quarta-feira, 17 de novembro de 2010

As catacumbas

Ralfh O Muncasterf

Qualquer pessoa que visite Roma hoje pode ver as catacumbas, onde os primeiros cristãos enterraram os seus mortos, fora da cidade de Roma. As covas das catacumbas são um testemunho espantoso da grande quantidade de mártires cristãos que deram a vida por anunciar o evangelho de Jesus, no princípio da igreja. Dezenas de milhares de cristãos antigos foram sepultados em mais de 60 labirintos subterrâneos, onde túmulos individuais e criptas familiares foram lavrados em estreitas passagens de rochas. (Cinco das catacumbas estão atualmente abertas ao público.) Centenas de quilômetros de túneis estão conectados por grandes acres de terra - como os fios de uma teia de aranha. Em alguns casos há muitos níveis de passagens para economizar espaço, que era muito limitado para os cristãos durante a época da perseguição.

Contrariando a crença popular, as catacumbas não eram usados como escondeirijos durante a perseguição; no entanto, às vezes eram usadas como locais de refúgio para a celebração da Ceia do Senhor.

De pé em uma das "áreas de adoração" abertas, ou mesmo em uma grande "cripta familiar", um visitante não pode deixar de sentir o espírito e o poderoso compromisso com Jesus em uma época tão próxima de sua crucificação, quanto as pessoas teriam evidências fortes e diretas de sua ressurreição. As evidências da fé em Jesus Cristo em seus primeiros anos estão por toda parte. Os símbolos predominantes em todas as catacumbas são:

+ O Bom Pastor - um pastor com um cordeiro em torno de seu pescoço, que simbolizava Cristo e as almas que Ele estava salvando, encontrados em afrescos, em sarcófagos, e nos revestimentos dos túmulos.

+ O suplicante - a figura de uma pessoa em oração, com os braços abertos, simbolizando a alma dos mortos vivendo eternamente em paz.

+ O monograma de Cristo - as letras gregas chi e rho, que representavam as duas primeiras letras de "Cristo", indicando que um cristão foi sepultado ali;

+ O peixe - as letras gregas "IXTHYS", que colocadas verticalmente, formavam um acróstico que significava "Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador";

+ A pomba levando um ramo de oliveira - simbolizando a alma alvançando a paz divina;

+ As letras gregas alfa e ômega - representando Cristo como o princípio e o fim.

Os milhares de mártires nas catacumbas são frequentemente identificados pela abreviatura grega "MPT" (que significa mártir).

Em fevereiro de 313, Constantino acabou com a perseguição aos cristãos. No entanto, as catacumbas continuaram a ser usadas como um cemitério até o século seguinte. A igreja acabou voltando à prática de sepultar os mortos acima do nível da terra. Com o passar do tempo, as pessoas esqueceram das catacumbas, e uma vegetação espessa cresceu nas entradas, ocultando-as de vista. Somente no final dos anos de 1500 é que Antônio Bósio (1575 0 1629) iiniciou a busca e exploração científica das antigas catacumbas. O mais importante é a evidência irrefutavel que as catacumbas nos proporcionam hoje, de que os primeiros cristãos se mantiveram fiéis à verdade ensinada pelo Senhor Jesus.

As pessoas que viveram perto da época da ressurreição de Jesus tinham a grande habilidade de julgar a veracidade da exatidão histórica dos eventos. Muitos acreditavam, sem nenhuma sombra de dúvida, que Jesus Cristo havia ressuscitado dos mortos. E os primeiros cristãos - que viveram tão perto da época de Jesus e estavam em uma boa posição para conhecer as testemunhas - escolheram honrar a Jesus e morreram por anunciar o evangelho, em vez de se curvarem diante de algum outro "deus". Evidências históricas e arqueológicas apóiam o amplo martírio que eles sofreram. O fato de tantos cristãos terem morrido no início de sua fé para contar a história traz uma credibilidade especialmente forte que permite a verificação de que a crucificação e a ressurreição de Jesus são absolutamente verdadeiras.

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