quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O inferno não é arbitrariamente imposto aos condenados

Peter Kreeft

Alguns subtenderam que o inferno é imposto aos perdidos contra a vontade deles. Mas essa idéia seria contrária à razão fundamental da existência do inferno: nossa livre escolha e o respeito de Deus por ela.

Os condenados não se alegrarão no inferno, mas mesmo assim eles o escolhem, ao preferirem o egoismo, em vez do amor; o eu, em vez de Deus; o pecado, em vez do arrependimento [e do perdão divino]. Não pode haver céu sem amor doado. A coisa que os perdidos desejam - a felicidade nos seus próprios termos egoístas - é impossível até para Deus conceder. Ela não existe. Não pode existir.

Se o inferno é escolhido livremente pelos pecadores, então o problema see torna não a conciliação entre o inferno e o amor de Deus, mas a condição entre o inferno e a sanidade mental humana. Quem, em sã consciência, preferiria o inferno ao céu? Contudo, todos nós fazemos isso vez ou outra ao pecarmos, pois todo pecado reflete a nossa preferência pelo inferno.

Os céticos objetam dizendo que não é possível escolhermos livremente o inferno ao céu; só loucos fariam isso. Os cristãos respondem que isso é precisamente o que o pecado é: loucura. uma recusa deliberada do júbilo e da verdade.

Talvez o ensino mais chocante do cristianismo não seja o da doutrina do inferno, mas a doutrina do pecado, pois significa que a humanidade está espiritualmente insana [ao ponto de continuar em sua marcha para o inferno, sem atentar para a salvação em Cristo oferecida por Deus]

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