terça-feira, 25 de outubro de 2011

Missa Tridentina - Kyrie


 "Em seguida, vem o Kyrie, que o padre, nas missas cantadas, deve dizer no lado do altar onde leu o Intróito. Os seus ministros o acompanham quando ele vai para o meio do altar, e colocam-se atrás do padre em diferentes degraus. Nas missas privadas o Kyrie é dito no meio do altar.

Esta prece é um grito pela qual a Santa Igreja implora às três Pessoas da Santíssima Trindade. As três primeiras invocações se dirigem ao Pai, que é o Senhor: Kyrie, eleison; as três seguintes dirigem-se ao Filho encarnado, ao Cristo, e dizemos: Christe, eleison; enfim, as três últimas dirigem-se ao Espírito Santo, Senhor com o Pai e o Filho, e por isso repetimos: Kyrie, eleison – Senhor, tende piedade de nós. Para o Filho dizemos igualmente Senhor com o Pai e o Espírito Santo, mas a Santa Igreja emprega Ele a palavra Cristo, Christe, por causa da relação desta palavra com a encarnação.

Enquanto isso, o coro canta este Kyrie que o padre recita. Antigamente punham-se muitas palavras nessas invocações como no Missal do Mans, de 1705.

O Missão de São Pio V retirou o uso desses Kyries, chamados “enfeitados”. Na missa Papal cantam-se diversos Kyries; mas isto hoje é uma exceção. Os três gritos diferentes repetidos por três vezes, como quer atualmente na liturgia, nos mostra a relação que existe aqui em baixo com os nove coros que cantam no céu a glória do Altíssimo. Esta união com os anjos prepara para o Glória que vai seguir: cântico angélico trazido para a Terra pelos Espíritos bem-aventurados."

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