica, ela é a que é mais usada. Motivo? Suspeito que os principais são uma falta de entendimento do que as Sagradas Escrituras ensinam, bem como do conceito de imagens, ídolos, ícones, idolatria e veneração. Muitas pessoas sabem que segundo as Escrituras não há condenação para o uso de imagens, no entanto ainda não são a favor, e o principal motivo para isso é que foi colocado em suas mentes uma associação para o mal em relação as imagens. Tanto é que o mais comum é chamarem "Imagens de Escultura" mesmo fotos, que claramente não são escultura. Ou seja, por tanto afirmarem isso e colocarem em suas mentes (um tipo de lavagem cerebral), qualquer imagem é vista [emocionalmente] como algo ruim. Não pelo seu intelecto, pois admitem racionalmente que o uso de imagens não é idolatria.

Se você conversar com qualquer evangélico sobre a Igreja Católica, é muito provável que seja o primeiro assunto a ser tocado. Para muitos, é a única objeção à Igreja, pois se não existissem imagens, ela seria como as evangélicas! Ora, há muito mais diferenças.

Assim, peço aos evangélicos que ainda continuam a criticar o uso de imagens, bem como a veneração de Santos e sua intercessão (que são coisas diferentes), que deixem de lado essa associação ao que é ruim. Não faz sentido continuar em um conjunto de grupos (protestantismo) em que suas objeções à Igreja Católica são falsas.


Deus estava sendo representado por essa coluna de nuvem. Eles não adoravam a coluna de nuvem, mas a Deus representado por ela, uma imagem feita pelo próprio Deus. Assim somo nós católicos. Também não veneramos a imagem (veja a mudança de termo, pois "venerar" não é "adorar"), pois ela em si não é nada, e sim a pessoa representada pela imagem.


Antes que venham postar dizendo que não é proibido usar imagens, mas se ajoelhar, ou venerar santos, leiam esses textos::

- Imagens, outras perspectivas.
- Católicos são idólatras, porque quero, porque quero e porque quero!
- As catacumbas.

Ainda há vários outros textos bíblicos sobre o uso de imagens, veneração de santos e consciência pós-morte. Sempre diferenciando o uso de imagens, de venerar, e de se pedir intercessão.

Quanto mais vejo certas objeções à Igreja Católica, mais percebo que os protestantismos não faz sentido.

Ps: Comentários ad hominem não serão aceitos.

14 comentários:

  1. Como comparar a manifestação da nuvem com adoração a imagens? Isto é totalmente nonsense, uma coisa não tem a mínima relação com a outra. A nuvem não é uma imagem construída por mãos de homens, como o próprio artigo disse, assim como a sarça ardente também não é. Se todas as imagens nas igrejas católicas fossem construídas sobrenaturalmente pelo próprio Deus, eu não teria do que reclamar... mas na Bíblia não há caso de imagem construída por homens adorada com a aprovação de Deus.

    Quanto ao anjo do Senhor, acho que todos os teólogos protestantes concordam que não era um anjo comum, exatamente por se permitir ser adorado. Poderia ser uma manifestação do próprio Jesus, antes de vir à Terra. Afinal, a palavra "anjo" não denota necessariamente um ser criado, pois significa apenas mensageiro. E, se pensarmos bem, Jesus foi um mensageiro quando veio à Terra (além é claro, de Salvador e tantas outras coisas)...

    Abraços, Paz de Cristo.

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  2. É óbvio que uma manifestação como essa não é mesma coisa que [adoração] a imagens.

    Nós também discordamos da adoração feita a imagens, é só ler os textos indicados. É falsa a acusação de que a Igreja Católica ensina adoração de imagens.

    A questão tratada aqui é que Deus se utilizou de meios visíveis, e as pessoas, através desses meios visíveis, prestaram adoração a Deus.

    E se Deus fez uso de imagens, então não há problema no uso de imagens. Já que é uma fala muito batida por alguns protestantes.

    Quanto as imagens católicas, elas também são um meio, não de adoração aos santos, mas de representação de alguém. Apenas representação.

    O fato da nuvem e imagem serem [representações] não significa que o objetivo de ambas são iguais, isso porque a Nuvem foi usada com o [objetivo] de adorar a Deus, e as imagens católicas não são feitas com o objetivo de serem adoradas, muito menos de adorar a quem elas representam.

    Então, se diferenciar o objetivo, não há o mínimo de sentido nas criticas à Igreja pelo uso de imagens e de veneração dos santos. E isso é dito nos textos tratados.

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    1. "Não há nenhum sentido nas crítica ìgreja pelo uso de imagens e VENERAÇÃO(grifo)dos santos"

      Primeiramente, deixe-me mostrar o que significa Veneração :

      Culto; respeito profundo; preito; estima.

      Sinônimos: venerado adorado santificar adorar reverenciar acatamento atenção consideração cortesia deferência preito.

      Sua explicação é falsa em si mesmo.Ela nem mesmo se sustenta.

      Ou seja,sustentar a hipótese de ser uma representação, chega a ser de um tom jocoso.

      Até porque o culto católico é muito mais conhecido pelo Marianismo do que pelo Cristianismo.

      Deixe lhe mostrar também que os "Santos" são uma clara e evidente de adoração pagã.Uma vez que é possível identificá-los em vários outros momentos da história.Temos as especialidades : Casamenteiro,o das causas perdidas,da colheita,o da proteçao.Enfim,esse tipo de assimilação Romana ao cristianismo é uma arma poderosa utilizada desde sempre,podemos chamar de Sincretismo religioso.Acho que você precisa diferenciar Ordenância Bíblica de Adoração religiosa.

      A propósito a tão falada Serpente de metal que Deus mandou Moisés construir não foi para adoração,porque no momento que ela foi adorada ...olha o que aconteceu :

      Ele tirou os altos, quebrou as estátuas, deitou abaixo os bosques, e fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera; porquanto até aquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso, e lhe chamaram Neustã (2 Rs 18.4).

      Eu não consigo ver esse tipo de catolicismo,que você diz existir.No fim, Existe apenas um caminho. Jesus Cristo.O outros caminhos,são atalhos que saem do nada e levam a lugar nenhum.

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    2. Caro Faé,

      Esse uso do dicionário é sem sentido e perigoso.

      No dicionário "honrar" é sinônimo de "venerar".

      Se você de fato levar o dicionário como fonte para estudo da Bíblia (e não como mero auxiliar limitado para entender alguns pontos da lingua portuguesa) você deverá então concluir que Deus mandou adorar os pais. O que é sem sentido.

      Mas isso você não precisaria responder caso tivesse lido os outros textos indicados, que já tratam dessa objeção tosca.

      Fora isso, se há certo tipo de similaridade não significa necessariamente que não há santos. Algumas coisas similares surgem por origens diferentes. Você está fazendo algo parecido com os que tentam provar que Jesus nunca existiu.

      Quanto a serpente, ela é só uma prova de que uma imagem, se usada da forma certa, não há problema. O problema é apenas usar da forma errada. Mas isso você também não precisaria escrever, caso tivesse lido os artigos indicados.

      Você não conhece o coração dos católicos para poder afirmar isso. Então, por favor, ponha-se no seu lugar.

      E sobre não conseguir ver o tipo de catolicismo que digo existir, só tenho a lamentar. Algumas pessoas só conseguem ver o que querem ver.

      E antes de responder, seria bom que lesse os outros textos. Não aceitarei comentários com objeções já repetidas.

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  3. Ótimo. Sabe, se pelo menos essa explicação linda funcionasse na prática, eu nem falaria mais nada, mas infelizmente, muitos católicos, inclusive que eu conheço, fazem algo com as imagens que eu não poderia chamar de outra coisa senão adoração... ou melhor, idolatria (note que não estou generalizando). Isto realmente me preocupa.

    O conceito bíblico para idolatria é bem mais do que um culto explícito a imagens; como se nota em 1 Co 10.7, Ex 32.6 e Cl 3.5. Dar a qualquer coisa a maior importância do que deveria ser dado à esta (muitas vezes a ponto de dar mais importância a isto do que a Deus) é idolatria. Vejo católicos sinceros fazerem orações a santos, às vezes achando ser isto preferível do que orar a Jesus (e por vezes nem considerando esta última possibilidade)... às vezes acham que por ser a "especialidade" do santo, vai ser mais eficaz ou sei lá... tento exortar estes irmãos a orar a Jesus, nosso perfeito Mediador entre Deus e nós, segundo 1 Tm 2.5.

    Abraços, Paz de Cristo.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Infelizmente isso acontece muito, e principalmente aqui na Bahia.

    Graças a Deus tive a oportunidade de conhecer católicos sérios. E posso te dizer que poucos dos que conheço desconhecem a doutrina Católica.

    O problema é que o catolicismo acabou se tornando cultural demais. Conheço pessoas que se denominam católicas, mas não conhecem praticamente nada da Igreja, e confundem muita coisa.

    Isso piorou depois do Concílio Vaticano II (que não sou a favor), gostem os católicos neoconservadores ou não.

    Apaguei o comentário acima porque esqueci de um grande detalhe:

    Abraços e paz!

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  6. E acredito que você possa se interessar por esses blogs

    http://patristicabrasil.blogspot.com/, história e patrística da igreja do século I ao VIII, todo em português.

    http://iconografiascristas.blogspot.com/, Ícones antigos da igreja.

    http://angelusexverum.blogspot.com, que pretende comprovar verdades da Igreja a partir de achados arqueológicos.

    Também sou e residuo em Feira de Santana.

    A paz do Senhor

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  7. Jonadabe,

    Saudações!

    Assim como você eu também saí do fundamentalismo protestante, quando você diz "Isso piorou depois do Concílio Vaticano II (que não sou a favor)" me preocupa o perigo de você cair num dos tipos de fundamentalismo católico, dentre eles o tradicionalismo e o sedevacantismo, lembre-se que a autoridade máxima na Igreja não é o papa, mas sim os concílios ecumênicos, você ser contra o CVII é pior do que ser contra o santo padre.

    A Igreja também tem inimigos internos, são mais nocivos do que os protestantes, são de extrema-direita e se chamam tradicionalistas e sedevacantistas.

    Reflita e pesquise sobre o assunto, ainda quero ver um artigo teu sobre essa questão.

    Paz e bem!

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  8. Alexandre, como vai?

    Bom, não sou contra os concílios ecumênicos. A questão seria: esse concílio possui as características dos concílios ecumênicos?

    Um grande abraço!

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  9. O Catecismo da Igreja ensina:

    883. «O colégio ou corpo episcopal não tem autoridade a não ser em união com o pontífice romano [...] como sua cabeça». Como tal, este colégio é «também sujeito do poder supremo e pleno sobre toda a Igreja, poder que, no entanto, só pode ser exercido com o consentimento do pontífice romano» (410).

    884. «O colégio dos bispos exerce de modo solene o poder sobre toda a Igreja no concílio ecuménico» (411). Mas «não há concilio ecuménico se não for, como tal, confirmado, ou pelo menos aceite, pelo sucessor de Pedro» (412).

    885. «Pela sua múltipla composição, este colégio exprime a variedade e a universalidade do povo de Deus: enquanto reunido sob uma só cabeça, revela a unidade do rebanho de Cristo» (413).


    A característica mais importante de um concílio é a confirmação ou pelo menos o reconhecimento do Sucessor de Pedro, o papa.

    Da mesma forma os bispos não tem autoridade a não ser no colégio apostólico, se um bispo ensina algo que os demais não ensinam então tal bispo não tem autoridade, se um bispo nega o Concílio Vaticano II ele nega o que o colégio apostólico ensina, não vejo outra saída para tal bispo senão a excomunhão.

    Paz e bem!

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  10. O concílio é mais que isso meu amigo, se quiser poderemos tratar sobre esse assunto por e-mail.

    Me passa o seu por comentário.

    É bom que entramos em contato sobre outros assuntos também.

    Abraços!

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  11. ''E acontecia que, saindo Moisés à tenda, todo o povo se levantava, e cada um ficava em pé à porta da sua tenda; e olhava para Moisés pelas costas, até ele entrar na tenda. E sucedia que, entrando Moisés na tenda, descia a coluna de nuvem, e punha-se à porta da tenda; e o SENHOR falava com Moisés. E, vendo todo o povo a coluna de nuvem que estava à porta da tenda, todo o povo se levantava e cada um, à porta da sua tenda, adorava.''

    Citando esta passagem aí, assim como a da sarça ardente pra respaldar a legalidade da adoração e o louvor a ser dado a YHWH mediante o intermédio de um símbolo, vc ta forçando um significado que não consta no versículo.

    Sinceramente o problema aqui acho que é de português, me perdoe a franqueza.

    A nuvem desceu, mas o versículo não diz que eles DIRECIONARAM A ADORAÇÃO A PRÓPRIA coluna de NUVEM COMO SENDO DEUS. O versículo diz apenas que quando a coluna de nuvem PAROU na frente da tenda que moisés tinha entrado, o povo que estava na porta de suas próprias tendas perceberam que a nuvem era apenas um INDICATIVO da presença do próprio Deus e não um INTERMÉDIO que pudesse ser utilizado para adorar o próprio Deus.

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  12. Me desculpe, Leony, mas onde o texto diz que "eles DIRECIONARAM A ADORAÇÃO A PRÓPRIA coluna de NUVEM COMO SENDO DEUS"? Em nenhum lugar.

    O texto está falando exatamente que Deus se utilizou de um meio (um indicativo, nas suas palavras), mas não que esse meio era tido como Deus.

    Mas parece que você sequer leu o que escrevi, pois eu disse exatamente isso: << Deus estava sendo representado por essa coluna de nuvem. ELES NÃO ADORAVAM A COLUNA DE NUVEM, MAS A DEUS [REPRESENTADO] POR ELA, uma imagem feita pelo próprio Deus. Assim somo nós católicos. Também não veneramos a imagem (veja a mudança de termo, pois "venerar" não é "adorar"), pois ela em si não é nada, e sim a pessoa representada pela imagem. >>

    Fora isso, você mesmo admite que Deus utilizou um indicativo visual para sua presença.

    O único problema foi que provavelmente não leu o que escrevi, muito menos entendeu o que o Dave Armstrong quis dizer.

    Talvez seja porque ache que somos idiotas o suficiente a ponto de confundir uma coisa simples e que, por isso, não precisa se dar o trabalho de ler o que o é escrito.

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