1. Os livros vieram depois do período profético.
2. Os livros foram rejeitados por historiadores da mesma época da igreja primitiva e pela patrística.
3. Os livros foram rejeitados pelos hebreus.
4. Eles só voltaram a aparecer no canon da ICAR durante a reforma.
5. Os livros não foram citados por Jesus.
7. Os deuterocanonicos possuem ensinos contrários ao resto da bíblia.
- Os livros vieram depois do período profético.
Se o próprio Jesus, que é Deus, afirmou que o período profético (dos profetas judeus do Antigo Testamento) afirmou que a profecia acabou em João Batista, quem somos nós pra discordar? "Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João." Mt 11:13.
- Os livros foram rejeitados por historiadores da mesma época da igreja primitiva e pela patrística.
Assim como os livros do Novo Testamento, houve certa discussão sobre quais deveriam fazer parte do canon. Alguns pais citam os deuterocanonicos, outros não. Da mesma forma que alguns pais da igreja primitiva citam certos livros do NT junto com os que hoje consideramos apocrifos (como a Didaquê e O Pastor) e não citam os que hoje os cristãos em geral aceitam como canonicos (motivos que vão de não conhecerem tais livros a não saber da sua autenticidade).
- Os livros foram rejeitados pelos hebreus.
A septuaginta foi citada por Jesus e pelos apóstolos. Se foi citada por Jesus, que, digo novamente, é Deus, quem somos nós pra discordar? Além disso, não havia unanimidade entre os judeus em relação a isso. Alguns só aceitavam o Pentateuco, por exemplo, outros tinham o canon judeu atual bem como a septuaginta. Na verdade, o Canon judeu atual foi estabelecido no concilio de Jamnia por motivos nacionalistas e, como se dá pra observar quando se estuda esse assunto, como forma de oposição ao cristianismo.
- Eles só voltaram a aparecer no canon da ICAR durante a reforma.
Isso não é verdade, até porque vários protestantes utilizaram o Canon católico, o concilio que ocorreu nesse período foi pra reafirmar o que a Igreja tinha como verdade de forma católica.
- Os livros não foram citados por Jesus.
Vários livros considerados inspirados pelos protestantes não foram citados por Jesus.
- Os deuterocanonicos possuem ensinos contrários ao resto da bíblia.
"1. Perdão do pecado mediante esmolas: Dizem que Tobias 12,9; 4,10; Eclesiástico 3,33 e 2 Macabeus 43-47 ensinam que as esmolas apagam os pecados, negando a redenção do sacrifício de Cristo e por isso não podem ser considerados canônicos. Primeiro estas referências são do AT, portanto não podem ter qualquer relação com o sacrifício de Cristo. Segundo, elas estão em plena conformidade com o AT, que ensina que o bem feito ao próximo será considerado em nosso julgamento. Este é o principio das esmolas. E esta mesma doutrina se encontra em Prov 10, 12, por exemplo. Será que o Livro dos Provérbios não é canônico também? Em terceiro lugar, esta mesma doutrina é confirmada no NT. Basta verificar Mc 9,41; Lc 11,41. Jesus confirma até mesmo o valor da esmola juntamente com outras formas de piedade (cf. Mt 6,2-18), veja também 1 Pd 4,8; At 10,3-4; 10,31.
2. A vingança e a prática do ódio contra os inimigos: Dizem que isto está em Eclo 12,6 e Judite 9,4 e contradiz ferozmente Mt 5,44-48. Mais uma vez Eclo diz respeito ao AT, onde valia a lei do retalião. Se o Livro do Eclesiástico não é canônico por esta razão, também não são Exodo, Deuteronomio e Levítico, Veja Ex 31,24; Lv 24,20; Dt 19,19-21.
3. Prática do suicídio: Dizem que o ensino sobre a prática do suicídio está em 2 Macabeus 14,41-42. Entretanto em Jz 16,28.30 Sansão se suicida e sua morte é tida como grandiosa pelo autor do Livro de Juizes. A bíblia possui diversos casos de suicídio – principalmente entre guerreiros – basta ver: Jz0,54; 16,28-29; 1Sm 31,4-5; 2Sm 17,23; 1Rs 16,18.
4. Ensino de artes mágicas: Dizem que Tobias 6,8-9 favorece a prática de artes mágicas. Ora, em Tobias 8,3 vemos que não é Tobias quem expulsa o demônio, mas sim o Anjo Rafael. O interesse era ocultar a ação do Anjo para Tobias. Em Jo 9,6 vemos que Jesus reconstituiu os olhos de um cego com saliva e logo em Tg 5,’4 há instruções para usar óleo na cura de enfermos; será que por isso estes livros também deixaram de ser canônicos?
5. Prática da mentira: Dizem que Judite 11,13-17 e Tob 5,15-19 favorecem a pratica de mentiras. Abrão disse ao rei Abimelec que Sara era sua irmã, e na verdade era sua esposa (Gn 20,2). Jacó, auxiliado pela mãe, mente ao pai cego, dizendo que era o filho mais velho e no entanto era o mais novo (cf. Gn 27,19), além de também enganar o sogro (cf. Gn 31,20). Será que o livro de Gênesis também não é canônico?
6. Erros históricos e cronológicos: Dizem ainda que os livros de Baruc e Judite são cheios de contradições em relação aos protocanônicos do AT. Devemos nos lembrar que a Sagrada Escritura não é um livro histórico ou geográfico, nela Deus, através das limitações humanas comunicou seus desígnios.Veja que II Reis 8,26 se contradiz com II Cro 22,2; II Reis 23,8 também se contradiz com I Cro 11,11. Isto também faz deles livros não canônicos?"(O Canon bíblico - A origem da lista doslivros sagrados. Autor: Prof. Alessandro Lima. Editora COMDEUS.)
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