domingo, 14 de setembro de 2008

Passando no teste


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Por que os apóstolos mentiriam? [...] se eles mentiram, qual foi sua motivação, o que obtiveram com isso? O que eles ganharam com tudo isso foi incompreensão, rejeição, perseguição, tortura e martírio. Que bela lista de prêmios! - PETER KREEFT


Já foi mostrado que os discípulos que escreveram o Novo Testamento foram muito sinceros, colocando detalhes que nenhum mentiroso colocaria. Vamos testar mais sua sinceridade, até que ponto vai o seu testemunho? Imagine a conversa de alguns dos opositores do cristianismo (ou releia a carta de Plínio, o Moço):


- Esta seita perniciosa está crescendo!
- É verdade, até seus erros ela colocam, e muita gente está acreditando neles.
- O que podemos fazer?
- Vamos ver até que ponto eles vão com o que dizem ter visto e ouvido!
- Certo! Vamos fazer de tudo para eles negarem este Jesus.
- De tudo como?
- Literalmente, de tudo...

Sim, os apóstolos e os primeiros cristãos foram testados como ninguém. Foram humilhados, desprezados, torturados, eram considerados marginais, supersticiosos, e deram testemunho com sua morte. Eles morreram pelo que disseram pois realmente acreditaram ter visto Jesus ressurreto, e seus milagres. E o testemunho deles não está registrado somente na bíblia. A história nos mostra que os apóstolos foram realmente fieis no que diziam. Vejamos abaixo um exemplo disso.

Flavio Josefo, cita no capítulo VIII, parágrafo 856 das Antiguidades, o que aconteceu com Tiago (irmão de Jesus) e alguns cristãos:

"Anano, um dos que nós falamos agora, era homem ousado e empreendedor, da seita dos saduceus, que como dissemos, são os mais rigorosos nos julgamentos. Ele aproveitou o tempo da morte de Festo, e Albino ainda não tinha chegado, para reunir um conselho diante do qual fez comparecer Tiago, irmão de Jesus, chamado Cristo, e alguns outros; acusou-os de terem desobedecido às leis e os condenou ap apedrejamento. Esse ato desagradou muito a todos os habitantes de Jerusalém, que eram piedosos, e tinham verdadeiro amor pela observância de nossas leis.

As tentativas de tirar o crédito do Novo Testamento não pararam por aí, algumas pessoas criaram algumas teorias contra a ressurreição, como a do tumulo errado, corpo roubado e da alucinação, mas todas elas se mostraram falsas e sem nenhuma base histórica.

Os apóstolos com certeza não iriam ao tumulo errado, se eles fossem, era só as autoridades Romanas e Judaicas mostrarem o tumulo e o corpo em praça pública ou mostrar a eles. Por ser o túmulo de José de Arimateia, era conhecido pelos judeus. Os romanos colocaram guardas e selaram o túmulo. E é bom lembrar que o túmulo vazio não convenceu todos os discípulos, parte deles realmente acreditaram quando Jesus apareceu para eles em locais e ocasiões diferentes.
Tomé só acreditou que Jesus tinha ressuscitado quando viu com seus próprios olhos, e Paulo, que perseguia os cristãos, começou a acreditar depois de uma aparição de Jesus. Dizer que o os discípulos foram ao túmulo errado não explica as aparições de Jesus, que tirou todas as dúvidas dos apóstolos.
Jesus não poderia ter desmaiado, os romanos eram mestres em matar, eles com certeza se certificariam que Jesus estava morto. Você consegue imaginar uma pessoa desmaiada, sangrando, que estava há horas em uma cruz, presa num túmulo por três dias, sobreviver e ainda fugir de um tumulo lacrado e com guardas? Pois é, isso é o que algumas pessoas querem que você acredite. Dizer que Jesus somente desmaiou mostra o desespero de dentar provar que o cristianismo não é verdadeiro.
Uma outra teoria é a da alucinação. Norman Geisler no livro “Não tenho fé suficiente para ser ateu” coloca algo bem interessante sobre o assunto:

“Teriam os discípulos sido enganados por alucinações? Talvez eles pensassem sinceramente que tinham visto o Cristo ressurreto, mas, eu vez disso, na verdade estavam experimentando alucinações. Essa teoria tem muitas falhas fatais. Vamos abordar duas delas.
Em primeiro lugar, as alucinações não são experimentadas por grupos, mas apenas por indivíduos. Nesse aspecto, são muito parecidas com sonhos. É por isso que, se um amigo lhe diz pela manhã: “Uau! Esse foi um grande sonho que tivemos, não é”, você não diz “Sim, foi fabuloso! Vamos continuar hoje a noite?”. Não, você acha que seu amigo ficou louco ou está simplesmente fazendo uma brincadeira. Você não leva a sério porque os sonhos não são experiências coletivas. Quem tem sonhos é o individuo, não grupos. As alucinações funcionam da mesma maneira. Se existirem raras condições psicológicas, um individuo pode ter uma alucinação, mas seus amigos não terão. Mesmo que tiverem, não terão a mesma alucinação.
A teoria da alucinação não funciona porque Jesus não apareceu uma única vez para uma única pessoa - ele apareceu em dezenas de ocasiões diferentes, numa grande variedade de cenários, para diferentes pessoas, durante um período de 40 dias. Ele foi visto por homens e mulheres. Foi visto caminhando, falando e comendo. Foi visto dentro e fora de lugares. Foi visto por muitos e por poucos. Um total de mais de 500 pessoas viu o Jesus ressurreto. Elas não estavam tendo uma alucinação ou vendo um fantasma, porque, em seus das 12 aparições, Jesus foi fisicamente tocado e/ou comeu comida verdadeira.
A existência do túmulo vazio é a segunda falha fatal da teoria da alucinação. Se mais de 500 testemunhas oculares tiveram a experiência sem precedentes de ter a mesma alucinação em 12 ocasiões diferentes, então por que as autoridades judaicas romanas simplesmente não exibiram o corpo de Jesus pela cidade? Isso teria desferido um golpe fatal no cristianismo de uma vez por todas. As autoridades adorariam ter feito isso, mas, aparentemente, não puderam fazê-lo porque o tumulo estava realmente vazio.”
Teoria do plágio.

Para o cético, esta é a ultima alternativa. E é disso que o cristianismo vem sendo acusado: de plágio. O incrível é que muita gente acredita nisso sem realmente pesquisar sobre o assunto. Textos imensos são escritos tentando provar que Jesus não passa de uma cópia mal feita de diversos mitos, ou que talvez Jesus realmente existiu, mas sua historia foi embelezada com um pouco com várias estórias com o fim de manipular as pessoas.
Os apóstolos copiaram os mitos pagãos?

Como foi mostrado, o Novo Testamento não é um embelezamento. Os discípulos fizeram questão de narrar os fatos como testemunhas oculares sem medo de mostrar seus erros, e os milagres são narrados com muita simplicidade. Eles escreveram como relatos históricos, como pode ser visto no inicio do livro de Lucas:

Lucas 1:
“1 TENDO, pois, muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram,
2 Segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio, e foram ministros da palavra,
3 Pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelente Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio;
4 Para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado.”

Depois disso, Lucas conta vários detalhes históricos que só uma testemunha ocular teria dito. O mesmo acontece nos outros relatos sobre Jesus. E é clara a intenção de ser um relato histórico, não uma invenção. Mesmo assim, alguns pontos da história de Jesus vem sendo comparadas com alguns mitos como Osíris, Horus, Krishna, Marduque, entre outros.

“a teoria do mito pagão não pode explicar o túmulo vazio, o martírio das testemunhas oculares nem o testemunho dos autores não cristãos. Também não pode explicar a evidência que leva praticamente todos os estudiosos a aceitarem os outros fatos históricos que foi citado.” Norman Geisler, no livro Não tenho fé suficiente para ser ateu


"Tudo o que sou em minha vida particular é critico literário e historiador; esse é o meu trabalho [...] Estou preparado para dizer, com base nisso, que, se alguém pensa que os evangelhos são lendas ou romances, essa pessoa está simplesmente mostrando sua incompetência como critico literário. Já li uma grande quantidade de romances e sei muita coisa sobre lendas que se desenvolveram entre pessoas do passado, e sei perfeitamente bem que os evangelhos não são esse tipo de coisa.” C. S. Lewis

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