Esse é um diálogo fictício criado por Dave Amstrong e “traduzido” por mim. Ainda não sei inglês o suficiente para fazer uma boa tradução, e tenho feito algumas como forma de praticar pelo menos a leitura. Ainda falta muito para que eu faça leituras e traduções sem dificuldade e sem apelar o tempo todo a um dicionário, mas mesmo com certa dificuldade estarei disponibilizando algumas pequenas traduções. Espero que façam bom proveito. Originalmente os personagens se chamavam “Zeke” (Protestante) e "Cathy” (Católica), mas resolvi trocar para nomes mais familiares aos brasileiros.
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João Flavio: Alexandre, por que os católicos batizam bebês? É sem sentido, pois eles não sabem o que está acontecendo e não podem arrepender-se, segundo Atos 2:38 e Marcos 6:16.
Alexandre: Mas onde está proibido na Bíblia especificamente o batismo de bebês?
João Flavio: Bem... Eu acho que não diz isso, mas...
Alexandre: Mas você não segue apenas o que é ensinado claramente nas páginas das Escrituras?
João Flavio: É a conclusão que vem a partir de idéias claras na Escritura. Por isso é uma doutrina bíblica.
Alexandre: Essa é uma grande diferença! Agora estamos no mesmo barco, já que a Bíblia não ensina explicitamente sobre o batismo de crianças. Devemos fazer inferências. Os católicos observam que lá existem muitas indicações de nossa visão.
João Flavio: Onde? Eu nunca vi nenhuma em 17 anos de convertido.
Alexandre: Em Atos 16:15, 33; 18:8 (cf. 11:14), e 1Corintios 1:16 afirma-se um indivíduo e sua “casa inteira” foram batizados. E seria difícil, para não dizer impossível, não haver nenhuma criança. Paulo em Colossenses 2:11-13 faz conexão entre o batismo e a circuncisão. Israel era a igreja antes de Cristo (Atos 7:38, Romanos 9:4). Circuncisão, dada ao oitavo dia, foi o selo do pacto com Deus feito a Abraão, que também se aplica a nós (Gálatas 3:14,29). Ela era o sinal de arrependimento e fé futura (Romanos 4:11). Crianças eram parte do pacto tanto quanto os adultos (Genesis 17:7, Deuteronômio 29:10-12, cf. Mateus 19:14). Da mesma forma, o batismo é o selo do Novo Testamento em Cristo. Ela significa a purificação do pecado, precisamente o que a circuncisão fez (Deuteronômio 10:16, 30:6, Jeremias 4:4, 9:25, Romanos 2:28-9, Filipenses 3:3). Crianças são salvas totalmente pela graça de Deus da mesma forma que os adultos são, exceto pelo consentimento intencional racional.
João Flavio: Isso é impossível. Você tem que se arrepender e nascer de novo para receber salvação, como João 3:5.
Alexandre: Ele não diz exatamente isso. Ele diz que primeiro é preciso “nascer da água e do Espírito”. Os católicos, juntamente com os Pais da Igreja, como Santo Agostinho, e muito protestantes (Luteranos e Anglicanos, por exemplo), interpretam com referência ao batismo e uma prova da necessidade do batismo infantil.
João Flavio: Isso não faz sentido. A água referida aqui é do saco amniótico quando o bebê nasce. Bebês não podem nascer novamente. Jesus está contrastando o nascimento natural e espiritual.
Alexandre: Você está dizendo que o bebê não pode ser salvo, e vai morrer antes da “idade da razão”?
João Flavio: Não, eu não disse isso. Deus também é misericordioso demais para deixar que isso aconteça a um bebê inocente.
Alexandre: Se você diz que o bebê será salvo, então há claramente uma justificação para batizar crianças, já que existem outros fatores para a salvação além de seu consentimento. Dessa forma você chega a mais um ponto comum, a aliança de salvação (veja, por exemplo, 1 Co 7:14, 12:13), diferente da noção individualista que a maioria dos evangélicos possuem. A realidade do pecado original faz com que o batismo seja desejado o mais rápido possível, já que remove a punição e conseqüência do pecado e infunde a graça santificante. É por isso que muitos protestantes como Luteranos, Anglicanos, Metodistas, Reformados e Presbiterianos, ao longo da história tem batizado bebês.
João Flavio: Espere um minuto. Você realmente acredita que o batismo faz algo? Ele é somente um simbolismo.
Alexandre: Vocês sempre negam que a matéria pode ser um meio de transmitir graça, e também frequentemente fazem cara feia com a idéia dos sacramentos, que são os meios físicos pelo qual a graça é conferida.
João Flavio: Não acreditamos neles, pois são anti-bíblicos. A Bíblia fala que o Espírito que confere a Graça (Jo 6:63, Rm 8:1-10), não a matéria. Os católicos sempre acreditam nessas coisas bizarras, como as estátuas, relíquias, rosário, a hóstia da comunhão e água benta. Isso geralmente vira idolatria.
Alexandre: Eu discordo. O próprio Deus se fez carne em Jesus Cristo. O lenço de Paulo curou doentes (At 19:12), também a sombra de Pedro (At 5:15). Assim, o batismo é feito para a regeneração dos pecados. Atos 2:38 fala do batismo "para a remissão dos seus pecados.", 1 Pedro 3:21 que " agora vos salva, o batismo" (cf. Mc 16:16, Rm 6:3-4). Paulo lembra que Ananias disse "batiza-te, e lava os teus pecados" Atos 22:16. Em Co 6:11 Paulo parece inferir uma conexão orgânica entre batismo (lavagem), santificação e justificação, enquanto os evangélicos separam todos os três. Tito 3:5 diz que Ele "nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação". O que mais de prova bíblica é preciso? É para explicar isso tudo como simbolismo?
João Flavio: Estou de saída. Tenho algumas perguntas para meu pastor...
Texto original: http://socrates58.blogspot.com/2005/11/fictional-dialogue-on-infant-baptism.html
Shooow!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirsem mais!
a paz de Jesus e o amor de Maria!
Sem contar que em Salmos 8, 2 se não me engano diz que "da boca da criança sai o perfeito louvor" Se os protestantes acham tão absurdo essa ideia de batizar crianças e acham perfeitamente viável seguir somente a Bíblia desconsiderando tradição e magistério, porque então não percebem quando Jesus especifica que somente da criança é o reino dos céus, sejam puros como as crianças, da boca da criança sai o perfeito louvor... ??
ResponderExcluirPorque será? não entendo...
Excelente !
ResponderExcluirJhonny... TODOS os protestantes batizam bebês...
ResponderExcluirOs batistas em diante foram os que negaram isso, de qualquer forma, eles não se consideram mais protestantes e nem usam o termo...
Fica a dica brate, mas legal o texto!
Álias, tenho amigos protestantes extremamente defensores do pedo-batismo.
Grande abraço brate!
Em Cristo,
Junior +
Tenho que discordar [em parte].
ResponderExcluirInicialmente os protestantes não eram contra isso. Essa heresia veio posteriormente. Quanto aos batistas, apesar de não se considerarem protestantes, eles o são. Geralmente não se consideram pois afirmam vir de algum tipo de sucessão anterior ao protestantismo. Mas é uma tese já refutada.
Abraços!
“Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, E, vendo, vereis, mas não percebereis“ (Mt 13:14). Deus te abençoe e guarde.
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