segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Os castelos de areia.

Quero contar uma parábola que reflete o que aconteceu e está acontecendo com a Igreja de Cristo. É a estória de um Rei Eterno que decidiu edificar um belo castelo para sua morada e de sua família, que seria qualquer um que o amasse e decidisse viver com ele. De forma que quem morasse em seu edifício, no tempo determinado por esse Rei Eterno, também viveria com suas palavras de vida eterna.

Ele edificou a pedra fundamental, as colunas e todas as partes do castelo. Da ponte às janelas; do quarto ao banheiro. Todas as partes eram necessárias para formar um castelo segundo sua vontade. Esse Rei teve que viajar, mas instituiu servos para o representar, cada um com uma função, e um líder geral de sua confiança para que eles andassem sempre unidos.  A prometida vida seria vivida de uma vez por todas assim que voltasse
.
O Rei demorou em sua viagem, de forma que com o passar do tempo seu castelo tornou‐se sujo, até mesmo alguns lideres gerais cometeram certos erros. Mas o castelo não estava abandonado, pois hora ou outra apareciam moradores zelosos. Estes o pintavam e concertavam lugares danificados.

Todos eles recitavam os ensinos do Rei no seu dia a dia de forma oral. Os professores ensinavam aos alunos utilizando também alguns livros, pois eles eram úteis. Esses livros não eram suficientes pra explicar tudo, já que sempre surgem falsas interpretações de leitores desavisados. Por isso o ensino instituído pelo Rei era feito por pessoas autorizadas, que inclusive fizeram uma lista dos livros científicos. Isso eles chamavam de tradição real.

Passados centenas de anos, começaram a surgir moradores que diziam entender de construção e do verdadeiro conhecimento real.  Segundo eles, o castelo não deveria ter janelas daquela forma, e a cor não combinava com uma realeza. “A porta está muito estreita”, afirmavam alguns. “Pra que tantas colunas?”, perguntavam outros. Nem mesmo os livros da biblioteca desse Rei, incluindo os livros científicos, feitas por escritores que o presenciaram, foram respeitados. Eles alegavam entender mais que os próprios lideres instituídos pelo Rei! Acontece que, por obra do inimigo do rei, cada um se intitulou um reformador da casa.

“Não combina com a realeza!”, era seu brado. “Vamos reformar a casa, assim que o Rei voltar, vai ver que fizemos a sua vontade”, “destruiremos estes fundamentos de falsos construtores e instituiremos os nossos próprios e verdadeiros fundamentos”. Mas eles não quiseram reforma‐la da mesma forma que os outros servos zelosos. Eles desejaram um castelo segundo suas vontades. Pegaram machados e marretas; bombas e pedras. Tentavam demolir o castelo, mesmo discordando um do outro.

Um aceitava a janela, pois não gostava da luz do sol que batia na sala, por isso a apedrejou. Outro, concordava que deveria ter janelas, para deixar o ar arejado. Mas todos concordavam que deveriam reconstruir a casa e destituir o líder instituído pelo Rei. Cada um deveria ser seu próprio líder. O problema é que cada um tentava fazer tudo segundo a sua própria vontade, por meio de divisões e mais divisões de grupos de reformadores.

Acabou que cada reformador decidiu montar seu barraco ou castelo de areia, e boa parte deles eram fora dos limites do castelo. Vários conjuntos de barracos e castelos de areia, um do lado do outro, alguns isolados de tudo. Tinham até os sem telhado! Ou os sem barraco, pois concluíram que só seu corpo basta, e seu corpo é o castelo (ignorando todo o fundamento posto pelo Rei). Tinha alguns barracos  dentro dos limites do castelo (afinal, até mesmo na Babilônia existem os exilados de Israel). Estes foram enganados por alguns reformadores enganados por outros que foram enganados pelo inimigo do Rei.

Muitos moradores do castelo foram convencidos pelos barraqueiros entrar no conjunto de barracas. Mas sempre existiam os que voltavam para seu verdadeiro lar: o castelo real. Mas os verdadeiros moradores zelosos, construtores autorizados de fato pelo Rei, trataram de concertar o estrago feito pelos auto‐intitulados reformadores. Alguns eram sinceros, mas sinceramente enganados.

O Rei ainda não voltou, entretanto o castelo real continua de pé e segundo a vontade do Rei. Mesmo com algumas falhas na pintura, mas sempre repintada da cor original nas partes falhas. Este castelo continua firme e forte, afinal, o próprio Rei Eterno prometeu que estaria com eles até a consumação do século e que as investidas dos bárbaros não prevaleceriam contra seu castelo. Infelizmente ainda há os que se alimentam dos mitos criados em relação ao castelo. Os mesmos acabam perdendo os tesouros dados de graça pelo Rei.

Seus moradores zelosos continuam a trabalhar, principalmente trazendo de volta estas pessoas enganadas. Cada vez mais os filhos do Rei Eterno voltam pra casa, ora avaliando seus próprios erros de construção, ora sendo convencidos por outros. Ambos esperam a volta do Rei e a revelação geral do seu reino.

A Igreja, assim como o castelo, continua firme, mesmo com as tempestades e pedradas, pois, como nosso Rei Eterno Jesus prometeu, as portas do inferno não prevalecerão contra a sua Igreja. A Santa e Uma Igreja Católica.

Autor: Jonadabe Rios

2 comentários:

  1. Lindo,lindo Jonjon...amei cada frase. Vc. foi preciso e verdadeiro. Que bom que alguns habitantes do reino perceberam que estavam indo longe demais e voltaram para o Primeiro Amor.
    Sua analogia foi precisa, vc. escreve muito bem Jon, e isso é um lindo dom do Pai.
    Que muitos possam ler e entender teu recado tão preciso, simples e real.
    Abraçaum amigo, sou tua fã.

    Regina Stella Finocchio dos Anjos.

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  2. Isso ai, que os protestantes, anglicanos, ortodoxos, SUD's e restão voltem todos para a Casa do pai, para a Igreja Católica!

    Que voltem tambem os que nunca moraram no castelo ou eram de tendas estranhas =p

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