segunda-feira, 26 de julho de 2010

Os Católicos são idólatras! Porque quero, porque quero, porque quero!

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 É fato que a Bíblia condena a adoração a imagens, e por isso alguns protestantes usam esses trechos bíblicos para apoiar suas afirmações.

Mas há uma diferença entre ídolos (imagens que são adoradas como se fossem deuses) e imagens que servem como uma lembrança e inspiração para as pessoas. Então, o fato dos católicos utilizarem imagens não significa que eles são idólatras (adoram as imagens como se fossem deuses). Quem faz isso, segundo a doutrina católica, não é católico.

Existem passagens bíblicas que proíbem a fazer imagens e outras em que Deus ordena que se faça imagens. Deus pode se contradizer? Nós cristãos acreditamos que não, então deve haver uma explicação para isso, e vamos observar o que a bíblia diz para ter essa explicação. Caso não acredite na explicação, o que resta é a conclusão de que Deus se contradisse, o que nenhum cristão pode acreditar.

No primeiro exemplo Deus ordena que uma serpente seja construída para que qualquer pessoa que olhasse para ela fosse curada. No momento esta serpente não era adorada, apenas a tinham como um instrumento de livramento que o seu Deus havia ordenado. Só a partir do tempo em que davam a essa serpente adoração e glória devidas a Deus que ela foi destruída. O mesmo se pode dizer dos anjos na arca e das imagens que tinha no tempo.

Ele tirou os altos, quebrou as estátuas, deitou abaixo os bosques, e fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera; porquanto até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso, e lhe chamaram Neustã. (2Reis 18:4)

O que está implícito aí é que a serpente foi preservada pelos que sucederam Moisés, como Josué, em tempos posteriores. Nesse caso, o problema não foi a confecção da imagem que foi ordenada pelo próprio Deus, mas a adoração como se fosse um Deus.

Outro exemplo interessante são as imagens que estavam no templo, que, segundo a bíblia, eram revestidas de ouro (1Reis 6:21,22). Adiante o livro relata que:

E no oráculo fez dois querubins de madeira de oliveira, cada um da altura de dez côvados. E uma asa de um querubim era de cinco côvados, e a outra asa do querubim de outros cinco côvados; dez côvados havia desde a extremidade de uma das suas asas até à extremidade da outra das suas asas. Assim era também de dez côvados o outro querubim; ambos os querubins eram de uma mesma medida e de um mesmo talhe. A altura de um querubim era de dez côvados, e assim a do outro querubim. E pôs a estes querubins no meio da casa de dentro; e os querubins estendiam as asas, de maneira que a asa de um tocava na parede, e a asa do outro querubim tocava na outra parede; e as suas asas no meio da casa tocavam uma na outra. E revestiu de ouro os querubins. E todas as paredes da casa, em redor, lavrou de esculturas e entalhes de querubins, e de palmas, e de flores abertas, por dentro e por fora. Também revestiu de ouro o soalho da casa, por dentro e por fora. E à entrada do oráculo fez portas de madeira de oliveira; o umbral de cima com as ombreiras faziam a quinta parte da parede. Também as duas portas eram de madeira de oliveira; e lavrou nelas entalhes de querubins, e de palmas, e de flores abertas, os quais revestiu de ouro; também estendeu ouro sobre os querubins e sobre as palmas. (1Reis 6:23:32)

Os Querubins tinham 10 cúbitos, sendo que cada cúbito possui 50cm! Até mesmo o véu tinha Querubins 2Cr 3:7. Nas crônicas relata que tinha também animais:

Fez também o mar de fundição, de dez côvados de uma borda até a outra, redondo, e de cinco côvados de altura; cingia-o ao redor um cordão de trinta côvados. E por baixo dele havia figuras de bois, que cingiam o mar ao redor, dez em cada côvado, contornando-o; e tinha duas fileiras de bois, fundidos juntamente com o mar. E o mar estava posto sobre doze bois; três que olhavam para o norte, três que olhavam para o ocidente, três que olhavam para o sul e três que olhavam para o oriente; e o mar estava posto sobre eles; e as suas partes posteriores estavam todas para o lado de dentro. (2Cronicas 4:2-4)


O que podemos compreender nisso tudo é que o que Deus proíbe é a idolatria, que é diferente de veneração.

Por isso que logo quando criticam a Igreja Católica dizendo que Deus condena a idolatria eu digo que é verdade, o problema é: o que é idolatria? Qual a definição bíblica de idolatria?

Por isso fica um dilema para os que dizem que Deus condena a simples confecção de imagens: Ou Deus se contradisse, ou mentiu. A pessoa que acredita nisso não pode, de hipótese alguma, ser considerada cristã, pois para os cristãos Deus não pode mentir nem se contradizer. A única saída é acabar com o preconceito sobre a confecção de imagens e admitir que o que Deus proíbe é a adoração delas como se fossem um deus, o que se vê pelo contexto das proibições. Se não fosse isso, Deus não teria dado sua benção sobre o templo como a bíblia relata:

E sucedeu que, saindo os sacerdotes do santuário, uma nuvem encheu a casa do SENHOR. E os sacerdotes não podiam permanecer em pé para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do SENHOR enchera a casa do SENHOR. (1Reis 8:10,11)

É bom lembrar que a questão aqui não é o objetivo das imagens, mas se todo e qualquer tipo de imagem são proibidos por Deus. Se Deus abominasse, não teria enchido a casa com sua glória garantindo a aprovação de tudo que foi feito.

Alguns se utilizam de subterfúgios como o dicionário para dizer que veneração tem o mesmo significado de adoração. Ora, a definição do dicionário é superior a definição bíblica? Além disso, o dicionário atribui o mesmo significado para “amar” e “honrar”, então Deus teria mandado os filhos adorar os pais?

Quando não conseguem condenar o uso de imagens pela bíblia, com seu preconceito infundado, algumas pessoas apelam para a afirmação de que os cristãos primitivos não faziam o uso de imagens, o que é mentira. Qualquer um que observar as catacumbas cristãs primitivas vai perceber que eles faziam sim o uso de imagens, como se pode ver em pesquisas sobre as catacumbas cristãs. Esse é um dos vários motivos que se faz concluir que os cristãos primitivos eram mais católicos que protestantes, além das doutrinas que seguiam.

É importante citar que a reforma protestante inicialmente não condenou o uso de imagens, já que como observamos, não é algo anti-biblico. Eles tratavam de outras questões como a justificação do cristão, por exemplo. Com o passar do tempo e o aumento do preconceito e implicância com o catolicismo, além da falta de conhecimento bíblico devido à Sola Scriptura (afinal, qualquer um poderia ler e concluir o que bem entendesse já que, segundo eles o Espírito Santo os inspiraria e daria entendimento), os protestantes criaram esse clichê anti-católico de que os católicos adoram imagens. Com essa atitude de ignorar a importância das imagens no cristianismo, algumas pessoas têm agido com extrema falta de respeito em outras ocasiões do culto que merecem reverência.

Quero destacar, também, que quando se olha uma imagem não é para venerá-la, como se ela pudesse ver. A bíblia fala claramente que estátuas não ouvem, tocam ou enxergam. O que se faz é lembrar-se da pessoa retratada. Ninguém considera idólatra um filho que ama a mãe e vive recordando seu exemplo através de seu retrato (que é uma imagem), seria idolatria se o filho adorasse a mãe como se fosse o Deus criador do universo.

É fato também que algumas pessoas dão honras exageradas aos santos, entretanto esse não é o ensino católico. Vários afirmam que os padres poderiam acabar com esse tipo de atitude apenas afirmando que não se deve adorar aos santos, e é o que fazem. Quanto a alguns que não conhecem piamente sua doutrina, é bom lembrar que Deus não leva em conta o tempo de ignorância. Por essas e outras razões que ainda serão apresentadas, não se deve julgar o todo por causa de uma pequena parte.

Um exemplo desse julgamento é o que ocorre por conta do sincretismo religioso. É verdade que algumas pessoas atribuem os mesmos santos cristãos a divindades pagãs, como alguns “católicos” fazem? É verdade. Esse sincretismo ocorreu inicialmente com os negros, que, para poderem praticar seus cultos livremente, identificaram suas divindades aos santos cristãos. Mas isso não quer dizer que a doutrina da igreja permite. É verdade que alguns padres apóiam essa atitude? Também é verdade, mas isso acontece até mesmo no protestantismo com pastores que apóiam atitudes totalmente anti-cristãs, e quando não apóiam são coniventes com essa situação.

Também desde os primórdios do cristianismo houve pessoas que implantavam heresias, e os lideres não estavam livres disse. Portanto, assim como não devemos dizer que todos os evangélicos pisam no sangue de Cristo quando fazem sacrifícios vãos e apóiam doutrinas contrárias à própria escritura, também não devemos julgar toda a igreja católica por conta de uma pequena parte (pois isso ocorre principalmente no nordeste do Brasil). Por conta disso alguns objetam que o uso de imagens leva a idolatria. Isso algumas vezes é verdade, como a bíblia mostra que aconteceu com o povo de Israel, mas nem por isso Deus condenou a sua fabricação, principalmente na arca e no templo. Assim como as musicas muitas vezes levam a idolatrar os músicos e alguns pregadores são exaltados nas alturas, mas não se deixa de fazer musica e pregar devido seu beneficio.

Além dessas situações relatadas na bíblia, é bom lembrar que ela fala de formas iguais que apresentam objetivos diferentes. Para que entenda melhor essa questão, pode-se lembrar de musicas com um mesmo ritmo, tocadas por instrumentos idênticos, mas com mensagens totalmente opostas. Algumas fazem apologia à violência, enquanto outras trazem mensagens de paz. Ou um médico que abre o corpo para salvar uma vida e um psicopata que o faz por prazer mórbido. Ambos possuem a mesma forma (abrir um corpo ou possuir o mesmo ritmo), mas têm objetivos diferentes.

As situações narradas pelas escrituras são semelhantes. Alguns se ajoelham para venerar, como forma de respeito e veneração (1 Reis 1:16; 2 Samuel 14:4; 1 Reis 18:7; Rute 2:10), outros como adoração a ídolos ou a Deus.

Pedro foi prudente falar para o homem que se ajoelhou diante dele pois sua cultura era essencialmente idólatra. João se prostrou diante do Anjo para adorar, o anjo disse para adorar a Deus. O versículo diferencia a forma do objetivo. Assim como o medico abre um corpo para salvar vidas e outro faz o mesmo para matar, João fez com o objetivo errado. Isso faz total sentido pois o anjo não o exortou porque se ajoelhou, mas por causa do objetivo de adorar.

Nem sempre se adora ajoelhado, ou se ajoelha adorando. Por isso, como observamos, na cultura judaica, se prostrar não é necessariamente adorar. Por esses motivos a forma (ajoelhar) não se configura sempre ao mesmo objetivo, que pode ser venerar, adorar ou até mesmo fazer zombaria.

Idolatria, como foi visto não é confeccionar imagens como lembrança ou respeito, mas tratar a criatura como se fosse o criador. Caso os protestantes que defendem isso levassem essa distorção da verdade a sério, e não apenas como preconceito (isso porque nem todos cometem esse erro), não teriam fotos, lembranças artesanais ou até mesmo imagens nos livros que falam contra imagens.

Nesse ponto, não se pode continuar ir de encontro a verdade e afirmar que confeccionar qualquer tipo de escultura é adoração e é condenado por Deus, mas apenas a idolatria, que nem sempre se dá com imagens esculturais.

Em suma: Deus proíbe os ídolos, não as imagens. Tanto que ordenou que dois anjos fossem postos na arca e que Salomão (seu escolhido para construir o templo) colocou várias imagens de tamanho consideráveis no Templo, atitude que foi aprovada por Deus. Por isso qualquer pessoa honesta intelectualmente deve pensar duas vezes antes de chamar os católicos de idólatras e considerar qualquer imagem um ato de idolatria.

Autor: Jonadabe Rios

38 comentários:

  1. As estátuas dos heróis no Brasil são comuns, mas nunca veneradas como deuses ou com poderes divinos, nem se faz elaboradas cerimônias ou procissões com elas. Eles são relembrados como grandes mestres, cidadãos, líderes, e suas imagens são apenas memoriais desses fatos. O catolicismo romano crê na intercessão feita por aquele santo, representado na imagem, pensa que o espírito daquele santo pode ajudar, proteger, guardar etc, daí que todo tipo de objeto e representação material daquele santo passa a ser venerado, cultuado, adorado, e isso é idolatria. Além disso, as imagens desses santos são “veneradas” ou “adoradas’ mediante alguma forma de cerimônia, que, supostamente, lhes transmitem a honra e reverência do povo. Ora, se as imagens são apenas “recordações dos irmãos de fé”, então porque se presta consagração, procissão, oferecimento de flores de beijos e curvam-se diante delas? Por que se ora a elas, faz-se pedidos, poesias e cânticos? Ora, se ajoelhar diante de uma imagem, orar olhando para ela, tocá-la, beijá-la, curvar-se diante dela, fazer oferendas, fazer procissão e elaboradas cerimônias, e se isso não for adoração, e conseqüentemente idolatria, então fica difícil definir o que é adoração e o que é idolatria. Assim sendo, a declaração católica romana de que “a honra devolvida nas santas imagens é uma veneração respeitosa, não uma adoração”, parece mais com uma charada teológica.

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    1. E relíquia de ELISEU?SUA falacia--- daí que todo tipo de objeto e representação material daquele santo passa a ser venerado, cultuado, adorado, e isso é idolatria. Além disso, as imagens desses santos são “veneradas” ou “adoradas’ mediante alguma forma de cerimônia, que, supostamente, lhes transmitem a honra e reverência do povo.

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  2. As estátuas dos heróis no Brasil são comuns, mas nunca veneradas como deuses ou com poderes divinos, nem se faz elaboradas cerimônias ou procissões com elas. Eles são relembrados como grandes mestres, cidadãos, líderes, e suas imagens são apenas memoriais desses fatos. O catolicismo romano crê na intercessão feita por aquele santo, representado na imagem, pensa que o espírito daquele santo pode ajudar, proteger, guardar etc, daí que todo tipo de objeto e representação material daquele santo passa a ser venerado, cultuado, adorado, e isso é idolatria. Além disso, as imagens desses santos são “veneradas” ou “adoradas’ mediante alguma forma de cerimônia, que, supostamente, lhes transmitem a honra e reverência do povo. Ora, se as imagens são apenas “recordações dos irmãos de fé”, então porque se presta consagração, procissão, oferecimento de flores de beijos e curvam-se diante delas? Por que se ora a elas, faz-se pedidos, poesias e cânticos? Ora, se ajoelhar diante de uma imagem, orar olhando para ela, tocá-la, beijá-la, curvar-se diante dela, fazer oferendas, fazer procissão e elaboradas cerimônias, e se isso não for adoração, e conseqüentemente idolatria, então fica difícil definir o que é adoração e o que é idolatria. Assim sendo, a declaração católica romana de que “a honra devolvida nas santas imagens é uma veneração respeitosa, não uma adoração”, parece mais com uma charada teológica.

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  3. O texto copiado partiu de uma questão, e tratou outra como se fossem a mesma.

    Primeiro começam dizendo que a simples confecção de imagens é idolatria. Quando não conseguem sair da clara conclusão de que não é, pulam pra outra objeção sem sentido: dizer que a veneração e intercessão é errada, sendo que foi mostrado na própria bíblia exemplos de veneração.

    Primeiro, além da intercessão ser OUTRO assunto (até porque podem pedir intercessão mesmo sem imagens), ela não é algo anticristã, pelo contrário, é atestada de forma universal pelo cristianismo primitivo e embasada biblicamente através da comunhão cristã, só é obscuro pra quem já tem uma visão distorcida e pré-concebida a esse respeito.

    Outro erro é que já foi mostrado a diferença entre VENERAR e ADORAR, não é honesto, e por isso não é cristão, coloca-los como se fossem a mesma coisa.

    Não vou repetir porque já foi tratado, e não basta copiar um texto (que está copiado em várias páginas na internet) de outra pagina assim pra dar a sensação de que a questão foi respondida, porque não foi, alias, as mesmas objeções repetidas foram tratadas.Cerimonia alguma nao significa que algo é necessariamente adoração, pois cerimonias são só cerimonias, como as de casamento.

    O texto diz que fica dificil definir o que é adoração, sendo que a postagem mostra claramente a definição.

    Nós cantamos canticos pra pessoa amada e até mesmo pra amigos, mas nao aparece nenhum hipocrita dizendo que é adoração. E beijar uma imagem significa que se a pessoa estivesse ali, teria abraçado, beijado e tratado com profundo respeito (respeito esse que foi mostrado biblicamente) A clara diferença entre honrar, venerar e adorar já foi respondida. Engraçado o "honrar" ser condenado, sendo que Deus mandou honrar os pais! Por isso, como foi repetido várias vezes, deve-se levar em conta a diferença da FORMA e do OBJETIVO.

    Além disso, a questão das procissões também é outra, que será tratado outro dia aqui no blog.

    Mas, uma vez que foi mostrado claramente o que é idolatria, o que é venerar e o que é honrar, não faz sentido continuar repetindo os mesmos agumentos já respondidos (como disse, isso não é honesto nem cristão)

    A objeção da suposta idolatria não é feita por nenhum protestante histrico, pelos ortodoxos ou por anglicanos, só de alguns poucos anos pra cá que esse clichê anti-catolico surgiu.

    Abraços.

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  4. hahahahaha

    e os protestantes são Bibliolatras!

    queroporquequero akspokapos ;D

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  5. charada teológica?

    só não entende quem não quer, quem é ignorante...

    Além do mais, antes da invenção da imprensa e até hoje as imagens são o Evangelho visual dos analfabetos e humildes! se toca vai!

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  6. Olá Jonadabe, o meu nome é Amadeu e vejo que você e eu temos algumas coisas em comum. Amo o meu Deus, mas sou apaixonado por estudar teologia, história, ciência e filosofia (alías, estou no meu último semestre no curso de filosofia na universidade federal de onde moro). Passeando pelo seu blog, vi um dos filósofos e apologistas cristão da atualidade: William Lane Craig e o eminente erudito britânico em Novo Testamento N.T Wright. Gosto muito deles. Talvez nossos caminhos se separem com relação as nossas convicções teológicas, vc ex-protestantes e eu que abandonei o catolicismo, pois vim de berço católico. De qualquer modo, pretendo aqui fazer algumas observações com relação a esse tema discutido aqui por você. Vamos lá:

    “Com o passar do tempo e o aumento do preconceito e implicância com o catolicismo, além da falta de conhecimento bíblico devido à Sola Scriptura (afinal, qualquer um poderia ler e concluir o que bem entendesse já que, segundo eles o Espírito Santo os inspiraria e daria entendimento)...” (Jonadabe).

    Rapaz, se eu fosse você não teria dito isso. Você cometeu dois erros com essa proposição: a de que os reformadores não tinham conhecimento bíblico e a de que eles permitiam que qualquer um pudesse interpretar as escrituras a seu bel prazer bastando para isso ser guiado pelo Espírito Santo. Me desculpe, mas essa frase revela completa ignorância da historiografia protestante. Lutero, Zuingio, Calvino e tanto outros eram exegetas do mais alto nível. Lutero escreveu diversos comentários das Escrituras, aliás, lembre-se que foi ele quem traduziu a Bíblia para o alemão, e que antes de fazer a reforma, ele era professor de Novo Testamento na universidade de Wittenberg. Melanchton, seu secretario e braço direito na reforma, era um menino extremamente prodigioso, conhecia com fluência o as línguas originais das escrituras, além de conhecer e ter lido os clássicos de seu tempo. Alem disso, João Calvino fez muitos comentários dos livros do Novo Testamento. Só em português existem vários desses volumosos livros escritos por ele traduzidos. Se você for ler as institutas da religião cristã, vc vai ver que do início ao fim ele cita abundantemente as escrituras. Portanto, é desonesto você falar isso dos reformadores porque não procede com a realidade.
    Alem do mais, quem disse que os protestantes promoviam a leitura arbitrária das escrituras? Acho que você tá confundindo muitos protestantes modernos, como os neopentecostais, que dão ênfase demasiada na leitura individual da leitura bíblia desde que ajudado pelo Espírito Santo, com os protestantes históricos. A realidade é o oposto. Os reformadores não apoiavam a leitura arbitraria das Escrituras. Existe em alguns manuais de história circulando por aí afirmando que os calvinistas estimulavam a leitura individual da Bíblia desde que fossem guiados pela luz interior do Espírito Santo. Nada mais longe da verdade. É bem verdade que os calvinistas davam importância a interpretação bíblia acompanhada pela direção do Espírito. Mas a hermenêutica calvinista não se reduzia a isso. O próprio Calvino escreveu catecismo para instruir o povo na leitura das escrituras. Ele mesmo fundou a primeira Academia de Genebra para preparar ministros. Tão prepara era essa instituição fundada por ele, que os boatos de sua época diziam que os alunos de Genebra falavam iguais aos doutores da Sorbonne. Nas palavras de um historiador da reforma, Lutero não promoveu propriamente uma leitura popular da Bíblia. Para ele, era o catecismo que deveria servir como o livro de educação do povo: ‘O catecismo é a Bíblia do leigo; ele contém tudo o que cada cristão deve conhecer da doutrina cristã’. Enquanto isso, a interpretação dos Testamentos ficava reservada a pessoas competentes, um grupo composto pela elite política e pela

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  7. intelligentsia clerical”. (Os Protestantes, Revista História Viva, Ed. Especial temática, nº 20). E não só os protestantes do passado eram grandes exegetas e conhecedores profundos da Bíblia, os modernos também. Lembre-se que N.T. Wright é um protestante Anglicano. Só porque sou protestante isso não vai me levar a crer que não existam excelentes autoridades católicas em exegese bíblia e conheço várias delas.
    Então, se é bem verdade que existem protestantes que não entendem bem alguns conceitos católicos, também é verdade que existem alguns católicos que não entendem bem alguns conceitos protestantes.
    O fato dos protestantes seguirem a Sola Scriptura (somente as escrituras) estão mais do que certos. Pois o nosso Senhor sempre quando debatia questões de ética, teologia ou tradição era às Escrituras que ele recorria. Sempre quando Jesus debatia com os fariseus sobre algum assunto, ele dizia “está escrito”. Ele não recorreu a tradiçao para corrigir assuntos polêmicos. Ele corrigia a tradição judaica pelas escrituras, e não a tradição pela tradição. Quando discutiu com Satanas, ele sempre disse: “Está Escrito”. A expressão grega (gegraptai) significando “está escrito” expressa nada mais nada menos do que uma autoridade divina inerente às Escrituras que, a partir do qual se julga alguma coisa. Essa era a expressão usada pelo Senhor quando discutia assuntos doutrinários ou teológicos com os escribias e fariseus. Logo, os protestantes só estão seguindo o exemplo do Senhor quando recorrem a Biblia.


    “Caso os protestantes que defendem isso levassem essa distorção da verdade a sério, e não apenas como preconceito (isso porque nem todos cometem esse erro), não teriam fotos, lembranças artesanais ou até mesmo imagens nos livros que falam contra imagens” (Jonadabe).

    Que os cristãos protestantes usam pinturas e gravuras em seus livros, bíblias ou em qualquer outra superfície é bem verdade. No entanto, fazendo uma distinção usada por você entre forma e objetivo, há uma diferença entre o uso protestante de imagens e o do católico. Ambos podem se utilizar da mesma forma: imagens. Mas com objetivos diferentes: os protestantes usam essas gravuras ou como símbolos ou como ornamentos. Jamais vi um protestante se prostar diante de uma imagem dirigindo-lhe orações ou suplicas ou sequer acendendo uma vela. Já os católicos vão um pouco além: dirigem orações, acendem velas e acreditam que o protótipo que está por trás dessa imagem vai interceder por ela. Portanto, o uso que os protestantes fazem das imagens são com objetivos bem diferente do uso que os católicos fazem.




    “Quando não conseguem condenar o uso de imagens pela bíblia, com seu preconceito infundado, algumas pessoas apelam para a afirmação de que os cristãos primitivos não faziam o uso de imagens, o que é mentira. Qualquer um que observar as catacumbas cristãs primitivas vai perceber que eles faziam sim o uso de imagens, como se pode ver em pesquisas sobre as catacumbas cristãs. Esse é um dos vários motivos que se faz concluir que os cristãos primitivos eram mais católicos que protestantes, além das doutrinas que seguiam.”. ( Jonadabe )

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  8. É bem verdade que os alguns cristãos primitivos desenhavam nas catacumbas de Roma algumas imagens, como a do bom pastor e a do pescador.
    Mas aqui vale fazer uma distinção entre o uso de imagens como objetos simbólicos e o seu uso para culto. O simples fato de que existem pinturas nas paredes de alguns personagens bíblicos nos primeiros séculos do cristianismo não prova em nada que esses objetos artísticos eram cultuados pelos cristãos do primeiro século. Se formos usar essa lógica, então também temos que chegar a mesma conclusão quando os cristãos primitivos desenharam figuras de peixe nas paredes: Os cristãos desenharam várias figuras desses peixes nas catacumbas, cujo peixe era o símbolo dos cristãos primitivos. Só por que eles usavam essa arte nas paredes é prova de que eles as venerassem? É óbvio que não. Essas figuras pintadas nas paredes e catacumbas são ilustrações, símbolos que os cristãos primitivos usavam muitas vezes para se comunicarem entre si durante as perseguições. Se você aceitar a lógica de que as figuras da virgem nas paredes e catacumbas é prova de que os cristãos veneravam essas imagens, então pelo mesmo raciocínio você também deve aceitar que os peixes pintados nessas paredes pelos cristãos também eram cultuadas.
    Além disso, essas imagens das catacumbas não era cultuadas como querem os católicos. Urbano Zilles, um sacerdote da igreja ortodoxa que, aliás, é um ferrenho defensor da iconografia, disse acerca delas “O cristianismo primeiro evitou, em geral, o culto das imagens por causa do perigo da idolatria. Mas cedo introduziu imagens como adorno e ilustrações, passando depois ao seu culto, sobretudo no Oriente” (Revista Teocomunicação - Vol. 27 / Dez/1997 - Porto Alegre – Brasil). Até mesmo Urbano Zilles defensor do uso das imagens, admite que o cristianismo primitivo só usava as imagens como adornos e ilustrações, mas que o culto só veio mais tarde. Pra falar a verdade, a atitude de acender velas, oferecer incensos e beijá-las são práticas da igreja oriental que só se tornaram comuns no século V; somando-se a isso o fato de que essas práticas não vieram das autoridades eclesiásticas, mas do povo; e foi só depois que os teólogos tentaram justificar essas práticas do povo (Urbano Zilles). E Urbano Zilles prossegue: “Sobretudo os monges dedicaram-se a satisfazer o desejo do povo de ver e encontrar ajuda nas imagens e oportunizar experiências da graça e de milagres”. Ora, diante dessa afirmação percebemos claramente que o inicio do culto às imagens tem origem no povo, e que as autoridades eclesiásticas da igreja do oriente se sentiram compelidos a apoiarem tal teologia popular. Portanto, não é uma prática iniciada de dentro da igreja, mas veio de fora para dentro. É uma teologia que tem sua gênese na devoção popular. Ao invés dos teólogos educarem o povo, aqui foi o povo que catequizaram esses teólogos. Infelizmente, os teólogos orientais se esqueceram de que a o ditado popular de que a voz do povo é a voz de Deus é um equivoco a ser evitado.
    No monumental dicionário crítico de teologia, no verbete “imagens, diz que de fato o cristianismo primitivo evitou usar a arte iconografia nos seus primórdios, pois via nisso uma forma de idolatria. O dicionário católicodiz que: “Porém mais ainda que um vocabulário, o cristianismo nascente herdou uma situação de fato e uma proibição ligadas à proibição do Decálogo (‘não terás outros deuses diante de mim. Não farás imagens esculpida, nada que pareça com o que está no céus, acima, ou na terra, embaixo ou nas águas ou sob a terra’, Ex20,3), e à sua primeira interpretação, literal e restritiva durante o tempo das perseguições”. E o dicionário prossegue “Nos três primeiros séculos, para marcar distâncias dos cultos pagãos que delas faziam grandes uso, e também em razão das perseguições que os privavam dos meios de fabricação e da exposição de imagens, os cristãos só criaram – ou reinterpretaram poucas imagens

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  9. (como a da orante, do pescador, do bom pastor: ver Prigente 1005), ou só o fizeram em pequenos objetos (vasos, cálices) e nas catacumbas (desde o s. II); antes, desconfiavam delas e se opunham ao seu uso cultual” (dicionário crítico de teologia, p. 870, Ed. Loyola). De fato, além das evidências históricas do cristianismo primitivo não apoiarem o uso das imagens como objetos de culto, vale também perguntar por que é que Jesus nunca encorajou o seu uso, ou por que Pedro, Paulo, João ou qualquer um dos apóstolos nem sequer mencionar esses objetos em suas epistolas ou evangelhos? Por que eles não estimularam o uso delas? A resposta clara e simples é porque certamente eles sabiam que o uso dessas imagens para o culto era uma violação do mandamento mosaico. Não podemos nos esquecer o contexto judaico em que vivia nosso Senhor e os seus apóstolos. Estudando o judaísmo da palestina vemos claramente que eles sempre tiveram hesitação ao uso dessas imagens. E Jesus e os apóstolos não eram alheios a esse contexto. Não podemos esquecer as raízes judaicas de nenhum deles. É bem verdade que os judeus usavam figuras dos querubins, imagens do candelabro, bem como usaram afrescos em algumas de suas sinagogas. No entanto, nenhum judeu jamais se prostou a essas imagens para dirigir-lhes orações ou acender velas. Pode estudar o contexto rabínico no Talmude ou em qualquer literatura judaica e você jamais vai encontrar esses tipos de coisas. Ninguém melhor que os judeus para falar do seu passado, já que eles são um povo extremamente apegado às suas tradições, pergunte para uma autoridade judaica se alguma vez seus antepassados cultuavam imagens no passado e a resposta será um NAO.
    Além disso, já li senão todos, pelo menos quase todos os documentos dos padres pós-apóstolicos: Clemente de Roma, Inácio de Antioquia, Policarpo de Esmirna, Pápias, etc.; E não encontrei em nenhum desses doutores da igreja primitiva uma referência às imagens. Se as imagens para os católicos são tão importantes para a liturgia, e já que eles se consideram os herdeiros da tradição apostólica, então por que esses padres, que tiveram o privilégio de ver os apóstolos do Senhor, não mencionam ou falam de imagens? Isso é um embaraço para os católicos e um forte indício de que esses pais apostólicos desconheciam esse tipo de práticas em suas igrejas.
    Na realidade, o uso dessas imagens dentro das igrejas vão sendo introduzidas aos poucos. No cristianismo primitivo quase inexistem, e as poucas que existem foram usadas como ornamentos e símbolos cristãos conforme vimos acima. Mas elas só passaram mesmo a ter espaço na comunidade crista a partir do século V com a oficialização do cristianismo pelo imperador Teodósio. Não podemos ignorar o contexto cultural dessa região, que é a cidade de Bizâncio, capital do império romano do oriente. Os bizantinos eram apaixonados pela arte iconográfica, e essa peixão eles herdaram dos gregos. É bom lembrar que essa região da Ásia menor fora outrora uma colônia grega. Portanto, tanto a arquitetura quanto as artes do período bizantino foram totalmente influenciados pela cultura grega; qualquer um que tiver o privilégio de viajar hoje para a Turquia (atual Bizâncio) vê a presença dessa cultura nessa região. Num ambiente como esse e considerando o fato de que as pessoas são seres enraizados na cultura onde nasceram, é óbvio que o cristianismo passou a ser representado e adaptado em pinturas iconográficas. Mas não foi aqui nessa região que o cristianismo se afastou definitivamente da sua hesitação primitiva de cultuar as imagens (ou como dizem os católicos, cultuar o ser que está além das imagens), aqui se deu um salto maior que nos períodos anteriores. O salto definitivo se deu mesmo no Segundo Concilio Ecumênico de Nicéia, conhecido como Nicéia II. Durante esse período, houve uma disputa teológica a que os historiadores se referem como a controvérsia iconoclasta,

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  10. iniciada sob a regência do imperador Leão III. Esse concílio foi realizado no ano de 787. Foi nesse concílio que a veneração das imagens foi oficialmente tida como ortodoxa. Mas vale ressaltar que um primeiro concílio, conhecido como o concílio de Hieria, realizado em 753 (embora seja controverso, tudo leva a crer que um concílio realizado no IV século, chamado Elvira, tinha condenado o uso de tais objetos), proibiu o culto às imagens. Portanto, o segundo concílio de Nicéia foi uma tentativa de anular o concílio anterior.
    Alem do mais, o concílio de Nicéia II fora convocado por pela imperatriz Irene, que era uma ardorosa defensora dos membros do partido a favor da veneração de imagens. Esse fato pode ser explicado cientificamente: a imperatriz Irene (que aliás, era uma sedenta pelo poder, mandando arrancar os olhos do seu filho que era imperador para usurpar o poder, seu filho morreu em seguida devido aos ferimentos) era ateniense de nascimento, cuja cidade já é bem conhecida por todos pelo amor aos ícones, desde tempos imemoriais, o que explica a sua luta em defesa dos venerados de ícones.
    No entanto, nem mesmo esse concílio resolveu o problema. Ondas de disputas ainda continuaram varrendo todo o império oriental. Após as disputas políticas entre Irene e seu filho Constantino VI pelo poder, Irene é deposta por um grupo de magistrados de Constantinopla e morre no exílio.
    Com a morte de Irene, somando à instabilidade no poder político causada pela disputa por causa dela, e o fato dos exércitos búlgaros tentarem invadir Constantinopla, fez com que eclodisse novamente uma manifestação contra os ícones. “O paralelo entre os infortúnios políticos do império cristaos no oriente romano e os da nação de Israel no antigo testamento parecia óbvio demais aos iconoclastas para ser ognorado. O antigo testamento não advertia constantemente que o declínio político de Israel era conseqüência da prática da idolatria?” (Historia do movimento cristão mundial, vol. I p. 452). Os iconoclastas tomaram todos esses fatores como um sinal da ira divina sobre Constantinopla devido ao uso das imagns, o que fez com que eles agora lutassem com mais fervor contra a veneraçao dos ícones.
    De qualquer modo, o concilio de Nicéia II não conseguiu por fim as controvérsias. Outro concílio foi reunido para tentar novamente anular os decretos de Nicéia. Esse concílio é conhecido pelo nome de Concílio de Santa Sofia, concretizado em 815 e que anatematiza as decisões de Nicéia II. Já no ocidente, os teólogos carolíngios se afastam um pouco das decisões do Segundo Concílio de Nicéia. Para eles, as imagens tem um valor “pedagógico, catequético e ornamental” (Dicionário Crístico de Teologia. P. 1255, voc. Nicéia II) . Diante dessa breve panorama histórico desses concílios, dá para se perceber que a questão da imagem não é uma coisa que se manteve pela tradição da igreja desde a sua fundação, mas que foi paulatinamente se construindo e que foi fruto de contextualização histórica.

    A confusão entre adorar e venerar
    Os católicos sempre acusam os protestantes de que eles confundem venerar com adorar. É bem verdade que venerar e adorar são conceitos distintos. Mas será que essa

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  11. distinção funciona na prática? Geralmente eles falam que os protestantes possuem fotos de parentes e nem por isso é idolatria. Também é verdade. o fato de eu possuir a imagem de alguém não constitui isso uma idolatria. Posso muito bem venerar uma foto de uma nomorada minha contemplando-a enquanto ela está ausente. Entretanto, essa analogia é muito fraca, os fatos demonstram isso. Por exemplo, se eu pegar a foto de uma namorada ou de um parente e começar a dar um sentido místico para a foto, como rezar através dela, ou então me prostar diante dessa imagem, fica difícil ver nessa atitude apenas um ato de veneração. Como bem disse Ezequias Soares : “Há diferença entre ‘adorar’ e ‘prestar culto’ ? prostar-se diante de um ser, dirigir a ele orações e ações de graça, fazer-lhe petições, cantar-lhe hinos de louvor, se não for adoração, fica difícil saber o que os papistas entendem por adoração. Chamar isso de simples veneração é subestimar a inteligência humana” (Manual de apologética cristã, p. 177, Ed. CPAD).
    Ao tentar refutar o pastor Gedeão, você disse que “Nós cantamos canticos pra pessoa amada e até mesmo pra amigos, mas nao aparece nenhum hipocrita dizendo que é adoração. E beijar uma imagem significa que se a pessoa estivesse ali, teria abraçado, beijado e tratado com profundo respeito (respeito esse que foi mostrado biblicamente) A clara diferença entre honrar, venerar e adorar já foi respondida” (Jonadabe). É óbvio que essas atitudes não é adoração quando dirigidas para a pessoa amada. O problema não é esse. O problema é que os católicos vão muito além disso. Em primeiro lugar, quando cantamos para alguém ou o beijamos isso não envolve um sentido religioso. Não atribuímos nenhum sentido místico-sobrenatural para as pessoas dirigidas. Em segundo lugar, ninguém reza ou ora para a pessoa amada, e nem tampouco carrega em procissão uma imagem da pessoa a quem ama. Você porventura já mandou fazer uma procissão carregando a imagem de algum parente ou namorada pelas ruas? Você acredita que algum amigo seu pode tem o mesmo poder miraculoso como, por exemplo, a Virgem de Guadalupe? Se a resposta for não, meu caro, então o tratamento dada para as imagens e as pessoas que conhecemos estão num nível diferente. Em terceiro lugar, é importante entendermos o conceito de idolatria revelado pelas Escrituras. As escrituras nos mostra vários detalhes que quando juntados num todo, nos dá uma pista do que é idolatria. Para que algo seja considerado uma atitude idólatra é necessário preencher vários requisitos. Por exemplo, requisito nº 1: As escrituras nos diz que idolatria é qualquer tipo de imagem “Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra”. (Dt. 20. 4). Mas as Escrituras nos mostra que Deus mandou esculpir dois querubins para o tabernaculo. Então, por si só, qualquer imagem não constitui em si idolatria. Então mais um requisito é necessário para que o uso de uma imagem se torne em idolatria. As escrituras também nos alerta que não nos encurvemos diante delas: “Não te encurvarás diante delas, nem as servirás. Já achamos mais uma peça do quebra-cabeça: encurvar diante de uma imagem é pecado. A Bíblia nos dá outra pista que talvez seja a mais importante, por exemplo, nos salmos diz “:Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos do homem. Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem;
    têm ouvidos, mas não ouvem; têm nariz, mas não cheiram;
    têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta.” (Salmos 115. 4-7). Vamos agora fazer uma comparação, entre o que a bíblia declara do que é ídolo com as imagens pregadas pelos católicos. Vou usar aqui o argumento filosófico formulado pelo filosofo Leibniz: a lei da identidade. Essa lei diz que se tudo o que for dito de A for verdadeiro em relação a B, então A é B. Por exemplo, a proposição todo o homem é um ser racional. Se eu achar

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  12. algum ser que se encaixe na característica de ser racional, então esse ser é homem. Ou então se eu disser que João tem 1,75m de altura, que é filho de Paulo, que faz
    medicina em Harvard, que é caso com Jane; e se eu encontar uma pessoa, digamos Pedro, que se encaixe em todas essas características em todos os sentidos, então eu não estou falando de Pedro, mas de João. Isso acontece porque todas as caracteristcas de João é o mesmo de todas as características de Pedro. Os nomes podem ser diferentes, mas o referencial é o mesmo.
    A mesma regra pode ser aplicada com relação ao que as Escrituras diz acerca da idolatria com as imagens usadas pelos católicos. Vamos lá:
    1. As escrituras nos diz que para se fazer idolatria tem que primeiro ter uma imagem ou estátua, mas conforme já vimos, o uso da imagem em si ainda não constitui idolatria. Mas é o material básico para se fazer idolatria. Os católicos usam imagens.
    2. Outro ponto é se encurvar diante de uma imagem. Os católicos se curvam diante de uma imagem.
    3. As escrituras caracteriza um ídolo como um objeto que não fala, não tem boca, não tem olhos, não cheira. Os ícones usados pelos católicos se encaixam em todas essas características. Um católico pode até tentar me replicar dizendo que a imagem em si não faz não fala, não vê, etc; mas que acredita que o que ouve, vê cheira é a pessoa representada pela imagem. Isso ainda não refuta o problema. Pois os povos da antigüidades também acreditavam que não é a estatua em si que ouve, vê ou cheira, mas a pessoa por trás da imagem. Os gregos não acreditavam que Zeus se reduzia à sua estátua.
    Portanto, pelos paralelos acima, vemos que o que os católicos chamam de veneração, a Bíblia chama de idolatria. Pois as características que a Bíblia atribui a um ídolo se atribui também as imagens católicas, o que significa que uma coisa e outra não são coisas distintas, mas uma e a mesma coisa! A lógica para os escritores bíblicos não é que o ídolo só é ídolo por já o ser, mas que qualquer coisa pode se tornar ídolo a partir do momento em que eu me comporto diante de um objeto que se encaixe nessas categorias descritas pelas escrituras.

    Continuando, gostaria também de dizer que não é só a adoração que é pecado à luz do novo testamento. Quando o apostolo São João se prostou diante do anjo na ilha de Patmos para o adorar, o anjo condenou a atitude de João. A tradução da palavra grega (proskunesai)é adorar. Mas lembre-se também que não é só adorar que é pecado. Há outra palavra grega que as versões modernas, tanto católicas (como a Bíblia de Jerusalém e a do Peregrino) como na maioria das traduções protestantes (como a Almeida ) traduzem por culto:  (treskéia). De acordo com o lexico do N.T de F. Wilbur Gingrich e F. W. Danker, essa palavra aparece na epistola aos colossences, e é traduzida por culto. Noutra passagem em que essa palavra aparece ela é traduzida por religião. Com o significado de religião ela se mostra em Atos 26.5, quando Paulo está sendo julgado e diz que era da religião dos fariseus. De qualquer modo, ao que tudo indica é que o sentido básico dessa palavra grega é que qualquer tipo de comportamento que envolva culto ou religião atribuída a qualquer ser que não seja Deus é idolatria, conforme vemos isso na igreja de colossenses, quando as pessoas queriam cultuar os anjos. Logo, o culto também é proibido pelas escrituras. Pois o culto também é uma variante da idolatria.
    Outro ponto que eu gostaria de frisar novamente é em relação as palavras duleia e latreia, a primeiro significando veneração e a segunda adoração.

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  13. Todavia, fazer essa distinção é cometer uma falácia de anacronismo. Pois não existia essa distinção para os cristãos e judeus primitivos. Essa falácia é análoga à falácia cometida pelos teólogos do século XX, como o erudito em Novo Testamento Rudolf Bultmann, que ao tentar resgatar o real Jesus apresentado no Novo Testamento, fez a distinção entre o Jesus do Kerigma e o Jesus histórico. No entanto, Bultmann falhou nessa distinção porque não vemos essa distinção no vocabulário cristão primitivo. Se nós chegássemos para um cristão do primeiro século e disséssemos para ele que estamos em busca do Jesus histórico ao invés do Jesus da fé, esse cristão nos responderia que um e outro são um e a mesma coisa. Isso porque essa distinção é uma distinção feita por nós, coisa que não existia para os cristãos do primeiro século. De modo análogo, se nos deparássemos com um cristão do período apostólico e fizéssemos a distinção entre duleia (ou proskunesis) e latria, eles ficariam confusos. Aliás, nunca vemos na literatura crista ou judaica primitiva essa diferença. Por exemplo, Nunca vemos nos escritos de Paulo, de nenhum rabino ou pai da igreja do início do segundo século dizendo a alguém, quer seja judeu ou cristão: “ vocês estão autorizados a prestar as imagens a duleia, mas não a latreia”.
    E mesmo se eles fizessem essa distinção, ao verem algum cristão de seu tempo se comportando da mesma forma que um católico moderno faz diante de uma imagem, como por exemplo, prostar-se diante de uma imagem e dirigir-lhes suplicas e orações, ao invés dele dizer que essa prática se chama duleia de acordo com o voculario católico moderno, ele chamaria essa atitude de latreia. Novamente: ao verem uma coisa desse tipo, os cristaos ou judeus do primeiro século reduziriam a duleia e letria a um só vocábulo: latreia. Portanto, tentar fugir do erro da idolatria se escondendo por trás de dois vocábulos não vai parar em lugar algum, a menos que se prove essa distinção à luz da literatura primitiva, enquanto isso não for provado, só vai ficar andando em círculos.
    Alguns tentam replicar, usando um argumento pragmático, seguindo os passos de Grego Magno, que as imagens são para a vista do iletrado o que as letras o são para os letrados. Ou então usam os argumento de João Damasceno afirmando que os ícones são um estimulo para a a fé e a oração. Mas esses argumentos são muito fracos. Pois usar ícones para estimular a oração ou a fé é enfraquecer o conceito de fé apresentado no antigo e novos testamentos. Ter fé não é enxergar a partir do que se vê como, por exemplo, observar uma imagem, mas vê o que não se vê. Conforme o escritor aos Hebreus capitulo 1: “ Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos” (Almeida revista e atualizada). Aqui fica a pergunta: se os ícones são importantes para estimular a oração e a fé, por que o Senhor não nos ordenou o uso de tais objetos para estimular a nossa vida de fé e oração, uma vez que ele considerava tanto a fé como a oração essenciais para a vida cristã? Tanto a fé quanto a oração pode ser exercitado por qualquer um, do mais simples ao mais culto, sem necessidade alguma de se recorrer aos ícones.
    Alem do mais, na palestina do primeiro século a maioria das pessoas eram analfabetas, e nem por isso Jesus ou seus discípulos recorreram às imagens esculpidas ou pintadas como recursos pedagógicos para catequizar as pessoas. Todas elas foram ensinadas nos caminhos da fé por um meio que sempre foi suficiente desde os primórdios da humanidade: a linguagem oral. Na verdade, devemos nos lembrar que esse era o método empregado pelo próprio Deus para ensinar os filhos dos israelitas desde cedo. Diversas vezes vemos Deus exortando os israelitas a ensinarem os seus filhos enquanto estes escutam: “Ajunta-me este povo, e os farei ouvir as minhas palavras, e aprendê-las-ão, para me temerem todos os dias que na terra viverem, e as

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  14. ensinarão a seus filhos”.(deuteronômio 4.10). Na liturgia da igreja primitiva o método era o mesmo. Os neófitos na fé que não sabiam ler eram instruídos oralmente a partir do texto escrito: as Escrituras. Era através da leitura pública das Escrituras que eles eram instruídos.
    O problema é porque em algumas situações parece que o papa sabe mais do que o próprio Deus o que é melhor para a humanidade. E o resultado não é o esperado.
    E mais: se uma imagem que foi feita muito tempo depois de Jesus, e por isso é uma cópia que nem sequer se parece com ele consegue estimular a fé de alguém, então pode ter certeza que Jesus iria ser o primeiro a mandar fazer uma imagem sua ou da sua própria mãe durante seu tempo. Se Deus na sua presciência sabia que uma cópia deturpada feita por pessoas que nem sequer viram Jesus consegue estimular a fé dos fiéis, imagine uma cópia idêntica à pessoa retratada! Pode ter certeza que Deus iria mandar fazer uma imagem deles (Jesus e os discípulos) enquanto ainda estavam lá na palestina! Pois imagine só o fiel sabendo que a imagem que está diante de si é uma cópia idêntica da pessoa Cristo, a sua fé iria subir até o céu!
    Resumindo: só aceita essa distinção sutil entre idolatria e veneração dos católicos quem já estiver com a mente predisposta a aceitar essa distinção como verdadeira. As pessoas têm a tendência de aceitar com facilidade as coisas que se encaixam com aquilo que já estão convencidas.

    Por fim, Deus sabe o que é melhor para os seus filhos, se Deus não ordenou o uso desses ícones pelos profetas e apóstolos, então quem somos nós para dizer que pode? Devemos construir a nossa teologia até onde Deus nos revelou, e não naquilo que ele não ordenou. Conforme nos ordenou o livro de Deuteronômio 29.29: “As coisas encobertas pertencem ao Senhor, o nosso Deus, mas as reveladas pertencem a nós e aos nossos filhos para sempre, para que sigamos todas as palavras desta lei”. .
    Falou Jonadabe, um forte abraço!.

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  15. O que o povo evangélico não consegue responder é onde se encontra a determinação "Só a Bíblia".
    Não foi Jesus quem falou. Ele disse: "...escrever menos e pregar mais."
    Não foi a Bíblia que se definiu como tal. A Bíblia diz: "Escritura alguma é de interpretação pessoal."
    A Bíblia ensina que a Igreja é coluna e sustentáculo da verdade.
    Mas que Igreja se eles possuem mais 200.000 denominações, todas diferentes entre si ?
    De que Bíblia estão falando se cada crente interpreta diferente de outro ?
    O conceito "Só a Bíblia" advém do Sola Scriptura de Lutero.
    Mas você entregaria sua vida a Lutero ???
    A Bíblia diz que maldito é o homem que confia em outro homem.
    E logo Lutero ???
    Adúltero, assassino, alcoolotra, imoral.
    Por que os evangélicos acham que ninguém encontra obras de Lutero por aí ?
    Os protestantes retiraram todas. Estão escondidas.
    Pelas obras de Lutero seria facil que se percebesse o engano.
    Não há em lugar algum referência a Bíblia como única fonte de revelação.
    Nem poderia ser diferente.
    A Bíblia foi compilada cerca de 400 anos da era cristã. Os primeiros cristãos não tinham Bíblia.
    Os evangélicos nem mesmo podem mencionar a Sagrada Tradição pois essa eles desprezam.
    A Bíblia foi compilada pela Igreja Católica após 300 anos de debates entre católicos.
    Mais de 1.000 anos depois a compilação definitiva da Bíblia veio Lutero que retirou livros, suprimiu textos e efetuou traduções erradas.
    Essa é a Bíblia Evangélica.
    E Lutero, pai da heresia seu guru e ídolo.
    E para não deixarem de lado o vício da contradição, copiaram de Lutero somente a Bíblia que ele mutilou.
    Não recitam o Pai Nosso como Lutero.
    Não são devotos da Virgem Maria como Lutero.
    Não chamam seus templos de paróquia como Lutero.
    Não fazem batismos e primeira comunhão.
    Lutero chamava Maria de bem aventurada. A Bíblia também o faz.
    Mas o evangélico não precisa faze-lo. O pastor disse que é errado e ele acredita.
    A Bíblia fala que Maria é mãe de Deus(Lucas). Mas o evangélico a chama de mulher como outra qualquer.
    A Bíblia fala que Maria é mãe do Senhor(Por Isabel sua prima). Mas o crente chama Maria de mãe de aluguel.
    A Bíblia fala que a Fé sem Obras é morta(Tiago), mas os líderes evangélicos dizem que obras não servem para nada.
    Jesus diz pela Bíblia que a verdadeira religião é visitar viúvas e órfãos, mas os evangélicos dizem que obras sociais são problemas dos governos.
    Jesus fala em religião, mas o crente diz que religião não serve para nada.
    Dizem que placa de igreja não serve para nada, mas o rótulo evangélico já lhe habilita a chamar outro evangélico que ele não conhece e cuja doutrina ele ignora de "Irmão em Cristo."
    Irmão em Cristo é todo aquele que recebe o rótulo de "Evangélico.".
    Um católico nunca é chamado de irmão em Cristo.
    Dizem que religião não serve para nada, mas quando são alvo de crítica alegam perseguição "Religiosa".
    Etá protestantismo tupiniquim !!!
    Não sabem nem mesmo o que é protestante e o que é evangélico.
    Protestante, como já diz o nome, protesta pela reforma da Igreja original.
    Protestantes são essencialmente católicos.
    Por isso são chamados de reformistas. Não são reformadores, pois a reforma não ocorreu.
    Os protestantes dizem: "Onde está Pedro, está a Igreja. Onde está a Igreja, está Cristo."
    Os evangélicos que pensam que são protestantes dizem que a Igreja Católica é falsa.
    Dizem que foi fundada por Constantino.
    Ora, se a Igreja Católica é falsa, falso é a sua pseudo reforma e falsos são os seus pretensos reformadores.
    É esse Lutero que eles mesmo seguem parcialmente e que sem perceberem o consideram falso, é esse mesmo que lhes servem de inspiração para dizerem em alto e bom som: "Só a Bíblia. Porque biblicamente...Porque na Bíblia não está escrito."
    Voltasse Jesus hoje, certamente o crente diria: "A Bíblia não fala que ele voltaria hoje ou desse jeito. Onde está escrito ???"

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  16. Se imagens são condenadas pelos protestantes, o que é isso?

    http://caiafarsa.wordpress.com/imagens-em-templos-prostestantes/

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  17. Olá Amadeu, obrigado pelo comentário. Mas gostaria de fazer uns comentários sobre ele.



    Quanto ao primeiro assunto que tratou. Bom, eu não disse que os reformadores não tinham conhecimento bíblico, pelo contrário, nas linhas anteriores eu digo que as interpretações sem fundamento ditas feitas pelo Espírito Santo veio por um tempo depois, tanto que citei alguns dos temas que implicaram na reforma. Então, como você mesmo disse, esta parte do texto de aplica algumas pessoas como os neopentecostais. Também não disse que a Sola Scriptura implica [necessariamente] em interpretações pessoais sem sentido com a desculpa de que foram feitas com ajuda do Espírito Santo, mas que elas [também] implicam nisso. Como não pretendia tratar do assunto nesta postagem, o citei rapidamente, talvez por isso tirou essas conclusões do que escrevi. Nas não afirmei de forma alguma que os reformadores não tinham conhecimento bíblico ou que os protestantes não possuem. Como você mesmo notou, boa parte dos autores que aprecio são protestantes.



    Mas pretendo tratar sobre o assunto da Sola Scriptura em outra postagem, e nela vou tentar responder o que colocou nesse comentário. Mas vamos nos focar no assunto principal do artigo.



    Sobre o uso de imagens por protestantes e católicos. A diferença citada foi a veneração (que alguns protestantes praticam) e a intercessão dos santos. Mas esse também é outro assunto que pode ser tratado posteriormente. Quando citei esse exemplo, me referi aos protestantes que criticam o simples uso de imagens e que ela implica necessariamente em idolatria ou veneração. O que, como sabemos, não é verdade.



    A mesma coisa foi com o exemplo de cristãos que faziam o uso de imagens. Não os citei como forma de defender a veneração ou a intercessão dos santos. Meus argumentos são outros. O fiz com o mesmo objetivo do exemplo anterior: mostrar que nem mesmo os primeiros cristãos condenavam a confecção de imagens, que, segundo alguns hoje em dia, é idolatria.



    Que as imagens levam podem levar a idolatria, eu concordo com você, mas isso não implica que vai acontecer a qualquer custo. Os cristãos primitivos foram sensatos em não utilizar as imagens como forma de veneração (o que não acho que seja totalmente verdade), mas isso não nega de maneira nenhuma a crença de que os que já estão com cristo podem orar conosco e por nós.



    Então, novamente, não os citei como prova de que veneravam os santos. De fato se pode venerar alguém sem nem mesmo utilizar imagens, assim como pedir a intercessão de algum irmão que já está com Cristo.

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  18. Você disse o seguinte:

    “No monumental dicionário crítico de teologia, no verbete “imagens, diz que de fato o cristianismo primitivo evitou usar a arte iconografia nos seus primórdios, pois via nisso uma forma de idolatria.”



    Bom, evitar o uso de imagens não significa proibir ou ver como doutrina contrária ao cristianismo. E vários exemplos do uso de imagens podem ser dados, mostrando o que nós católicos afirmamos: os primeiros cristãos tinham como pratica o uso de imagens. Mesmo que não as tivessem como forma de veneração, não significa que a veneração não existia. Como disse anteriormente, pode-se venerar sem o uso de imagens.



    A outra objeção foi que os judeus não tinham por costume se prostrar diante de imagens. Bem, não posso dizer que seja mentira pois não conheço o assunto a fundo. Mas posso dizer que para eles, se prostrar diante de alguém não é necessariamente idolatria e algo errado, como os exemplos citados neste artigo.



    Além disso, nem todos os costumes judaicos foram preservados pela igreja, e nem toda a igreja é feita de judeus. Então, mesmo que não existam exemplos de pessoas se prostrando diante de outras, e até mesmo de imagens, feitas pelos judeus, isso não significa que os cristãos não devem fazer ou que necessariamente implica na idolatria. Sabemos isso pelo exemplo da diferença entre forma e objetivo. Então é isso que deveriam provar: que se prostrar diante de uma imagem é necessariamente idolatria. Mas penso que está claro que não é.



    Sobre os padres pós-apostolicos, sim, eles não fazem referencia a imagens, mas a arqueologia mostra que, apesar de não serem objetos de culto, elas eram sim utilizadas. Mas os mesmos pais da igreja falam da veneração e intercessão, que alguns protestantes negam. Mas tratarei desse assunto em outro texto, se Deus me permitir.



    Quanto a implementação cristã de imagens que, vamos dizer, foi popularizada, é óbvio que os cristãos em meio a diversas perseguições iriam tirar boa parte do seu tempo pra confeccionar imagens. É claro que não fariam isso, eles estavam preocupados com outras coisas. E é claro também que quando as perseguições pararam, eles teriam mais liberdade de expor sua fé nas mais diversas formas.



    Achei interessante as informações que postou sobre as controvérsias que ocorreram. Mas discordo que o uso de imagens foi uma coisa que não existiu na igreja desde a sua fundação, mas que nem todos os cristãos faziam o uso delas.



    Mas como você já admitiu, o uso da imagem em si não implica em idolatria. Que é a questão que pretendi tratar neste texto. Quanto a intercessão, é outro assunto também importante, mas não é o que pretendi tratar.



    Quanto a pratica que diz que não é a mesma que a teoria, tenho que discordar também. Pois mesmo que a forma seja a mesma (principalmente nos exemplos citados de Ezequias Soares), isso não significa que possuem o mesmo objetivo. E foram dados até mesmo exemplos bíblicos de pessoas que se prostraram a outras. Além de que, digo novamente, a intercessão dos santos pode estar ligado a o uso de imagens, mas alguém pode pedir a intercessão de um deles sem elas. É outro assunto.

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  19. Você disse:

    “O problema é que os católicos vão muito além disso. Em primeiro lugar, quando cantamos para alguém ou o beijamos isso não envolve um sentido religioso. Não atribuímos nenhum sentido místico-sobrenatural para as pessoas dirigidas. Em segundo lugar, ninguém reza ou ora para a pessoa amada, e nem tampouco carrega em procissão uma imagem da pessoa a quem ama. Você porventura já mandou fazer uma procissão carregando a imagem de algum parente ou namorada pelas ruas? Você acredita que algum amigo seu pode tem o mesmo poder miraculoso como, por exemplo, a Virgem de Guadalupe? Se a resposta for não, meu caro, então o tratamento dada para as imagens e as pessoas que conhecemos estão num nível diferente.”

    Bom, o fato de atribuir um sentido sobrenatural também não implica em idolatria. Eu posso muito bem pedir oração a um irmão que está do meu lado, e fazemos isso constantemente, mas não vejo ninguém chamar isso de idolatria por possuir um sentido sobrenatural. Todos os milagres que são atribuídos a essas pessoas o foram pela sua [intercessão], ou seja é dito que o milagre foi feito pela intercessão da pessoa, mas é claro que pela obra de Cristo. Sim, existem pessoas que cometem o erro de dizer que fulano fez milagres, assim como existem evangélicos que cometem o mesmo erro atribuindo os milagres aos seus pastores, mas isso se dá a ignorância da pessoa, e não a doutrina em si da igreja.

    Como você mesmo disse, a confecção de imagens por si não é idolatria, e que precisa de outros fatores para isso. A seguir disse que outro fator é que constitui em idolatria se curvar perante uma imagem. Bom, não preciso repetir a diferença de forma e objetivo e os exemplos em que as pessoas se prostrando mas que isso em si não se configura em idolatria.

    O versículo citado sobre imagens de escultura se refere claramente ao mandamento de não ter outros deuses, que são ídolos, além de proibir a confecção dessas imagens, é proibido se prostrar diante desses deuses. Se tiverem de ser levados de forma separada, então qualquer confecção de imagem seria errado (v. 4).

    Da mesma forma que texto dos salmos citado por você se refere aos ídolos (esses deuses da qual as imagens são feitas), mas nem todas as imagens são ídolos. E as imagens católicas não o são. Se só por possuir boca ou olhos vai implicar em ser ídolo, então você vai ter que admitir também que Deus mandou confeccionar ídolos para o tempo ou que os cristãos primitivos confeccionaram ídolos. Mas isso não é verdade.

    As imagens católicas não se encaixam em nenhuma dessas categorias, pelo contrário, se levadas a sério, a gloria será dada toda a Deus. Uma vez que a comparação não faz sentido, a conclusão também não.

    Além disso, discordo de que “os povos da antigüidades também acreditavam que não é a estatua em si que ouve, vê ou cheira, mas a pessoa por trás da imagem. Os gregos não acreditavam que Zeus se reduzia à sua estátua.”. Isso não é verdade. Se eu achar a fonte, posto, se não, não se preocupe em responder isso.


    Sobre os exemplos citados de João, se ele se prostrou (forma) para adorar (objetivo), é certo que errou, mas ainda isso não quer dizer que a forma em si leva sempre ao mesmo objetivo. É bom lembrar dos textos bíblicos que mostram isso.

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  20. Quanto a questão de qualquer outro tipo de culto ser condenado na bíblia, não sei te responder agora, mas em oura postagem ou comentário, se achar uma resposta, a coloco. Mas discordo que culto é outra variante de idolatria.


    Apesar de não saber responder a diferença entre latria e dulia, bom, nas escrituras primitivas existem sim referencias a veneração, que, como disse, vou tratarem outro texto.


    Então mesmo que não fizessem essa diferença de palavras, faziam nas pratica.

    Continuando. As imagens atuais de fato não são a representação física de Jesus. Mas não acho que isso é argumento pra proibi-las, pois o que importa é o que elas representam.

    Pra finalizar, sua conclusão não é verdade, já que Deus ordenou sim que imagens fossem feitas. Não sei porque disse isso. Mas tenho que concordar que devemos construir nossa teologia no que Ele revelou.


    Um grande abraço!

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  21. Bem, aqui estou eu de volta: Amadeu. Esse é o meu nome. Me desculpem por que postei os textos fragmentados. O problema foi porque o blog não aceita textos imensos, então tive que sair dividindo o meu texto. Mas todos devem ser vistos como um e só texto.
    Quero fazer aqui uma avaliação do que o colega anônimo postou acima. Existem muitos erros no seu texto e eu por isso requerem um exame. Vamos lá:
    Em primeiro lugar, a você comete um equivoco ao afirmar que os evangélicos não conseguem responder onde se encontra a afirmação “só a Bíblia”. Se alguns evangélicos não sabem responder, disso não se segue que todos eles não sabem responder. A proposição “só as escrituras”, embora aparece no contexto reformado do século XVI, ela não é criada nessa época. Você comete um equivoco entre “palavra” e “conceito”. Embora a expressao apareça no século XVI não se segue que o “conceito” não estivesse presente em tempos anteriores. Alguns exemplos ajuda a ilustrar o que eu quero dizer. Na Bíblia não encontramos o termo “Trindade”, “soteriologia, “mariologia”, “teologia”, e nem por isso esses conceitos deixam de estar presentes na bíblia. Do mesmo modo, só porque as escrituras não use essa expressão “sola scriptura”, não se segue que o conceito não esteja lá. Essa expressão é um corolário do tratamento especial que Jesus e os apóstolos davam às escrituras. Jesus inicia o seu ministério lendo as Escrituras, debate com os escribas e fariseus usando as escrituras, disse que veio cumprir as escrituras, ao conversar com dos discípulos de Emaús, repreendeu-os por não entenderem as Escrituras “convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas, e nos salmos”. (Lucas 24.44). quando discutia qualquer assunto em questoes de ética, doutrina, teologia ele recorria as escrituras dizendo “está escrito” e “errais por não conhecerdes as Escrituras”. Os apóstolos também fizeram o mesmo: Pedro quando fez a sua primeira homilia no pentecostes tomou como base o Antigo Testamento. Paulo quando ia a sinagoga usava as escrituras hebraicas para convencer os judeus de que Jesus era o Cristo. Ao instruir o jovem pastor Timóteo Paulo disse “:que desde a tua meninice sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”. (2 timoteo 3.15-17). A Bíblia diz que Apolo era um “varão eloqüente e poderoso nas Escrituras”.(Atos 18.24). existem muitas outras passagens que eu poderia recorrer, no entanto o espaço aqui não me permite. Mas demonstra que o termo “somente as Escrituras” é um corolário do que Jesus e os apóstolos entendiam das escritutas.
    Em segundo lugar,afirmar que “A Bíblia ensina que a Igreja é coluna e sustentáculo da verdade” é um postulado dogmático sem comprovação escrituristica. A bíblia diz que a igreja foi fundada pelos apóstolos, e quem sustenta essa igreja é Cristo, a pedra angular: “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular no qual (Jesus) todo o edifício é ajustado e cresce para tornar-se um santuário santo no Senhor”. (efésios 2.20-21).
    Em terceiro lugar: lembre-se que Lutero não é o papa dos protestantes. Não temos Lutero como a nossa regra de fé, doutrina e prática. Só seguimos Lutero até onde vemos que a sua teologia está em conformidade com os ensinamentos do Senhor. E quanto a sua afirmação de que Lutero é “Adúltero, assassino, alcoolotra, imoral” de onde você extraiu essa afirmação, conheço vários tratados que tratam sobre Lutero; qual é a sua fonte? Ela é confiável? Ao chamar Lutero de imoral, cuidado para você não estar confundindo Lutero com o papa Rodrigo Borgia, conhecido por Alexandre VI, que teve várias amantes e fez alguns filhos, que aliás, foram famosos como o Ricardo Borgias. E...

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  22. quem disse que ninguém encontra as obras de Lutero por aí? Tenho alguns volumes das obras selecionadas de Lutero. Se você não encontrou nenhuma obra dele, isso demonstra que vc não é uma pessoa que anda por livrarias. Trabalho numa livraria que vende material de teologia católica e protestante, bem como livros de filosofia. Quase todos os materiais de Lutero já foram vendidos na livraria onde trabalho. Basta entrar na editora Sinodal e vc vai encontrar volumosos volumes publicados de Lutero. Dizer também que não há lugar algum nas obras de Lutero referência a Bíblia como única fonte de revelação é desconhecer os livros de Lutero. Vamos ouvir o próprio Lutero falar acerca de sua crença na Bíblia como única fonte de revelação. Diante da assembléia de Worms, quando Lutero é convidado a retratar as suas idéia, ele disse: “Vossas Majestade Imperial e Vossas Excelências exigem uma resposta simples. Aqui está ela simples e sem adorno. A menos que eu seja convencido de estar errado pelo testemunho das sagradas Escrituras, ou (pois não não autoridade sem sustentação do Papa e dos concílios, uma vez que é óbvio que em muitas ocosioes eles erraram e se contradisseram) por um raciocínio manifesto eu seja condenado pelas Escrituras a que faço meu apelo, e minha consciência pemanece cativa da Palavra de Deus... “ (Documentos da Igreja Cristã. Apud Historia do Ceticismo, de Erasmo a Espinoza, p. 27). Vemos nas palavras de Lutero que os concílios e os papas tinham que estar submissos à palavra de Deus. Quer exemplo maior do que esse para mostrar que as escrituras para Lutero era a única fonte de revelação? Portanto, cuidado com o que vc fala. Fale e mostre fundamentos para a sua afirmação.
    Em quinto lugar, confesso que com as afirmações “A Bíblia foi compilada cerca de 400 anos da era cristã. Os primeiros cristãos não tinham Bíblia.” e “A Bíblia foi compilada pela Igreja Católica após 300 anos de debates entre católicos.
    Mais de 1.000 anos depois a compilação definitiva da Bíblia veio Lutero que retirou livros, suprimiu textos e efetuou traduções erradas” doeu no meu coração. Aqui você cometeu erros graves. Você tá confundindo “compilação” com “canonização”. Uma coisa é diferente da outra. A Bíblia não foi compilada cerca de 400 anos da era cristã. Até porque o Antigo Testamento já existia séculos antes de Cristo. O que foi compilado depois de Cristo Foi o Novo Testamento. Todas as autoridades em Novo Testamento, tanto de tradição liberal quanto conservadora, admitem que o Novo testamento já tinha sido compilado no primeiro século da era cristã. No próprio Novo Testamento já encontramos pistas dessa verdade. por exemplo,quando escreveu a sua segunda epistola, por volta da década de 60, o Apostolo Pedro já conhecia as cartas de Paulo, o que pressupõe que algumas, senão todas, as epistolas de Paulo estavam escritas. Nas palavras de Pedro : “Tenham em mente que a paciência de nosso Senhor significa salvação, como também o nosso amado irmão Paulo lhes escreveu, com a sabedoria que Deus lhe deu. Ele escreve da mesma forma em todas as suas cartas, falando nelas destes assuntos. Suas cartas contêm algumas coisas difíceis de entender, as quais os ignorantes e instáveis torcem, como também o fazem com as demais Escrituras, para a própria destruição deles”. (2 Pedro 3.15-16). Alem disso, vale ressaltar que os evangelhos de Mateus e Lucas, escritos bem antes da década de 80, tomam como fonte o Evangelho de São Marcos, que já tinha sido escrito. Outro ponto que é importante mencionar é o fato de que os pais apostólicos, que escreveram no início do segundo século, como Clemente, Policarpo, Pápias, etc; já citavam esses evangelhos e epistolas do N.T.
    Dizer que os cristaos do primeiro século não possuíam a Bíblia é um erro grave. Devemos nos lembrar que todas as comunidades cristãs primitivas já possuíam os evangelhos. Até mesmo os hereges gnósticos no início do segundo século já...

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  23. possuíam os Evangelhos em suas congregações. Basta lembrar aqui do Bispo gnóstico Marciao, que ao fazer um cânon truncado das escrituras, já conhecia muito bem os evangelhos e as epistolas paulinas. O próprio apostolo Paulo mandava que as suas catas fossem lidas para todos os irmãos da congregação, tamanha era a sua preocupação para que os irmãos conhecessemas Escrituras: “Diante do Senhor, encarrego vocês de lerem esta carta a todos os irmãos” (1 tessalonicenses 5.27). O fato é que após a leitura dos evangelhos e epistolas, as igrejas imediatamente providenciavam uma cópia ou cópias dessas documentos para que fossem lidas por outras congregações. Paulo mais uma vez aponta para essta verdade: “Depois que esta carta for lida entre vocês, façam que também seja lida na igreja dos laodicenses, e que vocês igualmente leiam a carta de Laodicéia”.( colossences 4.16). nessas palavras de Paulo, percebemos que existia um intercambio de cartas, quando uma igreja lia determinada carta ou evangelho, um ou mais escriba copiava esses documentos e passava adiante para as demais congregações. Nas palavras do teólogo católico, Jeffrey S. Siker: “assim, é concebível que algumas pessoas em Tessalonica copiaram a carta de Paulo, talvez depois da sua morte, e a levaram a alguns cristaos na cidade de Corinto, com o objetivo de partilharem o que Paulo lhes havia escrito. Por sua vez, alguns cristaos em Corinto podem ter retribuído com cópias das cartas de Paulo aos coríntios. O mesmo processo aconteceu para os evangelhos e para os outros escritos do Novo Testamento”. (Introdução a teologia, p. 67. Ed. Paulus).
    Diante do já exposto, houve uma confusão pelo nosso colega entre compilação e canonizaçao. É a esse último que agora vou me deter. A canonização, isto é, a lista oficial dos livros tidos como inspirados por Deus pela igreja, foi se desenvolvendo aos poucos. Diante de vários livros apócrifos que circulavam na época, a igreja se viu desafiada a fazer uma Canon dos livros da bíblia. Esse primeiro passo se deu em Nicéia. A primeira lista oficial que temos da Bíblia conforme conhecemos atualmente, foi a carta pascal de Atanásio editada em 367. mas foi só mesmo no concilio de Hipona, em 397, que esses livros foram definitivamente reconhecidos como oficiais. Mas é importante ressaltar que esses livros só foram aprovados, pois já gozavam de autoridade dentro da igreja antes mesmo desse reconhecimento...

    “Mais de 1.000 anos depois a compilação definitiva da Bíblia veio Lutero que retirou livros, suprimiu textos e efetuou traduções erradas. Essa é a Bíblia Evangélica.”
    . Errado. Embora Lutero não considerasse como canônicos alguns livros da Bíblia, como Hebreus e Apocalipse, ele não suprimiu esses livros da bíblia em suas traduções. Ele colocou esses livros no final da Bíblia. Alem de não ter tirado os livros da Bíblia, foi a igreja católica no concílio de tretnto que inseriu os livros deuterocanonicos na Bíblia. E nesse caso houve uma alteração. Ademais, a Bíblia dos protestantes não é baseada mais na tradução de Lutero. Do mesmo modo como a Bíblia dos católicos não é mais traduzida mais da vulgata latina.Elas são traduzidas direta dos originais grego, hebraico e aramaico...

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  24. “Jesus diz pela Bíblia que a verdadeira religião é visitar viúvas e órfãos, mas os evangélicos dizem que obras sociais são problemas dos governos.” Bem aqui eu tenho que concordar parcialmente com você. Pois a maioria dos evangélicos são alheios aos problemas sociais. E isso é um sério problema. Principalmente depois do avanço de algumas seitas neopentecostais. Mas não é só os evangélicos não. Os católicos também o são. Aliás, é um problema da cristandade em geral. Não sou adepto da Teologia da Libertação, pois não concordo com muitos dos seus pressupostos, mas eles tem razão quando afirmam que a igreja em geral precisa acordar para o evangelismo social. Ultimamente tem surgido um movimento dentro do protestantismo chamado de Evangelismo Integral, que tem por objetivo não apenas oferecer as Boas Novas da salvação visando apenas o aspecto espiritual da pessoa, mas também a material. Pois o homem é um ser integral: corpo e alma.
    Valeu cara, um abraço!

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  25. Ola Amadeu! Obrigado, novamente, por sua resposta.

    Acho que confundiu minha resposta com o que outra pessoa escreveu de forma anônima. Por isso, como não estou com muito tempo agora tento responder esse seu comentário (que concordo em muita coisa) referente a postagem anônima depois que tiver mais tempo (e quem sabe, se tiver uma resposta!).

    Mas gostaria de alguma outra forma de contato com você.

    Abraços, e Paz!

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  26. Fala Jonadabe. sou eu de novo, Amadeu. (queria saber como faço para aparecer o meu nome e a minha foto no cabeçalho do post). Esse último comentário que escrevi nao foi para voce. Foi para a pessoa anonima que postou. Depois quando eu tiver tempo vou ver se faço algumas ponderaçoes ao que vc escreveu. Meu querido, fica na paz , que o Senhor te abençoe. Um forte abraço!

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  27. Rapaz, acho que pra isso você tem que ter uma conta em algum sistema que está no "Comentar como", logo abaixo da caixa de postagem, ou uma conta no blogspot.

    Abraços e paz!

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  28. Além de todas essas observações importantes de Jonadabe e das questões interessantes que o anônimo, depois se soube que Amadeu, veio a trazer a esse debate, creio que caberia também notar que o conceito de idolatria a imagem também pode ultrapassar a discussão imediata do objeto, seja de veneração ou adoração, o que se chama de imagem. De fato, se ampliarmos um pouco o campo de análise e conteúdo das coisas veremos que a definição de imagem pode e está contida também na formação das palavras e da fala e, de todas as falas em todas as línguas de todas as épocas. Assim, as palavras formadas pelos sons, pelos fonemas, representam sempre uma imagem que a ela palavra corresponde e, a própria sentença literal obedecerá também a essa lógica e realidade. Ora, a própria Bíblia está repleta de imagens, de cenas, de milagres, de revelações que nos veem pelas palavras, frutos de imagens. Então, de modo rápido é fácil entender que a palavra é imagem para explicar o que se quer dizer. Outras maneiras de representar pela escrita são os hieróglifos, ideogramas e assemelhados. Todas essas formas dispõem de imagens para falar de fatos, de conceitos, de idéias, do abstrato. Tudo é imagem. Somente Deus, o Senhor, não o é! Até mesmo, quando ficamos a escravizar - modo de dizer - nossa fé àquilo que cremos, estamos a praticar uma forma de idolatria, isto é, damos forma à fé e essa forma se baseia numa idéia particular, numa idéia que tem conteúdo no que cremos. Por outro lado, dever-se-ia ainda considerar que o cristianismo utilizou-se sempre sabiamente do que cada época pode oferecer e do que cada época era capaz de operar para entender a mensagem de Cristo e, nem todas as épocas tiveram a chance de ter à sua disposição a palavra escrita como domínio público. Sequer escolas haviam, elas foram disseminadas pela Igreja na Idade Média e, mais ainda, nem livros e nem bibliotecas e tudo o mais. Assim, a imagem passou a fazer parte do mundo da educação e da transmissão dos conhecimentos. Por fim, considerar que Cristo Jesus é Deus e Deus que se fez carne e habitou entre nós é considerar também o o Indizível tomou forma e substância fazendo-se homem e, como homem, pode ser representado pela imagem do homem e como imagem de nós mesmos. Jesus teve pele, olho, cabelos, sangue e, chorou e sofreu e morreu e foi ressurreto ao Pai, ao Eterno, ao Inominável! Então, tudo o que é nominável o é também , por conseqüência do que é: imagem!
    Enfim, não dá prá ficarmos, nós cristãos, presos a essa discussão que já deveria ter sido superada e, ao invés disso, vermo-nos como um só e mesma crença e fé. Mais ainda, olhar a cristandade a partir da sua origem e a ela estar vinculada para sempre, sob o trono de Pedro e sob a direção da única e verdadeira Igreja

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  29. Percebo que o Amadeu escreveu um imenso texto para refutar, entre outras coisas, a veneração das imagens. algo discutido durante séculos pela a Igreja e praticamente resolvido ainda no 1º milênio. Citou fontes que queria, utilizou os argumentos lógicos que queria... Falou que os cristãos primitivos(que eram, é claro, católicos) não ascendiam velas para os ícones nas catacumbas. Percebo, Amadeu, que você é diferente da maioria dos protestantes, que, simplesmente, fecham totalmente os ouvidos para os argumentos católicos. No entanto, você fecha os ouvidos para uma parte dos nossos argumentos e adiciona os seus, baseando-se em sua imagem da realidade. Fazer isso é pior, pois, quanto mais semelhante for uma mentira da verdade, mais difícil é e menos pessoas conseguem perceber-la(a mentira).

    Os cristão primitivos usaram, obviamente, velas nas catacumbas, pois no subterrâneo, não era possível enxegar sem ser através de luz artificial. A vela tem um significado cristão(http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/20723-voce-sabe-explicar-por-que-nos-catolicos-acendemos-velas). Acontecia outra coisa nas catacumbas até mais importante do que isto. Os católicos daqueles tempos, veneravam tanto aos santos que relizavam a missa no túmulo dos mártires. Amadeu, você poderia nos mostrar por que eles faziam isso? Você, simplesmente, resumiu as catacumbas aos ícones que existiam nelas, desconsiderando algo mais até mais importante para comprovar,historicamente,a fé católica da Comunhão dos Santos.

    Julgo ser o tema das imagens menos importante do que o Sola Scriptura. Percebo que você não acredita no livre-exame das Sagradas Escrituras, no entanto, aceita que somente a Bíblia deve ser utilizada pelo cristão como divinamente revelada. Neste seu argumento, você cai em uma contradição prática, inicialmente, pois não existe nas Sagradas Escrituras uma definição de si própria. Não existe nela uma lista contendo a lista dos livros inspirados por Deus. Logo, se a Bíblia deve ser considerada infalível, quem definiu-a também deve ser infalível. Ou acaso pode ser uma consequência maior do que sua causa?
    Em segundo, você diz que somente a Bíblia deve ser utilizada para se resolver questões doutrinárias, forçando ainda a dizer que Jesus sempre se utilizou das Escrituras em suas discussões com os fariseus. Gostaria que você comprovasse seu argumento... Eu não fiz uma análise precisa, mas me lembro do sermão da montanha, onde Jesus faz várias referências a palavra transmitida de forma oral("Ouvistes o que foi dito") e de Jo. 6, onde Cristo revelou que daria seu corpo e seu sangue para nós. Para isso, Cristo não se baseou nas Sagradas Escrituras.
    Para não repetir o que muitos e muitos ja disseram, e com maior competência e capacidade que eu, recomendo a seguinte leitura:

    http://veritatis.com.br/apologetica/solascriptura/975-os-erros-de-john-mcarthur-sobre-a-sola-scriptura

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  30. Me corrija se eu estiver errada Jonadabe, mas parece que de alguma forma você afirma que no se prostrar e pedir a um santo que interceda por si, isso não é idolatria. O que eu quero dizer é, afirmando que não há idolatria em adorar santos, você renega a escritura que diz "Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." -
    João 14:6. por mais que você argumente dizendo que este versículo é um versículo aleatório (como eu tenho visto você argumentar, a interpretação desse vesiculo é bem clara. Jesus não usava de imagens nem muito menos usava-as como referencia, ele apenas se referia as escrituras e ao pai. tenho visto argumentações acerca da arca do concerto, mas a biblia é clara de que a arca do concerto nao era um deus, e sim um simbolo, e mesmo sendo um simbolo, não era venerada. a arca era um objeto sagrado na qual quem a tinha, recebia a prosperidade de Deus. Resumindo pra você entender o que eu quero dizer, Uza pôs a mão na arca e morreu pelo poder de Deus naquela arca, porem hoje se fosse tão sagrado, aquele pastor que chutou a santa teria morrido, certo?

    No catolicismo é pregado que os "santos" são interceçores do povo, mas como podem interceder pelo povo, se somente adorando ao pai e ao filho se consegue o favor? porque no catolicismo maria passou a ser mais importante que jesus? cheguei a ouvir de um catolico, que o sofrimento de jesus só foi completo, porque maria tbm soofreu por ele. então fica minha pergunta, se ela é tão santa quanto Jesus, por que não ressucitou ao terceiro dia?

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  31. >>> "afirmando que não há idolatria em adorar santos" <<<

    Claro que há idolatria em ADORAR santos. Quem aqui disse o contrário? rs

    >>> "então fica minha pergunta, se ela é tão santa quanto Jesus, por que não ressucitou ao terceiro dia?" <<<

    Bom, não sei se concordo da afirmação desse católico. Quanto a sua pergunta, ela não morreu com Jesus na cruz, e por isso não poderia ter ressuscitado ao terceiro dia.

    Abraços!

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  32. nem mesmo se morresse depois o fato é que de forma alguma devemos idolatrar imagens,porem idolatria nao e so adorar imagens ou falsos deuses,as pessoas tambem idolatram artistas,cantores,etc.somente é licito ao ser humamo adorar somente a DEUS,pois so ele tem poder,somente JESUS pode interceder por nos,e para conseguirmos isso devemos ter o espirito santo.devemos estudar a biblia e pedir a DEUS para nos dar entendimento.

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  33. Respostas
    1. Texto perfeito! Não sou católica, mas acho de todo válido recorrer aos Santos, afinal, muitos recorrem aos profetas, não é? A mim dá na mesma.

      O fato é, a mente está feita a ceitar certas coisas como sendo verdadeiras, outras não, a diferênça é que protestante acha que o "verdadeiro" dele é absolutio, e todos devem se converter e bla bla bla, posso fazer uma sujestão? O site está ótimo, adorei as matérias, não aceite comentários de protestantes, faça desse um blog para troca de ideias conjuntas e não travação de guerra santa como eles fazem nos blog e sites deles.

      Desanima de ler quando os ignorantes ficam travando provações e com guerra de ego, católico nem se mete com eles, pq diabos eles se metem com católicos? Fica uma dica, apenas!

      E mais uma vez, parabéns pelos posts, muito interessantese bem desenvolvidos!

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  34. Raíssa, obrigado pelo comentário e pela dica.

    Realmente às vezes é difícil ter paciência para certos comentários. Geralmente só aceito quando não fazem críticas de cosias que já foram tratadas aqui.

    Abraços!

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    Respostas
    1. falem de mim,como um Pai, não como um troféu a ser disputado!!!

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